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Tecnologia 06/09/2019

em Tecnologia
quinta-feira, 05 de setembro de 2019
compliance temaproario

Cinco conselhos de segurança para gamers

A categoria de entretenimento sofreu uma enorme transformação nos últimos anos, que fica em evidência se considerarmos o grande leque de opções que atualmente é oferecido ao público

Em geral, ao se iniciar uma sessão em algum computador ou dispositivo novo, é preciso introduzir uma senha que é enviada ao email ou celular do usuário; sem esta senha, o jogador não poderá acessar sua conta. Foto: Fortress of Solitude

É inegável que o mercado audiovisual se transformou desde o surgimento de opções como Netflix. A indústria gamer, por outro lado, não fica atrás e continua crescendo sem parar em nível mundial à medida que se reinventa.
O crescimento do mundo de videogames é tal que, para 2019 é esperado que gere US$ 1.52 bilhão e cresça 9.6% em comparação a 2018, apontou a firma de análises de jogos Newzoo. No entanto, este aumento fez também com que os gamers se convertessem em um alvo simples para delitos cibernéticos, gerando perdas vultuosas para as empresas e para os usuários. 
Mas o que faz com que o mundo dos videogames como Kingdom Hearts 3, Tom Clancy’s The Division 2, Anthem e Resident Evil 2 seja um potencial ponto de risco? 
As plataformas de distribuição digital a partir da qual esses jogos são distribuídos não são nada mais do que uma enorme loja eletrônica de elementos não tangíveis.  Isto significa que são sites pensados e desenhados para realizar transações que envolvem dinheiro real e requerem portanto a inserção de uma grande quantidade de dados pessoais (entre eles os de cartões de crédito). 
A isto podemos acrescentar o fato de que os PCs dos gamers geralmente são equipamentos poderosos em termos de processamento, e conectados a links de alta capacidade, o que também os torna interessantes como ferramentas para os atacantes. 
Pensando nesta situação, Martin Fuentes, Security Business Senior Manager da CenturyLink na América Latina, nos oferece 5 conselhos que todo gamer deve seguir para evitar ataques na rede. 

1.- Pishing
Uma modalidade de ataque comum é o phishing.  Através de ofertas como “leve o jogo Jump Force pela metade do preço”, tentam nos fazer acessar sites falsos que apenas estão procurando nossos dados pessoais. 
Esses grandes descontos em geral são golpes.  É claro que isto não se aplica às gloriosas épocas de liquidação que periodicamente surgem, sempre que forem acessadas a partir da mesma plataforma de onde se realiza a operação. 
Para evitar cair nesta tática, recomendamos investigar em detalhes qualquer oferta que pareça boa demais para ser verdade e acessar os sites digitando diretamente o endereço no navegador e não através de links enviados pelo email.  Se a oferta for verdadeira, também deveria ser acessível desta forma. 

2.- Dados 
Antes de iniciar, todos os usuários devem criar um perfil, no qual identificam dados pessoais tais como: nome, sobrenome, idade, entre outros; quer queiram mostrar esses dados aos demais jogadores ou mantê-los privados, isto pode ser uma opção para os hackers cometerem atitudes maliciosas.  Além disso, devem estar cientes de que Steam, Xbox e PlayStation têm configurações de privacidade que todo usuário pode utilizar para proteger seus dados. É sempre recomendável utilizar nicknames ao invés de mostrar dados reais e nunca divulgar qualquer informação real online (chats, chats de voz, etc.). 

3.- Golpes
Sem que seja necessário utilizar ferramentas tecnológicas avançadas, a realidade é que os golpes são mais habituais do que se possa pensar. É moeda corrente encontrar ofertas de vendas de contas de plataformas tipo Steam com uma enorme quantidade de jogos, por pouco dinheiro. 
Além deste tipo de transação ser uma violação aos termos de inscrição, não existe uma forma segura de garantir a operação, então provavelmente acabaremos perdendo o pouco dinheiro que pensávamos estar pagando e não receberemos os jogos como resultado.

4.- Início de sessão
Em geral, ao se iniciar uma sessão em algum computador ou dispositivo novo, é preciso introduzir uma senha que é enviada ao email ou celular do usuário; sem esta senha, o jogador não poderá acessar sua conta.  Esta forma de identificar a identidade do usuário é utilizada também por aplicativos de jogos que permitem habilitar esta opção. Alguns deles são: Nintendo, PlayStation, Network, GoG, Blizzard, Origin, Steam, entre outros. 
Isto, em conjunto com uma senha que ofereça um alto nível de segurança, manterá nossa conta a salvo. Ao criar a senha, letras maiúsculas e minúsculas devem ser utilizadas, além de números; tudo isto em conjunto lhe oferecerá uma senha segura e difícil de ser corroborada por terceiros. 

5.- Software complementar
Podemos fazer de conta que não existem, mas lamentavelmente é comum encontrar usuários que, sobretudo em jogos que permitem fazer transações com as recompensas obtidas, tentar utilizar cheats ou programas que lhes dão alguma vantagem sobre os demais. 
Esses usuários, além de arruinar a experiência de jogo para os jogadores honestos, estão se expondo a um enorme risco, dado que não têm controle do que realmente esses softwares fazem, além de um benefício aparente.  É provável que a piada acabe saindo mais caro do que imaginam e percam informações ou acabem fazendo parte de uma rede zombie. 
Com estas recomendações, você pode baixar e aproveitar todos os videogames que deseja sem a preocupação de ser vítima de um ciberataque que prejudique sua informação mais valiosa e coloque em perigo sua segurança e seu dinheiro.

Yes, we code!

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Maureen Fernandes (*)

A participação das mulheres no mercado de Tecnologia começou promissora. Em 1843, Augusta Ada King – A Condessa de Lovelace, concentrava-se nos passos iniciais para se tornar a primeira desenvolvedora da história. Já em 1965, Mary Kenneth Keller também conquistou espaço entre as mulheres pioneiras no segmento de TI ao receber um diploma de doutorado em Ciências da Computação. Ao longo de sua carreira, a profissional dedicou-se a utilizar os computadores como uma ferramenta educacional voltada ao desenvolvimento humano por meio da propagação do maior acesso à informação.

No entanto, a contribuição feminina para os recursos tecnológicos passou a ser sobreposta pela desigualdade de gênero durante o passar dos anos – o que impactou negativamente o avanço deste público no setor. Atualmente, as brasileiras representam apenas 20% dos 580 mil profissionais que atuam na área, sendo que elas recebem uma média de 78% do salário dos homens, tendo que enfrentar 60% de chances de sofrer assédio moral e físico no ambiente de trabalho.

Quando decidi seguir a carreira de programadora, entrei para a estatística de 17% do gênero feminino neste cargo. A paixão que surgiu ainda na infância ao entrar em contato com videogames em brincadeiras com o meu irmão, mostrou-se um caminho que vale a pena trilhar. Contudo, é preciso se disponibilizar a encarar rotas tortuosas. Logo no curso técnico, percebi uma grande desistência por parte das mulheres. Ao ingressar no mercado de trabalho, estive em locais dominados pelo gênero masculino onde cheguei a ser a única mulher em meio a 20 programadores. Além de experienciar muitas situações constrangedoras, teve momentos em que os colegas de trabalho incentivaram o aparecimento de dúvidas sobre minha própria capacidade profissional.

Após seis anos nesta trajetória, faço parte de uma empresa na qual consigo expor meu ponto de vista e realmente ser ouvida. Mas, digo com convicção que o principal desafio da mulher no mercado de Tecnologia é mostrar que independente do gênero, tem o conhecimento necessário para trazer grandes resultados para a área. Acredito que hoje em dia as portas estão se abrindo para nós devido o aumento de interesse neste segmento. Há grupos femininos nacionais e internacionais que incentivam as mulheres a codar, por exemplo.

Dessa maneira, o meu recado para quem também deseja construir uma carreira na programação é trabalhar a curiosidade e procurar sair da zona de conforto. Participem de eventos a fim de aumentar o networking enquanto compartilham aprendizagens. Não deixem de reciclar os conhecimentos. E, não se desmotivem por comentários maldosos que possam surgir no meio do caminho. O segredo é esforçar-se para ser a melhor desenvolvedora que se possa ser. Afinal, yes, we code!

Podemos nos apegar as referências do passado, mas o ideal é seguir juntas, em frente, construindo um futuro cada vez melhor para as mulheres, dentro e fora da tecnologia.

(*) É analista de sistemas da Locaweb.