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Tecnologia 24/08/2016

em Tecnologia
terça-feira, 23 de agosto de 2016

Erros Médicos: segurança ampliada com conteúdo inteligente e tecnologia

Se você possuísse a informação de que toda semana mais de duas mil pessoas morrem em acidentes aéreos, ainda assim você voaria? E se você descobrisse que estes foram os mesmos riscos enfrentados da última vez em que precisou de um hospital? Isso seria motivo para você pensar duas vezes antes de procurar novamente auxílio médico?

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Mark Bonfiglio (*)

De acordo com o US Center for Disease Control and Prevention (CDC) erros médicos são a terceira causa mais comum de morte nos EUA, correspondendo a mais de 250 mil vidas perdidas em 2013. Neste cenário, a dosagem de drogas é um componente significativo, com erros e eventos adversos causados por medicação inadequada respondendo por mais de 124 mil vidas ao ano – mais de duas mil por semana – e custando à saúde cerca de US$ 16 bilhões.

E isto tudo acontecendo em um mercado que já dispõe das mais avançadas ferramentas de suporte à decisão clínica e no qual se investe um volume de recursos superior ao de qualquer outro país do globo. Imagine então como seriam estes números em países menos desenvolvidos. No Brasil, por exemplo, segundo a ANADEM (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética) 700 mil pessoas são vítimas de erros médicos por ano. E exemplos de que grande parte acontece como resultado de equívocos na prescrição são fartos; a mídia os noticia quase diariamente.

Erros médicos podem ser registrados em vários estágios do processo de tratamento: no momento da prescrição, na ordem de entrada, na dispensa, na administração da droga, ou quando o paciente é instruído a medicar-se em casa. Em qualquer uma destas etapas, existe a possibilidade de se escolher equivocadamente uma terapia de drogas que seja mais danosa do que benéfica ao paciente.

Um recorte em todos os erros médicos passíveis de serem previstos nos EUA mostra o que segue:
– erros de dosagem: 37%
– alergia a drogas e interações: 11%
– erros de dispensação: cerca de 100 ao dia

Uma estimativa plausível fala em 30 a 50 pessoas, a cada mil admissões hospitalares, vivenciando eventos adversos relacionados à medicação. No Brasil, o cenário é ainda mais dramático. Uma pesquisa do Instituto de Biociência (ICB) da USP sobre prescrição de medicamentos em idosos, por exemplo, realizada com base na avaliação de prontuários/prescrições da própria enfermaria da instituição, em um período de cinco meses, identificou problemas em nada menos que 924 destas prescrições, sendo 920 relacionados a erros de medicação.

As pessoas normalmente esperam que uma visita ao hospital tenha um final bem sucedido. Mas, ao contrário disso, em diversas situações essa experiência acaba sendo negativa, culminando, muitas vezes, na perda de uma vida. Para o prestador de cuidados à saúde, que é submetido a um juramento de nunca causar danos, este é um indicador que é simplesmente inaceitável.

O segmento de saúde destaca-se por ser um ambiente de trabalho acelerado, de alta coação. Há urgência no atendimento e pressão para manter a carga de trabalho. Muitas vezes, é um desafio adquirir e processar toda a informação necessária para garantir um atendimento seguro.

Na maior parte das vezes, os profissionais de saúde possuem o treinamento necessário e estão dedicados a garantir que nada de errado ocorra. Porém, as referências sobre os medicamentos mudam rapidamente e manter-se atualizado é muito difícil. Sem acesso a informações frescas, ou sem o benefício de sistemas automáticos de checagem, cria-se um gap na habilidade do profissional em otimizar a segurança no uso da droga adequada.

Efeitos Secundários
É claro que a principal preocupação no que diz respeito a erros de medicação é o eventual dano que possam causar aos pacientes. Há porém importantes efeitos secundários, sentidos pelos hospitais, sistemas de saúde e pelas pessoas que estão no dia a dia do atendimento. Por exemplo, o envolvimento em um erro médico mina completamente a motivação de um profissional. As instituições também perdem muito em credibilidade junto às suas comunidades, o que pode afetar a habilidade da equipe em desempenhar a sua real missão.

São, porém, as consequências financeiras as que causam o efeito mais devastador para uma instituição de saúde. O custo de terapias corretivas, testes adicionais, novas medicações e readmissão hospitalar, necessários para tratar os erros médicos, poderia ser evitado se o erro original não houvesse ocorrido.

E o tempo demandado no tratamento de eventos adversos e readmissões coloca pressão adicional sobre um corpo clínico já bastante estressado, drenam recursos que já são escassos e criam tempos de triagem e de espera ainda maiores para pacientes em circunstância de menos urgência.

O que fazer?
O mais importante a ser feito pelos líderes das instituições hospitalares para reduzir a incidência de erros de medicação é equipar suas equipes com informação atual, relevante e acessível. Médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos devem ter acesso a informações seguras sobre as drogas, em uma base consistente. Eles também devem implementar sistemas de checagem, seja por meio de melhorias de processos ou por via da automação, de forma que isto incremente o trabalho destes dedicados profissionais.

Com a adoção e o apoio de sistemas de suporte a decisão clínica direcionados a medicamentos, os profissionais podem receber alertas automáticos diretamente no prontuário eletrônico do paciente (PEP), o que lhes possibilita saber de antemão quando existe uma preocupação relacionada a medicação. Podendo assim fazer uma avaliação e, se necessário, optar por uma recomendação alternativa na hipótese de considerar-se que a terapia de medicação original tem o potencial de criar um evento adverso.

Os clínicos podem também usar as referências de drogas disponíveis nestes sistemas em cada etapa do processo – prescrição, dispensa, administração e educação do paciente – para verificar dosagens e outros aspectos de segurança que auxiliam a prevenir erros de medicação.

Nada substitui um profissional de cuidados com a saúde capaz e bem treinado. Porém, dispor da informação para guiar a medicação segura por todo o processo, assim como o uso de ferramentas eletrônicas sofisticadas que ampliem os seus esforços, pode ter um impacto significativo.

(*) É Vice Presidente de Operações de Conteúdo da Wolters Kluwer Clinical Drug Information – unidade focada no desenvolvimento de soluções que auxiliam os profissionais em seus esforços para reduzir erros de medicação, aumentar a qualidade, diminuir custos e incrementar a experiência do paciente.

OEX lança Headset Sense nas cores azul, rosa e chumbo

A OEX acaba de lançar três novas versões de cores para o Headset Sense: azul,rosa e chumbo.
Com design prático e moderno, o headset destaca-se por ser leve, dobrável e fácil de levar para todos os lugares. Outros atrativos são osom estéreo com alta definição e a função Hands Free, botão que permite atender a uma chamada ou pausar / tocar uma música.
O Headset Sense tem microfone e cabo de aproximadamente 1.50 m de comprimento e é compatível com smartphones, music players, notebooks ou tablets. Acompanha um cabo extensor com conexão de áudio e microfone para utilizá-lo em desktops. Também está disponível nas cores branca e preta. Preço sugerido R$ 89,00 (www.newex.com.br).

A Transformação digital e os contact centers

Entenda temporario

Um dos mercados em que o fenômeno da transformação digital mais está presente atualmente é a do contact center. Inicialmente foram chamados call centers porque só ofereciam serviços de telefonia por meio de uma rede telefônica comutada. No entanto, com o fortalecimento exponencial que se tornou a Internet e o mundo digital nos dias de hoje, o mercado de contact center cresceu em comunicação alternativa, ao integrar novos produtos e serviços, como o chat, e-mail, botões de chamada web, entre outros.
Para o contact center, e muitos outros modelos de negócios, é importante pensar que seus produtos possam ser adaptados às novas tecnologias emergentes. Este é um desafio para muitas empresas, e algumas delas estão solucionando essa equação ao adotar tecnologias de plataforma, que é uma de suas vantagens, permitindo uma fácil integração com qualquer sistema, independentemente da tecnologia ou linguagem de programação construída ou desenvolvida, como serviços SOAP ou API REST que podem ser consumidos por produtos desenvolvidos em outras linguagens tipo Java, PHP, Android, iOS etc.
É interessante observar que a implementação de tecnologia por si só não leva à transformação digital, mas mudar uma organização ou um mercado para aproveitar ao máximo o potencial dessas tecnologias, sim. E este é o caso dos contact centers.
O mercado de contact center continuará a crescer em paralelo com a tecnologia de software. Os provedores devem continuar desenvolvendo ferramentas de pesquisa para criar uma integração mais flexível com os produtos desenvolvidos com base em tecnologias emergentes e, assim, adaptar-se ao dinamismo deste mercado. Esta transformação digital continuará a revolucionar o engajamento com os clientes e permitirá que os players dessa indústria se mantenham competitivos, desde que entendam que o mais importante não é apenas satisfazer necessidades, mas fazê-lo da forma como o cliente preferir.

(Fonte: Alejandro García é Gerente de Desenvolvimento de Soluções para as Américas da Presence Technology).

Carros conectados impulsionarão diferentes indústrias no Brasil

Ronald Rowlands (*)

Muitos fãs de James Bond devem se lembrar do icônico Aston Martin DB5, um superesportivo que marcou os cinemas no filme 007 – Goldfinger. Além de um assento ejetável e outros artifícios, o carro era dotado de um computador com sistema de navegação a satélite. Cerca de 50 anos se passaram desde a estreia do filme e continuamos não tendo tais assentos, mas certamente, progredimos quando o assunto envolve carros conectados.
Imagine controlar todas as funcionalidades do seu carro pelo smartphone, ter a bordo um computador inteligente que programe todas as suas preferências, sensores embutidos para alertar assistência mecânica e até um sistema capaz de dirigir o carro por você? Tudo isso já existe – e é provável que você tenha um desses em poucos anos. Segundo o Gartner, são esperados 250 milhões de automóveis conectados à Internet das Coisas (IoT) até 2020.
Somente nos EUA, já circulam mais de 40 milhões de automóveis conectados à IoT, o que representa 15% do montante. Diferente do mercado norte-americano, a nossa ‘tímida’ frota de 42 milhões de veículos ainda roda devagar em conectividade, mas representando um mercado promissor para diversas indústrias – e a inteligência analítica está por de trás disso.
Carros conectados poderão gerar dezenas de gigabytes de dados por hora, que podem ser estruturadas em informações valiosas para as empresas, especialmente a respeito do comportamento e dos desejos dos motoristas. Essas necessidades têm aproximado cada vez mais as empresas de TI do setor automotivo e outras ligadas a ele.

Oportunidades com a IoT
Para o mercado de seguros, um dos mais beneficiados, o potencial analítico da IoT permite que diversas informações do veículo e do motorista possam servir para analisar riscos, oferecer precificações personalizadas e até identificar fraudes. E com o monitoramento em tempo real, as seguradoras podem ficar cada vez mais proativas, alertando para problemas mecânicos no veículo, identificando comportamentos de risco e trajetos suspeitos, além de acionar resgate ao detectar acionamento dos airbags.
Da mesma forma, as montadoras estão correndo para agregar as tecnologias Machine-to-Machine (M2M) na linha de produção e coletar dados para oferecer novos serviços aos clientes. Os dados podem ser analisados para identificar avarias, trocas de óleo, agendar revisões e prever a necessidade de recalls antes mesmo dos veículos apontarem problemas, mitigando gastos que podem chegar a centenas de milhões de dólares. E com as informações armazenadas em nuvem, os próprios clientes podem acessá-las e acompanhar trajetos, acionar aplicativos e muito mais.
Além de montadoras, esse movimento da Internet das Coisas também está mudando o modo como fornecedores de peças e serviços do setor automotivo lidam com a informação. No caso da fabricante de pneus Continental, por exemplo, foram desenvolvidos produtos com sistema de sensores embutidos, alertando para os níveis de calibragem e desgaste dos pneus, transmitidos em tempo real para o motorista.
Diversas outras áreas e indústrias estão empenhadas em desenvolver serviços e ações de marketing com os motoristas conectados. Por meio da geolocalização e inteligência analítica, até os postos de gasolina e serviços de drive-thru, por exemplo, podem identificar perfis e oferecer promoções personalizadas.
Para que todas essas conexões ocorram, um dos pilares centrais e mais envolvidos com carros conectados é o setor de telecomunicações. No Brasil, empresas de telecom têm se empenhado em desenvolver soluções para carros conectados. Elas já oferecem dispositivos M2M para monitorar os componentes elétricos e eletrônicos dos veículos, especialmente em modelos mais recentes.
E com a consolidação dessas tecnologias, o próximo passo evolutivo será a adoção em massa de carros autônomos, embarcados com tecnologias Vehicle-to-Vehicle (V2V), capazes de se comunicarem com outros carros, estradas inteligentes e cidades inteiras conectadas. Somente esse mercado deve trazer uma economia de US$ 5,6 trilhões ao reduzir engarrafamentos e acidentes de trânsito.

Desafios enfrentados no Brasil
Certamente o cenário para os próximos anos é promissor, mas ainda temos desafios a serem vencidos. É necessário que alguns investimentos sejam feitos especialmente na infraestrutura de telecom. Em um país como o Brasil, de extensões continentais, é preciso cobrir os ‘pontos cegos’ e corrigir as instabilidades de rede.
E com o crescimento global da IoT para os próximos anos, prevendo até 50 bilhões de dispositivos conectados em 2020, as operadoras também precisam gerenciar demandas exponencialmente maiores, minuto a minuto. O volume de dados transmitidos pelos carros pode se tornar tão grande que apresentaria risco de sobrecarregar o tráfego de dados nas redes, causando panes de conexão e, até, inviabilizando alguns serviços dos veículos nas horas de pico em centros urbanos. Além disso, serão necessárias ferramentas cada vez mais poderosas de análise em tempo real para processar todos esses dados.
Enquanto alguns enxergam obstáculos, outros vislumbram uma gama de oportunidades promissoras para ganhar competitividade com esses investimentos em IoT, que devem chegar a R$ 350 bilhões no Brasil. Em breve, estaremos conectados em todas as nossas atividades do dia a dia, e o modo como lidamos com os nossos automóveis não será diferente. A diferença ficará para quem souber usar esses dados para gerar novos negócios e transformar a indústria.

(*) É consultor de pré-vendas do SAS Brasil.