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Tecnologia 18/01/2017

em Tecnologia
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
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As novas tecnologias aplicadas ao modelo 70/20/10

A tecnologia vem transformando todos os momentos de nossa vida, tanto pessoal quanto profissional. Naturalmente, ela apresenta novos rumos também para o mercado de educação corporativa

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Luiz Alexandre Castanha (*)

Ela influencia, inclusive, algumas fórmulas consideradas eternas, como o Modelo de Aprendizagem 70/20/10. Segundo a metodologia, 70% do que aprendemos é decorrente da prática do nosso dia a dia, 20% ocorre graças à interação com outras pessoas e 10% vem da educação formal, com aulas, livros e professores.

Esse modelo foi desenvolvido na década de 80, graças às pesquisas dos professores Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo, do Centre for Creative Leadership, uma instituição sem fins lucrativos localizada na Carolina do Norte (EUA). O modelo nasceu da pesquisa que buscava mostrar quais são os principais pontos de desenvolvimento de experiências dos gestores de sucesso.

O 70/20/10 vem se mostrando compatível com a realidade dos profissionais. A prática é sim responsável pela maior parte do aprendizado, deixando a interação e a educação formal em segundo e terceiro lugar.

Mesmo com a Internet e todas as possibilidades das novas tecnologias, este modelo se mantém atual. Hoje temos novas ferramentas de aprendizagem, que tornam o conteúdo mais interessante e as interações mais ricas, aproximando-as cada vez mais da realidade sem interferir na qualidade do trabalho oferecido. Se pararmos para observar cuidadosamente, temos ferramentas que podem ser aplicadas em todas as categorias deste modelo, sempre de maneira vantajosa.

Para os “70% de prática”, podemos citar ferramentas como realidade virtual, realidade aumentada e games. A experiência de conseguir vivenciar o dia a dia do trabalho, mas em uma realidade controlada, traz segurança para o aprendiz e economia para a empresa. O colaborador não precisa interromper o trabalho de determinado setor para treinar, ele pode treinar suas habilidades em um ambiente controlado para aprender mais e melhor.

Dizem que a habilidade mais difícil de ser treinada é o comportamento perante uma situação que não é ideal. Muitos duvidam que o comportamento possa ser treinado antes de “entrar em campo”, mas graças a estas tecnologias, profissionais de diversas áreas estão tendo a oportunidade de aprender e treinar antes de realmente precisar enfrentar o cenário real.

Um exemplo muito interessante é a Classe de Realidade Virtual, utilizada para treinar futuros professores nas universidade. O sistema conecta atores com personagens dentro de uma sala de aula. Cada ator é responsável por recriar um tipo comum de estudante, como o aluno disperso, o que fica usando o celular ou aquele que faz diversas pausas inconvenientes. Esses “alunos virtuais” interagem com o futuro professor, que pode estar a quilômetros de distância. O professor que está passando pelo treinamento precisa conseguir ensinar os alunos e mantê-los atentos ao conteúdo. Para isso, ele conta com a ajuda de um coach que avalia sua postura e apresenta os melhores caminhos para cada nova situação. Os futuros professores têm uma mostra de como é enfrentar uma sala de aula e, com isso, chegam mais confiantes quando realmente precisam ensinar uma classe cheia de alunos. Este tipo de ação de realidade virtual pode ser adaptada para as mais diversas possibilidades.

Voltando a falar sobre o modelo 70/20/10, podemos associar a aprendizagem por interação (20%) com as novas ferramentas de comunicação, como aplicativos de chat, fóruns, blogs e sites. A forma como as pessoas se comunicam mudou, por isso a interação entre elas também se apresenta de modo diferente. O contato frente a frente continua sendo a forma mais valiosa de interação, mas o fato do seu colaborador conseguir interagir e adquirir experiências de profissionais que estão até mesmo em outros países pode enriquecer muito o seu aprendizado.

Para os 10% referentes à educação formal, podemos citar as aulas presenciais com auxílio de recursos audiovisuais ou até mesmo as aulas virtuais. Plataformas de ensino à distância, como os MOOCs (Massive Open Online Course), também oferecem os subsídios para o aluno aprender com a ajuda de aulas expositivas, leituras e exercícios. A teoria pode ser ensinada com a mesma qualidade tanto com professores dentro de uma sala de aula quanto com o auxílio de uma plataforma digital.

As novas tecnologias de aprendizado podem ser inseridas em todas as etapas dentro dos treinamentos realizados nas empresas. Ter acesso a essas ferramentas gera maior interesse nos colaboradores e os prepara de forma mais eficiente para realizar o melhor trabalho. Com a evolução das ferramentas digitais, certamente ainda teremos muitas novidades à disposição dos treinamentos. Devemos aprender a tirar o melhor de cada uma delas. E você: Já está aplicando as novas tecnologias ao antigo 70/20/10?

(*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos.

Um ano de expansão do marketing digital

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Hoje não há como uma marca não incluir a publicidade digital em seu plano de marketing. Sabemos a importância desse meio por atingir um número maior de pessoas que passam o dia conectado, navegando na internet. Segundo uma pesquisa publicada pela empresa americana eMarketer, em 2017, a publicidade digital vai superar a publicidade na televisão, nos Estados Unidos.
Em breve esse movimento também chegará em terras brasileiras e é por isso que é preciso pensar e repensar em como você quer que sua empresa se destaque no meio de tantas informações disponíveis no meio digital. Sei que é uma tarefa árdua encontrar maneiras arrojadas de engajar sua marca com um target tão pluralizado quanto temos hoje, mas já possível utilizar novos formatos de anúncios que tendem ser mais assertivos que os modelos convencionais e usados desde a popularização da internet.
Há diferentes formas de explorar todo potencial das mídias digitais, oferecendo formatos com programação personalizada, trazendo a possibilidade de integrações com serviços de terceiros e ainda mais flexibilidade de conteúdo. Vai muito além do padrão para impactar o usuário. Isso cria uma nova experiência de anúncios online. Também é preciso pensar em ações específicas para a mídia mobile, devido à variedade de formatos e alto alcance que ela oferece, fazendo com que sua marca esteja sempre presente na palma da mão do usuário desejado.
Recentemente, a pesquisa do IPG Mediabrands Magna mostrou que a publicidade digital irá alcançar um market share de 40% em território americano, mas que terá consequência global, pois isso gerará uma movimentação de U$202 bilhões ao redor do mundo. Isso é apenas um reflexo do que vemos em nosso dia a dia, onde as pessoas estão direcionando sua audiência para os meios digitais, deixando de lado outros formatos, como a televisão, que desde sua invenção, liderou o mercado publicitário em todo o mundo.
Mas reitero que é preciso muito cuidado no momento de dirigir seus esforços para o mundo digital, pois é necessário fazer um planejamento detalhado das ações que se pretende fazer. Para otimizar resultado, é preciso identificar os segmentos que deseja atingir. Uma extensa análise de dados brutos é fundamental para se conseguir os melhores resultados possíveis. Essa é uma possibilidade que outras mídias não oferecem com tanta precisão e ainda agilidade para uma mudança de direcionamento, caso seja necessário.
Explorar a publicidade digital será a melhor maneira de levar sua marca de forma direta e objetiva ao público-alvo desejado. A tendência é que esse mercado cresça exponencialmente nos próximos anos, provocando uma grande transformação na maneira das empresas conversarem com o consumidor. Não perca essa oportunidade!

(Fonte: Victor Canô, CEO da Cazamba, empresa de tecnologia em mídia que permite marcas engajarem com seus consumidores).

Conhecendo melhor seu cliente com a Internet das Coisas

Fernanda Benhami (*)

Nos últimos anos, temos ouvido falar e muito sobre a Internet das Coisas (IoT). Como se sabe, os dispositivos conectados por ela emitem dados que as empresas coletam e utilizam da forma que for mais conveniente para os seus negócios

Aparelhos móveis, sistemas de automação residencial, transportes e até mesmo plataformas de petróleo estão disponibilizando hoje um fluxo enorme de informações durante todo o momento em que estão em funcionamento. O mais comum é que elas sejam usadas para a execução de ações de manutenção preventiva ou na identificação de possíveis falhas, mas há muitas outras áreas de negócio que podem se beneficiar da IoT e das ideias que podem ser extraídas dos dados.
Varejo – As empresas estão fazendo uso da Internet das Coisas por meio dos beacons, pela tecnologia Bluetooth, para entender a movimentação dos clientes dentro das lojas. Com o GPS do smartphone do cliente habilitado, uma marca poderá saber sua posição exata na loja ou no shopping. Se ele tiver concordado em receber mensagens de marketing, esses dados podem ser combinados com registros históricos, como informações demográficas ou histórico de compras, por exemplo, e o varejista pode lançar mão de uma nova oferta, usando canais como e-mail marketing, SMS ou o aplicativo da loja. Há também a opção das geofences, áreas delimitadas por meio de coordenadas pelas quais, toda vez que o cliente entrar ou sair delas, as marcas podem divulgar suas ofertas diretamente nos aplicativos.
Manufatura – O setor manufatureiro é, provavelmente, o único no qual se ouve falar sobre Internet das Coisas e dispositivos conectados com mais frequência. Carros, aviões e outros meios de transporte têm computadores e sensores com tecnologia embarcada enviando dados para vários locais e de forma constante. Agora, esses dados estão sendo aplicados com maior freqüência em aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos. Os fabricantes os usam para melhorar a qualidade e também o design de seus produtos. Eles também podem usar a IoT para vender diretamente ao cliente, sem a necessidade de intermediários. Grandes fabricantes vendem por meio de concessionárias. Conforme os modelos de negócios vão mudando e novas práticas de vendas vão sendo adotadas, as marcas têm acesso direto e um maior envolvimento com o cliente final, sem depender de um revendedor ou parceiro de marketing.
Seguros – Os dados telemáticos coletados dos veículos pelos equipamentos de bordo fornecem informações sobre o comportamento do motorista, o desempenho do veículo e possíveis surgimentos de falhas. Com frequência, os agregadores e fornecedores vendem esses dados às seguradoras, que podem usá-las para informar os clientes sobre a política de subscrição e assim ampliar suas vendas. Imagine receber um e-mail de sua seguradora informando que seu filho está dirigindo muito rápido e de forma imprudente. Com essas informações, você pode sentir a necessidade imediata de fazer um seguro para o carro da família.
Telecom – Para as operadoras telefônicas, o streaming analítico está surgindo como uma maneira de avaliar informações valiosas sobre os clientes. É cada vez mais comum elas coletarem dados sobre como os clientes usam sua rede, quanto do plano de dados vem sendo usado, bem como a frequência e a velocidade de consumo. Essas informações, somadas a muitas outras, permitem que as operadoras estejam mais bem preparadas antes de tomar qualquer decisão junto ao marketing. A partir daí, o preço, o volume e a validade das ofertas podem ser checados em tempo real, de modo que garantam sua relevância e eficácia na comunicação com os clientes.
Finanças – Os bancos tradicionais estão implementando mudanças na maneira como vêm operando no mercado financeiro. Por isso, é importante que as empresas do setor coletem dados por outros canais. Sites, aplicativos móveis e serviços de call center estão se tornando muito valiosos como fontes de informação. Hoje, há mais dados sendo transmitidos em caixas eletrônicos e aplicativos móveis, usados como insights para a oferta de conteúdo relevante aos clientes pelos canais digitais. Quanto ao call center, quando um cliente entra em contato, as empresas estão usando dados de streaming, junto com registros históricos, no intuito de realizar uma oferta mais relevante e personalizada.
A Internet das Coisas veio para ficar. É um caminho sem volta. Os dados coletados são usados para melhorar a qualidade de nossas experiências com as marcas, em diversos setores. E são esses grandes avanços na tecnologia que vão continuar a melhorar e a remodelar os modelos de negócios de diversas indústrias, não se limitando apenas às ações de marketing, mas levando a uma experiência com os consumidores mais pessoal, relevante e eficaz.

(*) É gerente de Customer Intelligence do SAS América Latina