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Tecnologia 17/03/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 16 de março de 2016

Internet das Coisas: você está pronto para uma nova revolução industrial?

A Internet das Coisas (IoT) é uma crescente tendência no meio tecnológico. Mas por que ela é tão importante? Como ela irá revolucionar todos os setores? A IoT veio para solucionar os problemas atuais que enfrentamos como a crise energética e hídrica?

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Alex Leite (*)

Sim, a Internet das Coisas pode ser considerada uma visão ambiciosa e inovadora do mundo, onde é possível integrar redes de comunicações a todos os tipos de “coisas”, dando as máquinas, dispositivos e sensores autonomia para se tornarem mais eficientes no auxílio de um maior controle e praticidade de nossas rotinas. É a possibilidade de comunicação entre todos os objetos que existem, enviando e recebendo vários tipos de dados e informações.

No ano de 2010, o número de dispositivos conectados era de 12,5 bilhões. Agora, a previsão é termos cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados à internet em 2020, trazendo para a sociedade novos modos de comportamento de consumo e novas maneiras de relacionamento com o mercado. Essa ideia pode parecer futurista, mas acredite, o grande “boom” da IoT ainda está por vir.

A Uber, Airbnb e agora o MasterJet (que funciona como um táxi aéreo compartilhado) estão mudando o nosso atual sistema econômico e a IoT está ligada diretamente a esta revolução compartilhada, deixando para trás o capitalismo alimentado por terras e meios de produção. Afinal, neste novo cenário você quer usufruir das “coisas”.

Sendo assim, o conceito tem grandes chances de originar uma nova revolução industrial no século XXI, acredito estarmos no caminho para isso. O cenário capitalista moderno mudou por conta das máquinas e o que antes era baseado em “produzir em escala, comprar e vender”, com a chegada do conceito de M2M estamos dividindo os nossos bens para um bem comum.

Um exemplo claro dessa divisão são os celulares dos usuários do aplicativo Waze. Funcionando como um sensor, pode-se verificar a velocidade do carro e sua localização via GPS e, com essas informações, é possível saber se o trânsito do trajeto escolhido está fluindo, mostrando possíveis acidentes e radares espalhados pelo caminho, além de contar com uma “comunidade” conectada, que compartilham suas experiências no trânsito.

A Internet das Coisas também mudou a forma como gerenciamos processos dentro das corporações. Antes, o gerenciamento das empresas era controlado por meio de relatórios e planilhas mensais. Hoje, é preciso ser competitivo e rápido na hora de tomar decisões, sendo que a Indústria 4.0 veio para diminuir o tempo e recursos oriundos da gestão humana por meio de sensores para monitorar o processo fabril.

Por fim, o que vem puxando o crescimento do mercado IoT? São as demandas por melhor segurança, saúde e infraestrutura. A América Latina, por exemplo, é considerada uma das regiões mais perigosas do planeta e, por isso, soluções de alarme residencial e rastreamento são tendências para reduzir e impedir os riscos de violência. A crise energética e hídrica também encontra a sua resposta na Internet das Coisas, com a famosa tecnologia chamada Smart Grid.

De fato, a Internet das Coisas irá revolucionar a nossa forma de interagir com o mundo. Espera-se que a IoT esteja ligada no futuro a drones, lojas, linhas de produção, veículos, roupas, artigos para segurança doméstica, mapas, casas inteligentes, empresas dos mais variados tamanhos e setores, o que torna o capitalismo um sistema de divisão de bens de consumo a custo marginal – quase nulo.

(*) É Superintendente de Planejamento Educacional da Febracorp University.

Startups do InovAtiva terão 14 vagas no programa de apoio a desenvolvedores do Facebook

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Facebook anunciam uma parceria para promover e acelerar o desenvolvimento das startups que participarem do InovAtiva Brasil, o maior e mais abrangente programa de capacitação, mentoria e conexão de empreendedores inovadores do país. As 28 empresas mais bem avaliadas no ano, 14 em cada Ciclo de aceleração, e seus projetos de aplicativos para dispositivos móveis terão participação garantida no Accelerate Track do FbStart, o programa de desenvolvedores do Facebook.
Durante um ano, as empresas receberão benefícios que vão de créditos em anúncios na rede social a acesso gratuito a softwares e ferramentas de parceiros do Facebook para desenvolvimento, gestão, comunicação e marketing. Além disso, as empresas que participam do FbStart têm acesso permanente à ampla comunidade de startups e desenvolvedores do Facebook, além da mentoria com técnicos e executivos da empresa para aprimorar o desempenho dos aplicativos.
Para o Secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, a parceria permitirá ao InovAtiva Brasil oferecer novos instrumentos de apoio aos participantes do programa. “Queremos atrair as empresas mais inovadoras do mundo para agregar valor ao programa e fortalecer o ecossistema brasileiro de startups. O acordo com o Facebook é pioneiro e estamos abertos a novos parceiros”, avalia.
Já Dário Dal Piaz, gerente de parcerias estratégicas do Facebook no Brasil, destaca o comprometimento da empresa com os desenvolvedores brasileiros. “O ecossistema de desenvolvedores no Brasil está crescendo rapidamente e temos visto ideias incríveis sendo criadas no país. Acelerar o desenvolvimento da inovação faz parte do DNA do Facebook, e essa parceria com o InovAtiva cria uma plataforma para apoiarmos projetos promissores”.


Em tempos de nuvem, gestores de TI anseiam pela segurança do tradicional modelo ‘on premise’

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A adoção da computação em nuvem não para de crescer, mas isso não significa que os gestores de TIC das empresas estejam tranquilos em relação à segurança deste ambiente. Durante os últimos quatro anos as preocupações com a segurança na nuvem têm crescido juntamente com as ameaças. Vivemos um quadro em que as violações são abundantes. O quadro fica ainda mais crítico quando aceitamos que a nuvem centraliza o tráfego de dados gerado por outra tecnologia emergente, Internet das Coisas (IoT).
Testes realizados pela HP encontraram, em média, 25 vulnerabilidades em cada dispositivo IoT examinado. O experimento indicou que ameaças como o Heartbleed, vulnerabilidade a ataques DDoS (Denial of Service) e grandes falhas nos processos de autorização de acesso, encriptação e construção de interfaces estão presentes nos dispositivos IoT examinados.
Embora a vulnerabilidade seja nativa dos dispositivos IoT como eles são hoje, cada dispositivo IoT nada mais é do que um minúsculo riacho de dados que irá, fatalmente, desaguar no mar que é a nuvem.
Assim, até mesmo uma das tendências mais sedutoras do mercado, o IoT, chama a atenção para a questão da segurança na nuvem.
A verdade é que ainda não diminuiu a precaução dos gestores de TI em relação a este tópico. Afinal, o gestor corporativo segue sendo responsável pelos serviços centrados nas aplicações necessários para realmente tornar seguras as aplicações, as APIs e os dados trocados por eles com os usuários.
Quer estejam rodando on premise, quer estejam rodando na nuvem, as aplicações – suporte essencial aos processos da empresa – são um grande foco para o gestor de TIC.
Não por acaso, o relatório State of Application Delivery revelou que uma das principais exigências de segurança dos gestores de TI para adotar a nuvem é paridade entre serviços de segurança locais e serviços de segurança na nuvem. Segundo a pesquisa, 48% dos gestores de TIC entrevistados afirmaram ter esta preocupação.
Por isso, é imperativo que as mesmas soluções de segurança das quais hoje os negócios e a TI dependem localmente (on premise) estejam disponíveis na nuvem.
De um lado, os gestores de negócios seguirão buscando a agilidade e a escalabilidade da nuvem. Do outro, os profissionais de segurança continuarão exigindo a capacidade de proteger as aplicações como a mesma excelência do tradicional modelo on premise, independentemente de onde elas possam estar implementadas.

(Fonte: Rafael Venâncio é diretor de canais e alianças da F5 Networks Brasil e Cone Sul).

Como as redes sociais chinesas podem alavancar seus negócios?

Sumara Lorusso (*)

Os Jogos Olímpicos de 2016 estão se aproximando e, com o objetivo de ampliar a divulgação do evento, a presidente Dilma surpreendeu a todos ao se cadastrar na rede social chinesa Weibo, uma das maiores plataformas interativas de mídia social da China e do mundo, com mais de 600 milhões de chineses e 400 milhões de usuários ativos por mês. Mas, será que essa estratégia também pode ajudar sua empresa a fazer negócios com chineses?

Dependendo da sua área de atuação é bem provável que resposta seja: sim. A China é um dos países com a maior taxa de penetração de internet no mundo, aproximadamente 45% da população utiliza as redes diariamente, o que significa em média 634 milhões de pessoas. De acordo com o China Post, os internautas chineses gastam cerca de 40% das suas 25 horas/semana online em redes sociais. Com consumidores e empresários tão digitais, não há dúvidas de que entrar nesse mercado pode ser uma estratégia de marketing interessante.
Contudo, para que seu negócio seja bem sucedido no mercado chinês, você precisa compreender minimamente como essas redes funcionam, uma vez que, com a censura estabelecida no país, as plataformas são diferentes das que conhecemos e, por isso, exigem outras estratégias e comportamentos. Veja a seguir como essas ferramentas operam.
Sina Weibo, o Twitter Chinês – lançado em 2009, o Sina Weibo é de longe a plataforma mais popular da China. Assim como o Twitter, a rede permite que os usuários postem mensagens de 140 caracteres, sigam amigos e encontrem informações postadas por outras pessoas. Um fato interessante é que uma mensagem de 114 caracteres em chinês, por exemplo, se traduz em 434 caracteres em inglês, ou seja, “teoricamente” com o mesmo espaço, você consegue falar bem mais!
Apesar de muitos dizerem que a rede nada mais é do que um clone do Twitter, a Sina Weibo apresenta algumas diferenças, como a permissão para postagens de vídeos e fotos, assim como a publicação de comentários em atualizações de outras pessoas. Se sua empresa visa entender melhor o comportamento do seu cliente chinês ou aumentar a popularidade ou reputação de uma celebridade na China, a Weibo é a ferramenta ideal para o seu negócio. Assim, podemos dizer que, nesse caso, a estratégia da presidente, por exemplo, foi adequada ao seu propósito de divulgar os Jogos Olímpicos do Brasil nesta rede.
Youku, o YouTube Chinês – assim como a rede americana, o YouKu permite que os usuários façam upload de conteúdos multimídias, avaliem e comentem os vídeos assistidos. Contudo, o comportamento dos internautas chineses com essa plataforma de vídeo online é bem diferente da forma como os americanos ou nós usamos o YouTube. Ao invés de vídeos de animais bonitinhos, contratempos domésticos ou comédias, a maioria dos materiais postados pelos chineses são produzidos profissionalmente e representam conteúdos de programas estrangeiros pirateados, legendados e enviados após a transmissão nos Estados Unidos. Um retrato desse comportamento é o imenso número de fãs do seriado Prison Break na China, sendo que a série nunca foi transmitida na televisão local.
Além dos programas piratas, a recente procura por conteúdo original resultou em um boom de empresas que se concentram exclusivamente em vídeo online. De certa forma, os sites chineses parecem mais com estações de televisão online do que qualquer outra coisa.
QZone e Kaixin001, Facebooks – só que não! – Não há dúvidas de que em grande parte do Ocidente, o Facebook reine como a rede social padrão, reunindo milhares de dados demográficos. Porém, o mesmo não acontece na China, onde várias redes sociais atraem públicos diversos através da segmentação. A QZone, por exemplo, é o primeiro e maior site de rede social no país e se caracteriza pela forte presença do público jovem, que gosta de compartilhar diários pessoais em formato de blog e participar de grupos de discussão sobre assuntos variados. Já a Kaixin001 é uma plataforma concebida para um público mais maduro de jovens profissionais, trata-se de uma sociedade fortemente dominada por trabalhadores de colarinho branco de Pequim (Beijing), Cantão (Guangzhou) e Xangai (Shanghai). Nela não é possível fazer upload de conteúdo pessoal, mas sim compartilhar informações encontradas em outros meios, principalmente sobre assuntos relacionados à saúde e ascensão profissional. Outras redes com o mesmo estilo, mas com perfis de usuários diferentes, são as Douban e RenRen.
Enfim, não faltam boas opções de redes sociais chinesas para você aliar à estratégia de mídia do seu negócio. Contudo, antes de sair se inscrevendo nessas redes, procure conhecer mais sobre o assunto. Converse com chineses que moram no Brasil e observe como se comportam e o que esperam da atuação de uma marca estrangeira nas redes que mais utilizam. Só assim, você poderá elucidar com mais clareza qual o papel a sua empresa deve desempenhar nesses veículos.

(*) É formada em letras e tradução pela Unibero e tem fluência em mais de cinco idiomas, incluindo o Mandarim. É presidente da Nin Hao, escola referência no ensino do idioma, há dez anos no mercado.