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Tecnologia 25/09/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Algumas caractéristicas do consumidor online

Há alguns anos, especulava-se que as lojas digitais iriam acabar com as físicas. Porém, com o passar dos anos, percebeu-se que os consumidores online utilizam-se de todos os canais disponíveis e ao mesmo tempo, forçando uma integração dos canais pelas lojas. Não é raro vermos consumidores dentro de uma loja física pesquisando o produto em seu celular

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Patrick Nogueira (*)

Mas, em linhas gerais, seria possível traçar um perfil destes consumidores “multicanais”? Embasado em algumas pesquisas de mercado, tentarei fazer um mosaico de características que forjarão, de maneira abrangente, o perfil destes clientes.

Para começar, é importante ressaltar que cada vez mais os consumidores têm considerado fazer compras pela internet uma ação segura. Pelo menos é o que demonstra a pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Conferência Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) na qual oito em cada 10 internautas (ou 82%) atribuíram notas altas, em uma escala de um a cinco, sobre o grau de segurança no comércio online. A maior preocupação continua sendo com os dados pessoais e com os sites que visitam: 58% disseram evitar cadastrar o cartão de crédito para compras futuras, por exemplo.

Uma segunda pesquisa, realizada pela TVxtender, contradiz o que poderia ser o senso comum e aponta que os homens são os que mais fazem compras pela internet. Outro dado levantado é que a classe B é responsável por 39% das transações em lojas virtuais. Se dividirmos por região, a Sudeste é a campeã de compras, com 47%.

Para finalizar, pesquisa realizada pela Accenture, desta vez em 32 países além do Brasil, revela que 94% dos consumidores declararam que utilizam pelo menos um canal digital para pesquisar sobre produtos; 54% destes usam principalmente mobile em suas buscas; e 64% dos consumidores querem mais interação digital com as empresas.

Sobre atendimento ao cliente, a pesquisa revela que 79% dos consumidores preferem o call center, mas apenas 28% estão satisfeitos com o serviço oferecido. Em segundo lugar ficou o chat online, com preferência de 61% dos clientes, com 42% de satisfação com o serviço.

Um último dado da pesquisa, e que serve de alerta para as empresas em geral, é que 91% dos brasileiros comentam sobre suas más experiências com pessoas ao redor. Em tempos de redes sociais o alcance dessas reclamações pode ter contornos incalculáveis.

Essas são apenas algumas características dos consumidores que, conforme visto, estão cada vez mais explorando a ponte entre o real e o virtual. Até por causa disso, o perfil acaba sendo fragmentado e almejar traçar uma “persona” completa é uma pretensão um tanto descabida em uma realidade cada vez mais flexível e mutável como a nossa.

(*) É fundador do Baixou, startup do Espírito Santo especializada em ferramentas online que monitoram a variação de preço de mais de 3 milhões de produtos, em todo varejo nacional.


APP destinado à inclusão digital é a ideia inovadora que representará o Brasil na Falling Walls Lab

Na noite do último dia 17 de setembro, o Jecripe, inovadora ideia do professor universitário André Luiz Brandão, morador em Santo André (SP) e nascido em Santa Maria (RS), foi a ideia ganhadora do primeiro lugar do Falling Walls Lab 2015 – uma plataforma internacional única direcionada a líderes do mundo da ciência, negócios, política, artes e sociedade que a consultoria de alta gestão A.T. Kearney realiza no Brasil em parceria com o Centro Alemão de Ciência e Inovação – São Paulo (DWIH-SP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Brandão irá para a Alemanha em novembro nos representar, juntamente com Francisco Uique Carvalho Lage, de São José dos Campos (SP), que levou o segundo lugar com o projeto “Solar Energy”. Trata-se de um sistema de captação de energia a partir de placas solares flutuantes em reservatórios de águas em usinas hidrelétricas, alavancando a rede de distribuição já instalada. O projeto nasceu de um trabalho quando Lage cursava o 3º ano da faculdade de Engenharia Mecânica Aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
O Jecripe e o Solar Energy foram as duas ideias escolhidas entre 14 finalistas de um total de 62 inscritas. Mas embora apenas as detentoras do 1º e do 2º lugar ganhem o prêmio, “todos os finalistas são vencedores”, como enfatizou o vice-presidente do escritório brasileiro da A.T. Kearney, François Santos, quando deu as boas-vindas aos jovens empreendedores que passaram por uma rigorosa análise. Prova disso é que muitos foram contatados por executivos de grandes empresas, presentes no evento – que praticamente lotaram o Auditório Ruy Barbosa, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, que acolheu 250 pessoas. Santos ressaltou que a versão brasileira do Falling Walls Lab está na terceira edição e que, a cada ano, tem aumentado a quantidade de inscrições, assim como cresce a qualidade e o nível dos projetos e ideias.
O júri formado por cinco notáveis, entre os quais executivos de grandes empresas e professores universitários, escolheu as melhores propostas a partir de três dimensões: inovação (que teve peso de 50% da escolha deles), relevância para a sociedade (30%) e performance do idealizador (que corresponde aos 20% restantes) (http://www.jecripe.com).

Aprimorar o ensino e a aprendizagem da língua inglesa

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Aperfeiçoar constantemente suas técnicas de educação, ensino e pesquisa, priorizando a qualidade e a eficácia de seus produtos e serviços, é a estratégia da Cambridge University Press ao desenvolver conteúdo e materiais para o estudo da língua inglesa.
Para auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos e dar suporte aos professores, a editora apresenta algumas soluções digitais interativas, fáceis de usar e com inúmeras vantagens para ambos. Dentre os recursos, estão: conteúdo e avaliações online, aplicativos, e-books e ferramentas digitais.
As soluções da Cambridge University Press contemplam as necessidades para a aprendizagem online, permitindo que os alunos tenham acesso instantâneo, em qualquer hora e lugar. Desta forma, intensificam o tempo de estudo de maneira agradável, com atividades multimídia que possibilitam uma preparação eficiente e uma experiência valiosa.
A Cambridge LMS (Learning Management System) é uma exclusiva plataforma online de educação global da língua inglesa criada pela Cambridge University Press. Neste ambiente virtual, os alunos têm acesso ao conteúdo do curso, interagindo com os outros estudantes e professores. Já os docentes têm todo o suporte para suas aulas, com conteúdo digital de ponta que permite monitorar e avaliar o progresso de aprendizagem dos alunos.
Dentre a ampla variedade de materiais da Cambridge LMS está o Touchstone Online – desenvolvido para complementar o curso presencial baseado na série Touchstone (composta por quatro níveis para adultos e jovens). É um programa abrangente com várias atividades para que os estudantes aprimorem diferentes competências e habilidades no idioma de forma gradual e com confiança.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento profissional, a editora conta com a Cambridge English Teacher, uma plataforma digital onde os educadores podem fazer cursos de alta qualidade e têm a oportunidade de participar de uma comunidade com renomados profissionais do ensino de línguas, interagindo por meio de webinars e fóruns de discussão.
A Cambridge University Press também dispõe de uma ferramenta interativa para apresentação em sala de aula: a Presentation Plus. Prática e fácil de usar, ela ajuda os professores a dar aulas mais dinâmicas e envolventes usando diversos recursos, como áudio e vídeo (http://www.cambridge.org).

5 itens para entender a rastreabilidade de medicamentos

Fabio Lopez (*)

Toda a cadeia do setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação da ANVISA, que vai impactar fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e pequenas farmácias. Mas o que essas empresas precisam fazer para estar dentro da lei? E para os pacientes e mercado em geral, quais os benefícios?

Segundo a ANVISA, não haverá novo adiamento do prazo para adequação à regulamentação de rastreabilidade de medicamentos. Até dezembro de 2016, as empresas que compõem a cadeia produtiva, logística e comercialização do setor deverão estar 100% aptas a cumprir a norma, sob pena de autuação. A lei da rastreabilidade de medicamentos – que determina que todo e qualquer medicamento seja rastreado, desde sua fabricação até chegar ao paciente – é antiga, de 2009, mas a obrigatoriedade para seu cumprimento foi adiada por diversas vezes, sobretudo pela complexidade de adaptação no processo produtivo.
Para facilitar o entendimento sobre a lei da rastreabilidade de medicamentos, impactos para as empresas e benefícios para o consumidor, preparamos um guia prático com os principais pontos que devem ser analisados:

1-) O que é a norma?
Atualmente, todas as caixas de medicamentos vêm com o código de barras impresso no lado externo da embalagem, além de informações sobre o número do lote, a data de fabricação e validade. Pela nova lei da ANVISA, tanto a embalagem primária – que está em contato direto com o produto quanto a secundária – designada para conter uma ou mais embalagens primárias – devem armazenar todas as informações referentes à fabricação: número serial, validade e lote, denominado de Identificador Único de Medicamento – IUM. Além disso, cada nova etapa no percurso até o medicamento chegar ao paciente – ou seja, distribuição, transporte, etc, – deverá ser rastreada.
A lei da rastreabilidade de medicamentos vem justamente ao encontro desse desafio. Mas como inserir tantos dados e informações em uma superfície tão pequena? A pergunta nos leva ao segundo item: o código de barras bidimensional.

2-) Código bidimensional a favor da lei
O código bidimensional é diferente do código de barras tradicional com o qual estamos acostumados, encontrado em cobranças bancárias, produtos de supermercado, etc. No código de barras bidimensional, a grande vantagem é justamente a maior capacidade de armazenamento de dados.
Os códigos bidimensionais permitem codificar informações em espaços muito menores que os códigos tradicionais e agregar informações adicionais. Por isso, o código bidimensional é a resposta para os segmentos farmacêutico e hospitalar, já que permite a identificação de itens tão pequenos quanto uma ampola ou um comprimido, garantindo a rastreabilidade dos medicamentos. É como se cada unidade do medicamento tivesse seu próprio CPF, um número de identificação próprio. No caso desta nova regulamentação, data de fabricação, número serial, lote e validade estarão contidos no código bidimensional da embalagem secundária.

3-) Que tipo de empresa será impactada pela lei?
A regulamentação da ANVISA vai impactar toda a cadeia farmacêutica: fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e até pequenas farmácias. A maior complexidade de adaptação e investimento será no processo produtivo, ou seja, nos fabricantes, pois são eles que terão que incluir todas as informações no produto com o código bidimensional. Os outros pontos da cadeia – distribuidores, hospitais, laboratórios e farmácias – também terão que se adaptar sendo capazes de fazer a leitura dos dados contidos em cada unidade do medicamento.

4-) Quais as vantagens para o paciente?
A resposta é segurança! Quem nunca ouviu falar das pílulas contraceptivas de farinha ou dos lotes de medicamentos em que substâncias químicas foram inseridas nos comprimidos? A rastreabilidade existe exatamente para isso. Ao rastrear a origem, o destino e o trajeto dos medicamentos, ela auxilia a inibir o comércio de medicamentos falsos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), enquanto a média mundial de remédios falsificados é de 10%, no Brasil esse número chega a 19%.

5-) Quais as vantagens para o setor farmacêutico?
A lei da rastreabilidade facilitará a identificação de itens roubados uma vez que forem encontrados pela fiscalização. Outra possibilidade é a maior facilidade de fazer um recall nas farmácias mediante um problema nos lotes de medicamentos. Após a fase de adaptação, estamos convictos de que a lei da rastreabilidade de medicamentos, pioneira no Brasil, será extremamente benéfica tanto para as empresas como para os pacientes. 2016 está aí. É esperar para ver!

(*) É diretor de vendas da Datalogic ADC para Brasil e Sul da América Latina.