As novas tecnologias aplicadas ao modelo 70/20/10A tecnologia vem transformando todos os momentos de nossa vida, tanto pessoal quanto profissional. Naturalmente, ela apresenta novos rumos também para o mercado de educação corporativa Luiz Alexandre Castanha (*) Ela influencia, inclusive, algumas fórmulas consideradas eternas, como o Modelo de Aprendizagem 70/20/10. Segundo a metodologia, 70% do que aprendemos é decorrente da prática do nosso dia a dia, 20% ocorre graças à interação com outras pessoas e 10% vem da educação formal, com aulas, livros e professores. Esse modelo foi desenvolvido na década de 80, graças às pesquisas dos professores Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo, do Centre for Creative Leadership, uma instituição sem fins lucrativos localizada na Carolina do Norte (EUA). O modelo nasceu da pesquisa que buscava mostrar quais são os principais pontos de desenvolvimento de experiências dos gestores de sucesso. O 70/20/10 vem se mostrando compatível com a realidade dos profissionais. A prática é sim responsável pela maior parte do aprendizado, deixando a interação e a educação formal em segundo e terceiro lugar. Mesmo com a Internet e todas as possibilidades das novas tecnologias, este modelo se mantém atual. Hoje temos novas ferramentas de aprendizagem, que tornam o conteúdo mais interessante e as interações mais ricas, aproximando-as cada vez mais da realidade sem interferir na qualidade do trabalho oferecido. Se pararmos para observar cuidadosamente, temos ferramentas que podem ser aplicadas em todas as categorias deste modelo, sempre de maneira vantajosa. Para os “70% de prática”, podemos citar ferramentas como realidade virtual, realidade aumentada e games. A experiência de conseguir vivenciar o dia a dia do trabalho, mas em uma realidade controlada, traz segurança para o aprendiz e economia para a empresa. O colaborador não precisa interromper o trabalho de determinado setor para treinar, ele pode treinar suas habilidades em um ambiente controlado para aprender mais e melhor. Dizem que a habilidade mais difícil de ser treinada é o comportamento perante uma situação que não é ideal. Muitos duvidam que o comportamento possa ser treinado antes de “entrar em campo”, mas graças a estas tecnologias, profissionais de diversas áreas estão tendo a oportunidade de aprender e treinar antes de realmente precisar enfrentar o cenário real. Um exemplo muito interessante é a Classe de Realidade Virtual, utilizada para treinar futuros professores nas universidade. O sistema conecta atores com personagens dentro de uma sala de aula. Cada ator é responsável por recriar um tipo comum de estudante, como o aluno disperso, o que fica usando o celular ou aquele que faz diversas pausas inconvenientes. Esses “alunos virtuais” interagem com o futuro professor, que pode estar a quilômetros de distância. O professor que está passando pelo treinamento precisa conseguir ensinar os alunos e mantê-los atentos ao conteúdo. Para isso, ele conta com a ajuda de um coach que avalia sua postura e apresenta os melhores caminhos para cada nova situação. Os futuros professores têm uma mostra de como é enfrentar uma sala de aula e, com isso, chegam mais confiantes quando realmente precisam ensinar uma classe cheia de alunos. Este tipo de ação de realidade virtual pode ser adaptada para as mais diversas possibilidades. Voltando a falar sobre o modelo 70/20/10, podemos associar a aprendizagem por interação (20%) com as novas ferramentas de comunicação, como aplicativos de chat, fóruns, blogs e sites. A forma como as pessoas se comunicam mudou, por isso a interação entre elas também se apresenta de modo diferente. O contato frente a frente continua sendo a forma mais valiosa de interação, mas o fato do seu colaborador conseguir interagir e adquirir experiências de profissionais que estão até mesmo em outros países pode enriquecer muito o seu aprendizado. Para os 10% referentes à educação formal, podemos citar as aulas presenciais com auxílio de recursos audiovisuais ou até mesmo as aulas virtuais. Plataformas de ensino à distância, como os MOOCs (Massive Open Online Course), também oferecem os subsídios para o aluno aprender com a ajuda de aulas expositivas, leituras e exercícios. A teoria pode ser ensinada com a mesma qualidade tanto com professores dentro de uma sala de aula quanto com o auxílio de uma plataforma digital. As novas tecnologias de aprendizado podem ser inseridas em todas as etapas dentro dos treinamentos realizados nas empresas. Ter acesso a essas ferramentas gera maior interesse nos colaboradores e os prepara de forma mais eficiente para realizar o melhor trabalho. Com a evolução das ferramentas digitais, certamente ainda teremos muitas novidades à disposição dos treinamentos. Devemos aprender a tirar o melhor de cada uma delas. E você: Já está aplicando as novas tecnologias ao antigo 70/20/10? (*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos. | Um ano de expansão do marketing digitalHoje não há como uma marca não incluir a publicidade digital em seu plano de marketing. Sabemos a importância desse meio por atingir um número maior de pessoas que passam o dia conectado, navegando na internet. Segundo uma pesquisa publicada pela empresa americana eMarketer, em 2017, a publicidade digital vai superar a publicidade na televisão, nos Estados Unidos. (Fonte: Victor Canô, CEO da Cazamba, empresa de tecnologia em mídia que permite marcas engajarem com seus consumidores). Conhecendo melhor seu cliente com a Internet das CoisasFernanda Benhami (*) Nos últimos anos, temos ouvido falar e muito sobre a Internet das Coisas (IoT). Como se sabe, os dispositivos conectados por ela emitem dados que as empresas coletam e utilizam da forma que for mais conveniente para os seus negócios Aparelhos móveis, sistemas de automação residencial, transportes e até mesmo plataformas de petróleo estão disponibilizando hoje um fluxo enorme de informações durante todo o momento em que estão em funcionamento. O mais comum é que elas sejam usadas para a execução de ações de manutenção preventiva ou na identificação de possíveis falhas, mas há muitas outras áreas de negócio que podem se beneficiar da IoT e das ideias que podem ser extraídas dos dados. (*) É gerente de Customer Intelligence do SAS América Latina |
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