Big Data: Como utilizar a avalanche de dados processados a favor do negócioO Big Data, termo utilizado para designar grande volume de dados, é uma tendência tão discutida recentemente que passa a impressão de que está aí e existe há muito tempo Antonio Carlos Guimarães (*) Mas, para nossa surpresa, não é bem assim: estima-se que 90% de todas as informações armazenadas atualmente foram criadas apenas nos últimos dois anos. Isso é fruto de um crescimento exponencial na geração de dados, algo estimulado por conta de diversos fatores, como é o caso do aumento da quantidade de smartphones por pessoa. Ainda, de acordo com pesquisa do IDC, os investimentos em ferramentas que facilitam o uso da tecnologia será uma exigência para todas as empresas até 2018. Nesse sentido, como se valer das informações em massa armazenadas para tomar decisões benéficas para a corporação? É evidente que relatórios de análises de informações com a função de suportar a tomada de decisões já existem há tempos. Contudo, se antes para cada nova pergunta era necessário a implantação de um projeto para então iniciar as pesquisas de informações que compusessem um banco de dados e, por fim, obter um reporte analítico, o Big Data tornou o processo mais ágil, uma vez que todas as informações já estão disponíveis para pesquisa e leitura dos resultados. Não é por acaso que, de acordo com uma pesquisa realizada no começo do ano pela NewVantage Partners LLC – empresa de consultoria e gestão focada em estratégias de dados e big data -, 69,6% das corporações entrevistadas a consideram essencial para o sucesso de uma organização. Entretanto, para utilizar a tecnologia da forma mais eficiente possível, o primeiro passo deve ser estabelecer um rígido critério na apuração das informações, garantindo que os dados recolhidos para análise estejam de acordo com a realidade da empresa. Uma escolha, por mais acertada que seja, pode ser nociva para o negócio caso os dados utilizados não tenham sido analisados minuciosamente. Para evitar esse risco, existem empresas que oferecem soluções para armazenamento de dados combinadas a arquiteturas que viabilizam a “limpeza”, organização de dados – estruturados ou não – e processamento de informações, elaborando um mix de ofertas que se adapte à demanda de cada negócio no sentido de realizar análises confiáveis para direcionar as decisões da melhor forma e dentro do melhor cenário possível. Além disso, a segurança dos dados, tema amplamente discutido dado ao aumento da sofisticação de hackers – que além de roubar também têm alterado informações importantes de um banco de dados – é, entre outros fatores, um ponto crucial que deve ser considerado ao utilizar Big Data. Nesse sentido, é importante contar com um parceiro que apresente soluções completamente blindadas de possíveis ataques, permitindo o acesso à informações e análises seguras para tomada de decisão. Adicionalmente, o fornecedor também deve ter uma forte responsabilidade de compliance e RH, com o objetivo de garantir a confidencialidade necessária para a organização. Por fim, o Big Data pode – e vai – continuar tendo um papel fundamental no desenvolvimento de uma companhia. Ainda segundo o estudo da NewVantage Partner LLC, mais de 26,8% das corporações entrevistadas investirão mais de US$ 50 milhões na tecnologia até 2017. Isso demonstra como o Big Data já é uma realidade e, para se valer dos seus benefícios de forma inteligente, o ideal é contar com um fornecedor que esteja atento às novidades que a tecnologia irá demandar nos próximos anos e que ofereça isso aos seus clientes como uma vantagem que os diferencie no mercado. Dessa forma, a “avalanche” de informações coletadas e processadas a cada minuto poderá ser uma grande aliada no momento de escolher os melhores caminhos, fazendo assim com que o negócio mantenha sua competitividade em sua área de atuação. (*) É Evangelista de Cloud da Fujitsu do Brasil. Congresso “Negócios Online de Sucesso” acontece neste mêsEle é brasileiro, publicitário e há quatro anos deixou tudo para trás com o objetivo de transformar pessoas comuns em autoridades nos meios online, fomentando a importância de se tornar um empreendedor digital sucesso nos dias de hoje. Para colocar seu projeto em prática e provar que o sucesso nos negócios online é possível, Bruno Pinheiro se transformou em um “nômade digital”, visitando mais de 40 países com sua família, passando a associar suas experiências vividas com estratégias de negócios. O resultado disso tudo? 120 mil inscritos em suas aulas de treinamento online gratuitas; mais de 3.000 alunos conquistados somente este ano, mais de 30 mil seguidores em sua fanpage no Facebook; já no Youtube, são mais de 10 mil e, no Instagram, cerca de 12 mil. No mês de maio, entre os dias 27 e 29, o empreendedor promoverá, pela segunda vez, no Teatro Gamaro, situado na Universidade Anhembi Morumbi – Campus Mooca -, em São Paulo, o curso presencial Negócios Online de Sucesso (NOS). Nesta segunda edição, ele espera engajar mais de 2.000 pessoas dispostas a mudar de estilo de vida por meios de suas dicas de empreendedorismo digital. Durante o seu último curso online, realizado no mês de março, os resultados foram positivos, atingindo a marca de R$ 1.000.097,00 em vendas, comprovando que a crise política e econômica vivenciada pelos brasileiros passa longe do seu negócio. A grande maioria de seu público-alvo é formada por profissionais liberais ou autônomos, além de pessoas com filhos que desejam passar mais tempo com a família, bem como aqueles que possuem o sonho de viajar pelo mundo, trabalhando apenas pela Internet. Desde que passou a atuar no mercado, o brasileiro conseguiu mudar mais de 6348 vidas por conta das dicas oferecidas gratuitamente e por meio de seus cursos. Um desses casos é o de Bruno Rodrigues, psicólogo que trocou a profissão para ajudar outros profissionais da área como empreendedor digital, oferecendo cursos sobre o tema e se tornando uma referência no assunto. “Em pouco tempo após trocar de profissão, o psicólogo conseguiu triplicar seu faturamento em vendas de cursos online”, relata Pinheiro. Inscrições podem ser feitas online – www.brunopinheiro.me/sucesso.
| Sonegação de impostos: o governo está de olho nas suas redes sociaisA Receita Federal está analisando suas redes sociais! Não, não é nenhum esquema de espionagem, invasão da privacidade ou quebra de sigilo. Ela só está vendo o que você permite que todos vejam. O caso é que quem “ostenta” na web, e não declara isso no Imposto de Renda, por exemplo, alegando que não tem patrimônio, pode entrar sim na malha fina e ser acionado em diversos outros casos. O porquê disso? Simples: Big Data. Essa tecnologia representa uma nova realidade digital, e isso também se expande ao controle que o governo tem sobre os “espertinhos” que declaram seu patrimônio para todos nas redes sociais e, na hora de acertar as contas com o governo, dão uma de desentendidos. O Big Data nada mais é do que um processo de união de um volume altíssimo de dados, processados por um algoritmo que tenta encontrar um padrão e definir melhores resultados para o que é buscado. Por hora, o governo ainda não utiliza todo o potencial dessa ferramenta, mas em diversos estados isso já uma realidade. O estado de Pernambuco, por exemplo, já há algum tempo começou a usar uma ferramenta de previsão de arrecadação de impostos, baseados em dados coletados na rede dos moradores do estado. Isso os permitiu calcular metas de arrecadação do ano seguinte, prever crescimento e queda do PIB. Informações com diversas utilidades práticas para a gestão governamental. O próximo passo dado pelo governo é aproveitar os dados que a internet pode oferecer, focando principalmente nas redes sociais e preparando analistas e auditores para trabalhar com uma boa quantidade de dados de uma seleção de pessoas passíveis de investigação fiscal, por sonegação de impostos. Os auditores, após receberem os dados preliminares, analisam se a renda que a pessoa declarou consegue de fato pagar aquela vida luxuosa, viagens, carros de luxo, imóveis que a pessoa ostenta nas redes sociais. Se isso não bate, eles começam a investigar de onde vem esse dinheiro. A Receita está se aproveitando de um dos instintos mais básicos do ser humano, o de se exibir. A tecnologia está colaborando para isso, analisando quantidades de informação que um grupo de pessoas não poderia analisar sozinho, e somente aí entra a análise humana. A quantidade de informação com que eles trabalham sempre foi alta, mas a tecnologia está, enfim, servindo para um melhor controle dessa informação. O Big Data faz parte de uma revolução. Assim, saiba que é importante considerar manter sua organização dentro e fora do ambiente online. Os riscos são altos. Mantenha sua contabilidade em dia e jamais pense em recorrer ao caminho da sonegação. E se possível, evite a ostentação. Ela tem mais contras do que prós, pois incorre em um risco à sua segurança e de seus familiares, e pode pegar mal em momentos diversos da empresa. A imagem conta – e muito. (Fonte: Adão Lopes é mestre em tecnologia e negócios eletrônicos e CEO da VARITUS BRASIL). A nuvem matou o hardware?Rafael Venâncio (*) Um falso dilema começou a ser explorado desde o momento em que o mercado de TIC compreendeu o valor que o modelo Software Defined Network (SDN) trazia para a indústria Uma pesquisa da consultoria Mind Commerce, por exemplo, indica que até 2020 o mercado SDN irá valer US$ 11 bilhões. Diante de cifras como esta houve quem passasse a tratar o hardware, especialmente o hardware que opera dentro do datacenter, quase como uma commoditie. Sim, o SDN e outros modelos “Software Defined” (Software Defined Data Center, Software Defined Storage, etc.), são parte integrante do novo mundo que a computação em nuvem está criando e seguirão sendo cada vez mais estratégicos. Mas isso não significa que exista uma oposição entre hardware e software e, pior, que em breve haveria um só vencedor. Só uma vertente venceria, aglutinando investimentos, sendo objeto de treinamentos e certificações de profissionais (claramente posicionados como ou de hardware, ou de software) disputados pelo mercado. Na verdade, estamos longe deste quadro. Não é necessário que o CIO ou outros gestores tenham de indicar a supremacia do hardware ou do software em suas próximas decisões de compra, em seus próximos projetos inovadores. A verdade fica no meio: a maioria dos profissionais de TI prefere uma inteligente mistura de hardware e software. Assistimos, hoje, às contínuas bifurcação da rede e bifurcação do datacenter. Por bifurcação entenda-se uma infraestrutura de TIC que exista em parte dentro do ambiente da empresa, em parte na nuvem. Na prática, a preferência por um modelo de TI baseado em software ou em hardware é fruto de diferentes papéis vividos pelos profissionais da empresa usuária. Em nosso relatório State of Application Delivery, os profissionais de TI que preferiram investir em hardware em vez de software foram os que se identificaram como experts em “rede” e em “segurança”. Isso faz sentido. É que, em alguns casos, o hardware é realmente melhor do que o seu software correspondente, que opera de forma virtualizada. Essa eficácia do hardware vem do fato de que, habitualmente, o hardware é projetado especificamente para um dado propósito. Por exemplo, arquiteturas de switch (que são muito diferentes das arquiteturas computacionais de uso geral) são projetadas para alta velocidade e escala. É por isso que um switch para grandes empresas ou para provedores de serviços é capaz de processar 100 Gbps de tráfego e um simples notebook, não. Note, porém, que esse mesmo switch é incapaz de executar o game Angry Birds. Na rede, o hardware construído com propósito é não somente valioso, mas necessário para assegurar a velocidade, a escala e a segurança dos dados por ele manipulados. Sem isso, teríamos de embarcar numa jornada para recriar os mesmos resultados usando meios arquiteturais e virtuais. Mas não faz sentido defender a derrota do software diante do hardware. Há boas razões para preferir o software ao hardware, particularmente quando analisamos as necessidades e exigências de aplicações e metodologias que valorizam agilidade e velocidade. Na nuvem, é claro que não há outra opção – você fica com software e ponto final. Isso ocorre porque a infraestrutura em formato de software, naturalmente modular, elástica e flexível, é mais adequada ao universo das aplicações Web e app services. Trata-se de um mundo que precisa ser ágil e fácil de provisionar, respondendo rapidamente a alterações no mercado, nos negócios, no ambiente de TIC. Em vez de um dilema, portanto, o que temos é o forte valor tanto do hardware como do software e a clara adesão de todo o mercado a um modelo híbrido. Estamos falando de um modo de pensar a TI que é baseada no “e”, não no “ou”. Os dois polos têm valor; investir mais em um do que no outro depende de qual tarefa o CIO está buscando realizar. Outra pergunta importante é “onde” – onde processar a aplicação, de onde acessar a aplicação. Fica claro, portanto, que as decisões de um CIO não podem obedecer a uma lógica binária, excludente. O responsável por construir um ambiente de TI que trabalhe a favor do que o negócio é hoje e será no futuro reconhece que é falso o dilema hardware X software, e faz escolhas a partir de uma visão integrada, pragmática e sem rigidez. (*) É diretor de canais e alianças da F5 Networks Brasil e Cone Sul. |