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Tecnologia 26/08/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Mobilidade é a chave do negócio

Tempo. Hoje esse pode ser considerado o artigo mais precioso e raro da vida de todos, principalmente quando tratamos da rotina profissional, já que cada vez mais os profissionais acumulam funções e uma lista enorme de atividades para resolver rapidamente. O resultado? Muitas vezes, os prazos são perdidos. E daí muitos chegam a desejar que um dia tivesse 48 horas

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Maurício Balassiano (*)

A boa notícia é que algumas empresas já estão se adaptando para ajudar os colaboradores a entregar as atividades com rapidez e sem perder a eficiência e a qualidade dos processos. Uma dessas iniciativas é o home office. Hoje, de acordo com a pesquisa Home Office Brasil (edição 2016), houve um aumento de 50% no número de empresas que estão implantando a prática no Brasil. Esse aumento expressivo se dá em comparação com a mesma pesquisa realizada 2014.

Mas, como o home office pode ajudar no aumento da produtividade? Simples, o profissional não perde horas no trânsito, não se estressa, o que faz com que a sua rotina diária não seja afetada por esses problemas. Logo, o desempenho melhora.

As novas tecnologias também têm papel importante nesse novo cenário que está sendo desenhado pelas empresas, porque elas garantem a “proximidade” com o colaborador mesmo à distância. E é aí que Certificação Digital entra em cena.

A integração da Certificação Digital em sistemas garante o acesso seguro do colaborador mesmo remotamente, já que a “chave” para abrir a plataforma é o Certificado Digital. Além de ser utilizado para a autenticação, o Certificado também pode ser inserido na rotina da equipe para a autorização de transações e processos e assinatura de documentos. E o melhor: o colaborador não precisa estar nem em home office, quero dizer alocado em um lugar fixo, para que essas atividades sejam executadas.

Hoje, já existe a versão Mobile ID do Certificado Digital, que é armazenada no smartphone ou tablet. Ou seja: de onde estiver, o colaborador pode acessar o que precisar para autorizar ou assinar um documento. Contratos podem ser formalizados enquanto o tomador de decisão está aguardando um voo, por exemplo. Autorizações ao contador, que cuida dos negócios da empresa, podem ser enviadas remotamente também. Tudo isso com apenas alguns cliques e rapidamente, porque o Certificado está no celular ou tablet, acessórios que se tornam cada vez mais indispensáveis nos dias atuais.

Costumo sempre brincar: uma pessoa pode se lembrar no meio de um trajeto que esqueceu a carteira e mesmo assim seguir em frente. Mas se tiver esquecido o celular, certamente, entra em pânico e retorna para buscá-lo, porque é lá que estão seus contatos profissionais, o aplicativo de mensagens instantâneas, a agenda de compromissos do dia e, agora, a Identidade Digital, que é o Certificado.

Com a mobilidade proporcionada pela nova versão de Certificado Digital, a rotina da empresa não precisa parar pela falta da presença física de quem decide. Tudo pode ser resolvido remotamente e com a segurança da Certificação Digital.

O investimento na tecnologia mobile, sem dúvida, é um caminho natural para as empresas que querem melhorar seus processos e, ao mesmo tempo, proporcionar mais qualidade de vida aos seus colaboradores.

(*) É diretor de Produtos e Tecnologia da Certisign.

PLATAFORMA DE SERVIÇOS BANCÁRIOS DIGITAIS

A Unisys Corporation (NYSE: UIS) anuncia colaboração com a Sandstone Technology e a Payment Card Technologies (PCT) para o lançamento da plataforma de digital banking USP (Unisys, Sandstone e PCT). A nova solução foi desenvolvida para auxiliar as instituições financeiras a atenderem às necessidades de inovação de seus clientes, fornecendo serviços bancários digitais seguros, por meio de diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis, tablets e navegadores de Internet.
A parceria entrega de forma simples soluções de ponta da Unisys, Sandstone Technology e PCT. A plataforma USP pode ser implementada em organizações entrantes no mercado ou em instituições financeiras já estabelecidas, com a capacidade de proporcionar uma experiência digital em múltiplos canais, incluindo a geração de crédito imobiliário, empréstimos e contas poupança e corrente, em uma solução econômica. A plataforma fornece biometria adaptável integrada e análise de dados para identificar os clientes com segurança e validar transações, com a finalidade de reduzir fraudes e aprimorar a experiência do usuário.
A plataforma digital para bancos pode ser fornecida no modelo como serviço (PaaS) a partir de uma nuvem pública ou privada e também como uma solução on-premise (no local). Ambas as opões são protegidas pelo Stealth™, que utiliza técnicas de microssegmentação baseada em identidade e criptografia, auxiliando na redução de ataques cibernéticos dentro ou fora da organização, ao deixar dispositivos, dados e usuários finais indetectáveis nas redes.
Eric Crabtree, diretor global de Financial Services da Unisys explica que “o desafio de hoje para muitos bancos e instituições financeiras é como ser relevante e estar em dia com as necessidades de inovação dos clientes. As novas gerações querem uma nova experiência bancária e preferem utilizar smartphones e Internet, em vez do banco físico tradicional”.

Rio 2016 teve a maior cobertura digital da história, afirma Atos

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A Atos, fornecedora de serviços digitais e parceira de TI do Comitê Olímpico Internacional (COI), encerrou hoje a disponibilização de seus sistemas de TI para a olimpíada, utilizados para disponibilizar a transmissão dos jogos para todo o mundo. Com o fim da empreitada, a empresa afirma que a Rio 2016 alçou o evento para o maior da história em termos de cobertura digital.

Olimpíada 2016 será o evento mais digital da história, diz pesquisa
O destaque foi o uso da nuvem, conforme explica Elly Resende, diretor de tecnologia da Rio 2016, que foi utilizada pela primeira vez em nos Jogos Olímpicos de Verão para aplicações-chave, “incluindo o gerenciamento de mais de 300.000 credencias para toda a família Olímpica”.

Independente da modalidade esportiva, a divulgação mundial dos resultados aconteceu em menos de meio segundo. De acordo com a Atos, isso foi possível graças a maturidade da tecnologia móvel que permitiu à equipe de TI do COI transmitisse os resultados com mais rapidez, tanto online quanto pelos meios tradicionais, independentemente da plataforma e do local.

Para o presidente do COI, Thomas Bach, a tecnologia é essencial para o sucesso de cada edição dos Jogos Olímpicos. “Estamos satisfeitos em continuar contando com a Atos e sua vasta experiência em oferecer serviços de TI inovadores e impecáveis.”

Já Patrick Adiba, vice-presidente executivo, diretor comercial e CEO do grupo Atos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, diz que a Rio 2016 serviu como referência e como incubadora de inovação para as principais soluções que a empresa oferece.

Olimpíada alavanca negócios da AWS no Brasil

A TI da Rio 2016 em números:
• Primeira vez que o Cloud é usado em Jogos Olímpicos de verão para hospedar o portal do voluntário, sistemas de credenciamento e trabalho voluntário – reduzindo custo e melhorando a eficiência
• Número de novos esportes – Golfe e Rugby de sete. O Golfe, sozinho, gerou mais dados de resultado do que todos os outros esportes juntos
• 37 é o número de locais de competição onde a Atos instalou e gerenciou a infraestrutura completa de TI para garantir que os eventos acontecessem dentro do cronograma
• 400 é o número de incidentes de segurança de TI registrados por segundo (200 por segundo em Londres)
• 300 mil é o número de credenciais processadas e ativadas usando o sistema de TI da Atos (aumento de 20% desde Londres 2012)
• Mais de 100 milhões é o número de mensagens enviadas para a mídia compartilhar os dados e resultados em tempo real sobre todos os 42 esportes Olímpicos e 306 eventos (aumento de 58,8 milhões desde Londres 2012) (Fonte: IPNews).

Stranger Things: o que há por trás do mais novo sucesso da Netflix

Pedro D’Angelo (*)

No último mês, a Netflix emplacou mais um sucesso entre suas produções próprias

Stranger Things foi um dos assuntos mais comentados e um dos conteúdos mais bem recebidos pelo público na internet. Não sendo exclusivamente uma obra de algoritmos da Netflix, mas um case de sucesso mais abrangente, a obra tem um valor enorme para o serviço de streaming, seus fãs e quem se interessa por marketing, comportamento e tecnologia.
Stranger Things conta a história do desaparecimento de um garoto em uma cidadezinha americana. Ambientada nos anos 80, a primeira temporada da série mostra a busca da família, amigos e polícia por respostas e pelo menino desaparecido em circunstâncias misteriosas – que envolvem grupos secretos do governo, forças do além e uma garotinha estranha.
Como sempre, a Netflix não divulga dados de audiência do seu conteúdo, mas é claro que há quem estude esse tipo de fenômeno e coloque o sucesso em números. De acordo com o ParrotAnalytics, que analisa dados de demanda por conteúdo com base em tecnologia de Big Data, Stranger Things já é a 2ª série mais assistida nos Estados Unidos atualmente, atrás apenas de Game of Thrones. Entre as produções digitais, porém, a série da Netflix já domina, deixando para trás outros grandes nomes como Orange Is The New Black e House of Cards.
Para tentar entender melhor o que há por trás de todo o buzz que Stranger Things vem fazendo, resolvi escrever este artigo listando alguns dos fatores que podem explicar o sucesso da série.
Se você ainda não viu os 8 episódios de Stranger Things, não se preocupe. Aqui não tem spoiler. Mas eu realmente recomendo que você veja, antes ou depois de terminar de ler.

Uma série que você quer ver
A Netflix começou a virar case por causa do grande trabalho de análise de dados que a plataforma faz de cada usuário. Lá em 2013, quando isso ainda era meio novidade, o algoritmo que sugere o que você deve assistir chamava atenção pela forma como realmente funcionava na prática.
Se você assistisse “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” (e eu provavelmente assisti), podia esperar uma Netflix personalizada com sugestões que iam da franquia Scream (ou “Pânico”, que eu também vi) até outros filmes e séries obscuros sobre adolescente matando e sendo mortos nos anos 90 e início dos 2000.
Ainda em 2013, era divulgado que 75% do conteúdo assistido era impulsionado pelas indicações do algoritmo da plataforma. De lá para cá, é claro que isso foi aprimorado – apesar de que os números não são mais divulgados. E Stranger Things parece ter nascido justamente desse tipo de inteligência.
Stranger Things vai ser a recomendação de muita gente. A série vai aparecer para quem gosta de suspense, de Sci-fi, de filmes de terror trash dos anos 80, de filmes de aventuras entre amigos dos anos 90. Também serve para quem assistiu muitos filmes de Steven Spielberg, adaptações de Stephen King e até mesmo para fãs de clássicos de aventura da Sessão da Tarde, como Goonies e Conta Comigo.
Todas essas pessoas, de uma forma ou de outra, se envolvem no amplo universo que os diretores, os irmãos Matt e Ross Duffer, conseguiram criar na 1ª temporada. No fim das contas, assim como pregamos no mundo das pesquisas de mercado, esse é o resultado de um trabalho de utilização inteligente de dados coletados. É a prova de que informação bem trabalhada é o caminho para decisões mais acertadas.

Série para “devorar”
A Netflix divulgou, em junho, um estudo sobre os hábitos de consumo dos fãs de séries, analisando 100 séries vistas em quase 200 países. O estudo mostra como o espectador costuma assistir cada tipo de série, quanto tempo dedica ao programa e, dessa forma, é possível identificar padrões de consumo e trabalhar em cima desses dados.
De acordo com a pesquisa, séries com tramas mais elaboradas e dramas intensos são “saboreadas” com mais calma, levando mais tempo para que o espectador termine uma temporada. Já os programas com doses mais altas de suspense, velocidade e ação são “devoradas”.
Juntando isso ao fato de que a Netflix costuma liberar temporadas inteiras de uma só vez, Stranger Things com seu ritmo acelerado e uma temporada curtinha de 8 episódios só poderia resultar em uma coisa: os fãs terminaram tudo muito rápido e o gosto de quero mais é inevitável.
Esse exemplo, basicamente, reforça algo que sempre pontuamos ao falar de pesquisa de mercado: a necessidade de conhecer a fundo seu público. O levantamento de dados feito pela Netflix trouxe informações sobre o consumidor que representam verdadeiras oportunidades. Assim, é possível oferecer conteúdo que esteja de acordo com a expectativa e os hábitos de consumo do usuário da plataforma.

Aposta em nostalgia
A Netflix vem apostando em nostalgia e isso vem dando bastante certo. O primeiro hit nostálgico desse ano veio com Fuller House, continuação de Full House (ou “Três É Demais” no Brasil), de 1987, que já garantiu uma nova temporada. No fim do ano ainda chega à plataforma uma continuação de Gilmore Girls (2000-2007).
E na internet é possível ver que a Netflix virou uma verdadeira salvação para os nostálgicos. É só alguma série querida ser cancelada (ou finalizada) e começa a chover pelas redes sociais apelos para que a Netflix salve o programa.
Em Stranger Things, série totalmente nova e original, o apelo da nostalgia vem de outra forma. Com várias e várias referências citadas pelos personagens, em cenas recriadas como homenagem a clássicos do cinema, com ambiente muito bem adaptado para recriar o clima dos anos 80. E não dá mais para se espantar ao saber disso: a Netflix sabe que seus usuários vão reconhecer e amar tudo isso. O resultado você provavelmente viu em reações apaixonadas no seu feed do Facebook ou do Twitter, certo? Aposto que sim.

Winona Ryder está de volta
Edward Mãos de Tesoura. Beetlejuice. Heathers. Drácula de Bram Stoker. Garota, Interrompida.
A lista de sucessos do cinema com o nome de Winona Ryder é longa. E provavelmente você ama algum dos filmes acima, especialmente se você cresceu entre o fim dos anos 80 e os anos 90. Se o fator nostalgia já era importante, a atriz é a principal carta na manga que apela para esse sentimento.
Trazer de volta Winona Ryder como grande nome de uma nova série de suspense não tinha como dar errado. No papel da mãe desesperada para encontrar o filho que desapareceu misteriosamente, Winona é a Winona de sempre, oferecendo uma ótima atuação e matando a saudade dos fãs. Isso tudo além de ser uma parte essencial da receita de Netflix para oferecer uma série que vai atingir em cheio o público-alvo.

Atraindo vários públicos
Tudo o que já foi listado parece ser a fórmula para alcançar um feito impressionante: Stranger Things alcança públicos muito diversos.
Millenials que amam novidades e assistem séries inteiras em um fim de semana. Nostálgicos dos anos 80 que ainda estão se rendendo ao binge watch da Netflix. Fãs de Winona Ryder que cresceram querendo ser amigos da atriz de Edward Mãos de Tesoura e Bettlejuice.
Para qualquer empresa que ainda tem dificuldade em atingir seu público-alvo ou entender melhor o comportamento do consumidor, fica o exemplo. É difícil de seguir? Sim, claro. Mas inovar nas empresas é preciso e Stranger Things pode ser uma boa lição de como um trabalho bem desenvolvido consegue ter resultados excelentes e não necessariamente surpreendentes.

Saldo final
Uma série impecável, com um elenco extremamente carismático e um potencial para fazer ainda mais sucesso se renovada para mais temporadas. Uma trama interessante, bem desenvolvida e que atende bem quem esperava por um bom suspense, um enredo coerente e um Sci-Fi na medida certa, mesmo que sem reinventar nada em nenhum gênero. Vale ver pela execução, pela nostalgia, pelo gênero que nem sempre tem novidades que agradam o público, enfim, por uma série de motivos que certamente vão justificar passar pelos 8 episódios bem rapidamente.

(*) É especialista em pesquisa de mercado do Opinion Box, empresa pioneira de soluções digitais para pesquisas de mercado e opinião.