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Tecnologia 21/09/2017

em Tecnologia
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
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Machine learning é trunfo estratégico para inovar

No mundo digital, mais do que tecnologia disruptiva, é imperativo ter visão do negócio

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André Scatolini (*)

Vivemos, nós profissionais, em constante pressão para nos superarmos a cada dia na área de tecnologia da informação (TI), que foi provocada de maneira irreversível e contundente pela movimentação implacável da transformação digital. O desafio é mais do que criar soluções inovadoras. É preciso desenvolvê-las em velocidade tal que se antecipem às expectativas dos clientes digitais.

Essa meta instigante fica um pouco mais clara diante da definição de transformação digital, da qual me aproprio da realizada pela consultoria global IDC: “É o processo contínuo pelo qual as organizações se adaptam a mudanças disruptivas ou as criam no seu ecossistema externo por meio de competências digitais. Seu objetivo é inovar com modelos de negócios, produtos e serviços que integram o digital e o físico de maneira transparente e ainda com experiências, de negócios e de clientes, que geram melhorias na eficiência operacional e organizacional”.

Assim, para ganharmos e, ao mesmo tempo, provermos aos clientes competências digitais é vital refinar nosso perfil, que necessita ter como valor agregado o conhecimento profundo das tecnologias emergentes para entender como elas podem transformar os negócios de empresas dos variados setores da economia. Mas o segredo, acredite, mora na certeza de que tecnologia hoje é um facilitador da visão que podemos ter e oferecer ao negócio do usuário – uma alavanca para a disrupção.

E na construção da minha visão de negócios, pegando carona, certamente, em casos de sucesso, estudos e troca de informações estratégicas, elegi machine learning (aprendizado de máquina) como trunfo estratégico para inovar. Isso porque os fatores que colocam em ebulição o crescimento de machine learning são a sua aplicação diversificada e a capacidade de aprender e resolver problemas da vida real a partir de dados.

Esse algoritmo machine learning é uma parte da Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês), que concede aos computadores a capacidade de aprender sem a necessidade de programação e de encontrar as ideias ocultas sem ser explicitamente programado para onde procurar.

Entender a linguagem, reconhecer padrões e aprender com a informação podem ajudar as empresas a enfrentarem desafios significativos e complexos. Esse recurso possibilita “ler” um texto, “ver” as imagens e “ouvir” o discurso natural. E sei que a evolução do machine learning com inteligência artificial não vai parar por aí. Não vou me surpreender, portanto, se, no futuro (talvez breve), a computação cognitiva seja capaz de aprender também a sentir, a tocar e a provar o gosto das coisas.

Aditivo para os negócios
A vantagem que machine learning proporciona às empresas é a capacidade de oferecer novos produtos, serviços diferenciados e personalizados, além de aumentar a eficácia e diminuir o custo dos produtos e serviços existentes. Permite ainda que a organização reinvente processos de negócios, de ponta a ponta, com inteligência digital.

O potencial é realmente significativo. Fabricantes de tecnologia estão investindo fortemente na adição da tecnologia em suas aplicações existentes e na criação de outras. Esse é o “caminho expresso” da inovação. Isso porque proporciona às empresas a vantagem de descobrir padrões e tendências de conjuntos de dados e automatizar análises realizadas tradicionalmente por pessoas, para aprender com as interações relacionadas a negócios e fornecer respostas baseadas em evidências.

Não por acaso, a IDC projeta que, até 2018, mais de 50% das equipes de desenvolvimento vão incorporar serviços cognitivos em seus aplicativos, gerando até 2020 uma economia de mais de US$ 60 bilhões. Ainda segundo projeções da consultoria, a adoção de sistemas cognitivos e inteligência artificial em diversas indústrias deverá gerar receita anual de US$ 47 bilhões em 2020.

As tecnologias cognitivas tornaram-se tão penetrantes que a maioria de nós a utilizamos sem perceber. Se você está navegando pela web, consultando relatórios meteorológicos para programar uma viagem, dirigindo um carro conectado e acessando informações, usando reconhecimento de fala em um smartphone, provavelmente está utilizando machine learning.

O aprendizado de máquina, portanto, é excelente solução para uma série entraves no desenvolvimento de produtos e serviços que antes eram inimagináveis. O recurso é capaz de viabilizar e tornar precisos e confiáveis projetos em que abordagens tradicionais apresentem falhas.

Alexander Linden, vice-presidente de Pesquisas do Gartner, disse: “Há dez anos, lutávamos para encontrar dez aplicativos de negócios baseados em machine learning. Agora, nos esforçamos para encontrar dez que não usam esse recurso”. Esse resultado é mais do que uma evolução ou inovação, é uma questão de visão de negócios despertada e possibilitada pela tecnologia.

(*) É vice-Presidente de Infra Technologies & Solutions da Resource.

O novo aplicativo potencializa a produtividade das centrais de call center

A BroadSoft, Inc., líder global no mercado de Comunicações Unificadas em Nuvem (UCaaS), anunciou melhorias significativas em sua solução para call center em nuvem omni-channel. A solução BroadSoft CC-One agora suporta otimização da equipe de agentes (WFO), incluindo controle de qualidade, gerenciamento de força de trabalho e análise de desempenho; bem como URA interativa habilitada para fala (IVR). A solução integra recursos da empresa Calabrio, líder em software de engajamento e análise de clientes; e também a funcionalidade de URA da companhia Inference. A agilidade e escalabilidade oferecidas para empresas que hospedam as soluções para call centers em nuvem têm feito a demanda por estes serviços crescer exponencialmente nos últimos anos; independente da quantidade de agentes que as empresas possuem no call center, a solução permite facilidade de gerenciamento (www.BroadSoft.com).

Como empresas de big data podem revolucionar o varejo físico

ONDV Foto Notícias temproario

O mercado digital é um dos que mais crescem nos dias de hoje. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a estimativa para 2017 é de alta de 12% em relação ao ano anterior. Em grande parte, esse avanço ocorre devido à evolução tecnológica. É possível, por exemplo, analisar o perfil comportamental dos consumidores individualmente, auxiliando na personalização e na criação de estratégias visando o maior número de conversões.
No varejo físico, área que carece de inovações tecnológicas, definir um perfil e o comportamento dos consumidores não é tarefa fácil, uma vez que não há dados sendo armazenados para análise.
Atualmente, empresas inovadoras estão promovendo uma revolução no varejo físico ao lançar ferramentas de captação que coletam informações diversas, como quantia de visitantes em lojas físicas, por onde essas pessoas passam dentro dos estabelecimentos, quais são as áreas do comércio que mais atraem os consumidores e outros. Ao realizar essa análise em tempo real, os dados permitem que o gestor tome decisões estratégicas com base nos dados mostrados.
Outra área que é defasada no comércio físico é a atualização de preços. No eletrônico, o dinamismo é grande e a mudança de valores constante, dificultando o trabalho do gestor ao escolher a forma de trabalhar a margem. Dispositivos de big data podem auxiliar nesse tipo de tomada de decisão, uma vez que possibilitam a comparação direta dos valores da loja física com as virtuais, permitindo maior competitividade e, consequentemente, potencialização do lucro.
Para o comércio tradicional, que sempre teve dificuldade em acompanhar a evolução tecnológica, a oportunidade de atuar com soluções que fazem a análise dos dados significa maior integração entre o virtual e o físico. A ideia é auxiliar na disposição e no posicionamento dos produtos nos pontos de venda. Ao criar, analisar e armazenar as informações dos consumidores, soluções de big data permitem a personalização de ofertas, permitindo que o vendedor ofereça um produto ou serviço para determinado cliente com maior relevância, algo relativamente comum nos comércios virtuais, mas que agora pode chegar ao varejo tradicional.
Com essas inovações baseadas na coleta e análise de dados e na internet das coisas (IoT), a ampliação da receita e da margem no varejo será cada vez mais uma realidade.

(Fonte: Leonardo Dias é CDO e co-fundador da Semantix, empresa especializada em Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Análise de dados. http://semantix.com.br/).

Vivendo de forma segura no mundo digital

Anthony Giandomenico (*)

Nos últimos meses, os noticiários estavam cheios de reportagens sobre cibercriminosos usando diferentes tipos de ataques para desativar dispositivos ou redes, roubar informações ou sequestrá-las para cobrar um resgate

De acordo com o Relatório de Ameaças do segundo trimestre de 2017, foram documentados cerca de 184 bilhões de vulnerabilidades totais. Enquanto a maioria desses ataques visava grandes redes comerciais, também havia um aumento significativo em ameaças e informações direcionadas a dispositivos de usuários individuais.
Alguns desses ataques, como o sequestro de páginas do Facebook, são frequentemente usados para coletar informações pessoais dos usuários e seus amigos online como parte de uma operação de roubo de identidade. Ao mesmo tempo, vimos um aumento nas aplicações maliciosas que imitam sites legítimos, como bancos, prestadores de serviços de saúde ou outros serviços que são usados pela internet. Esses ataques são projetados para roubar suas informações pessoais e financeiras.
Durante o último trimestre, também vimos o crescimento contínuo de ataques de tipo ransomware destinados a hospitais ou instituições de serviços financeiros, mas também vimos um enorme aumento dessas ameaças para usuários individuais. A maioria dos ataques de ransomware são enviados como um arquivo mal-intencionado anexado a um e-mail. Uma vez que é inserido e ativado, o ransomware pode criptografar o disco rígido e reter a informação, em troca do pagamento de um resgate.
Também surgiu uma nova família de ataques que visa uma ampla gama de dispositivos conectados em casa, como consoles de jogos, TVs inteligentes, câmeras de segurança digitais e até dispositivos inteligentes que se conectam através do sistema Wi-Fi doméstico. Os cibercriminosos atacam esse tipo de dispositivo com o objetivo de controlá-los remotamente, coletando suas informações ou instalando códigos maliciosos que lhes permitem adicionar milhões de dispositivos comprometidos semelhantes a uma grande arma cibernética conhecida como botnets, que pode ser usada para gerar enormes volumes de tráfego que saturam e extinguem as redes de empresas online escolhidas como alvo do ataque ou que paralisam o tráfego da Internet.
O que podemos fazer sobre isso? Aqui estão quatro recomendações que podem ser implementadas imediatamente para tornar a experiência online mais segura.

Controlar as redes sociais
Os cibercriminosos criam páginas ou contas falsas e, em seguida, enviam pedidos de amigos cujo objetivo é roubar informações ou transformá-las em um link que leva a sites infectados. Verifique sempre a página de informações pessoais da pessoa que envia o pedido: quando foi criado, ano em que você se formou na faculdade ou começou a trabalhar ou se reconhece as fotografias ou exibe apenas fotos que pareçam ter sido baixadas de um banco de imagens. Se a pessoa que envia o pedido de amizade é alguém que conhece, verifique se eles têm amigos em comum. Verifique suas informações pessoais, em caso de dúvida, entre em contato direto para descobrir se a pessoa criou um novo perfil, caso contrário sua conta pode ter sido sequestrada ou duplicada.

Verificar Transações Online
A primeira coisa a lembrar é que os bancos nunca enviam pedidos para revisar contas ou pedir verificações de senha. Esses pedidos, seja online ou via e-mail, podem ser ignorados ou excluídos. Se você receber um e-mail ou uma página do navegador com um link em anexo, você sempre deve verificar o URL do site antes de inseri-lo. O endereço deve começar como um endereço real: www. (O nome do banco) .com, o logotipo está correto? A gramática é boa e não tem erros de ortografia? Em caso de dúvida, você deve entrar diretamente no site oficial do banco ou ligar para a instituição financeira para garantir que o pedido seja legítimo.

Inspecionar E-mail
A maneira mais comum para que os usuários baixem um software malicioso ou malware em seus sistemas é através de um anexo de um e-mail. Esta é a regra: você NUNCA deve clicar em um anexo ou um link para uma página da Web que vem em um e-mail de alguém que não é conhecido, que não tenha sido solicitado ou não parece totalmente legítimo.

Atualizar dispositivos
Isso é muito importante, mas também pode exigir maior esforço e trabalho. É aconselhável fazer um inventário dos dispositivos de casa que estão conectados à Internet, como telefones, TVs, câmeras de segurança, roteadores e/ou pontos de acesso sem fio. Em seguida, pesquise on-line para ver se há vulnerabilidades que os afetam ou patches, para garantir que os dispositivos e aplicativos estejam trabalhando com os últimos patches e versões de seus sistemas operacionais.
Agora vivemos num mundo digital e o cibercrime faz parte desta nova realidade. Todos aprendemos a bloquear nossos carros, colocar fechaduras de segurança em nossas portas, olhar os dois lados antes de atravessar uma rua e evitar becos escuros durante a noite. É hora de desenvolver os mesmos hábitos quando navegamos em ambientes digitais. Como no mundo físico, não podemos estar 100% seguros, mas se somos um pouco mais cautelosos e incluímos mais segurança nas ferramentas e aplicações que usamos e desenvolvemos, o mundo digital em que vivemos será muito mais seguro.

(*) É estrategista Sênior de Segurança da Fortinet.