A malha de dispositivos e o impacto no mercado corporativoA maneira como gerenciamos a produção, os dispositivos físicos e a cadeia de suprimentos vem mudando, de acordo com a chegada da Digital Transformation Luciano Sandoval (*) Através da soma entre Big Data, Cloud Computing e Internet das Coisas (IoT), diferentes tipos de serviços ganham espaço no mercado e com isso uma maior adoção, considerando o uso de algoritmos para o desenvolvimento de produtos, segurança de dados e análises automatizadas. Para ajudar com esse novo panorama, o Gartner listou as principais tendências de TI para 2016. Entre elas, identifico um ponto muito importante e quero destacar aqui com vocês: a convergência de plataformas e meios tecnológicos, conhecida por malha digital. O foco agora muda do meio para o usuário móvel, que estará cercado por uma malha de dispositivos que vão bem além dos dispositivos móveis tradicionais. Sim, esqueçam seus smartphones. A era da malha dispositivo significa acesso a informações e aplicativos através de todos os tipos de dispositivos, telefones, relógios, wearables, Smart TVs, sensores em casa e até mesmo do próprio painel do carro. Agora, é necessário não mais entrar em contato com o usuário, mas estar presente em suas relações, em seus momentos e em seu dia a dia. Para entender melhor, essa tendência é bem diferente dos simples aplicativos baseados em sensores dos smartphones que tanto temos hoje. A malha dispositivo já faz naturalmente parte da Internet das Coisas e é a tendência de se mudar para o ideal de interligados que giram em torno desse conceito. E dessa forma, a fusão dos mundos virtual e real se torna realidade e cria uma base para um ambiente de experiência do usuário contínuo. Embora o desenvolvimento de apps permaneça uma tendência estratégica para empresas, é preciso agora pensar na interação entre os diferentes dispositivos. Tudo na malha digital produz, utiliza e transmite informação. Dispositivos inteligentes de todos os tipos estão a produzir e enviar mensagens de texto, áudio, vídeo, sensorial e informação contextual. Se você já achava que a Internet Coisas era o ápice em dados e informação, posso garantir uma coisa: com a malhade dispositivos, o futuro será produtor de ainda mais volume e grandeza de dados. Ferramentas como o Big Data e a Nuvem são mais do que essenciais para lidar com a crescente tendência tecnológica de malha digital e IoT. A previsão de dispositivos que estarão conectados à Internet aumentará muito e novas estratégias terão que ser moldadas. Assim serviços como plataformas que permitem conectar dispositivos aos provedores de computação em Cloud Computing, com proteção de dados e interações off-line serão essenciais para enfrentar os desafios que estas tecnologias trarão. Para os empresários, a malha de dispositivos permitirá também uma maior coleta de informações, o que dará mais base para a tomada de decisões. Pense, por exemplo, em caminhões de uma frota corporativa. Sensores instalados em cada um dos veículos permitirão o registro, em tempo real, do volume e situação de cada item da carga, correlacionando esses dados para uma gestão mais certeira e segura. O trânsito também será monitorado, e rotas alternativas podem ser traçadas para que o motorista a execute, sem precisar de qualquer intervenção humana. O mais interessante é que, com essa interligação dos dispositivos, será possível agregar um alto nível de inteligência com equipamentos relativamente simples, como é o caso no caso dos sensores. Esse movimento indica, basicamente, que as redes vão trafegar mais informações, o que impacta diretamente na infraestrutura das empresas de todos os segmentos. Mais do que um diferencial, a malha de dispositivos é uma realidade que precisa ser aderida pelas organizações que visam crescer no mercado. (*) É diretor Comercial e Marketing da MC1 – multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica. Teclado Red Shot para games diferencia-se pelas teclas altas, sensação mecânica e cor vermelhaAmpliando sua linha de acessórios para games, a OEX (www.newex.com.br) está lançando o Teclado Red Shot. A novidade destaca-se pelo design moderno na cor vermelha e por oferecer teclas altas e sensação mecânica, garantindo mais precisão aos movimentos. O Teclado Red Shot segue o padrão ABNT2 e possui 107 teclas e conexão USB. Mede 44 x 13,6 x 4 cm e tem cabo de 1,45 m. O preço sugerido é de R$ 99,00 (valor médio para o consumidor, válido até o final de agosto de 2016). • 107 teclas • Padrão ABNT2 • Conexão USB • Dimensões: 44 x 13,6 x 4 cm • Peso: 700g • Comprimento do cabo: 1,45m • Sensação mecânica • Teclas altas | Smartphones pessoais é realidade em empresasA Navita, líder em mobilidade e gestão em telecom, acaba de lançar o White Paper “BYOD – Utilização de dispositivos móveis pessoais nas empresas – Prós e Contras”. O documento que pode ser acessado e baixado gratuitamente no site da empresa traz uma análise dos principais benefícios e riscos da implantação deste tipo de programa. Um estudo conduzido pela Navita no segundo semestre de 2015, com 200 gestores de TI do país, aponta que em 43% das empresas, os colaboradores possuem permissão para acessar informações corporativas dos aparelhos pessoais como calendário, e-mail corporativo, rede, arquivos. A pesquisa ainda revela ainda que 68% das empresas se preocupam com o tema, sendo que deste número, 17% já possui um programa estabelecido. Das empresas que possuem o programa estabelecido, verifica-se que 77% ainda está em processo inicial de implementação, sendo destes, 43% em fase embrionária. Analisando ainda as empresas que tem um programa estabelecido, apenas 32% dos entrevistados implementou uma ferramenta que supra a demanda de BYOD em dividir o acesso ao dispositivo móvel em pessoal e corporativo, aplicando políticas corporativas sem impactar a usabilidade no ambiente pessoal. “O tema BYOD passou a ser muito comentado nos últimos quatro anos pelas áreas de TI, especialmente, com foco na redução de custos. Mas, há outras questões bem importantes que devem ser avaliadas. Esse documento tem como objetivo justamente auxiliar as organizações a avaliar e planejar se a implantação de um programa de BYOD atende as necessidades e estratégia da empresa”, explica Fábio Nunes, diretor de Produtos e Inovação daNavita. Os benefícios da implantação de um programa de BYOD são muitos, entre eles: controle da informação, riscos de segurança minimizados, impacto planejado na infraestrutura, suporte de qualidade, redução de riscos trabalhistas, além de redução de custos, aumento de produtividade e satisfação pessoal dos funcionários. Entre os pontos que despertam atenção destacam-se a limitação do uso no ambiente corporativo como mídias sociais e outros aplicativos quando o dispositivo móvel acessa à internet via conectividade corporativa; impossibilidade da compra de dispositivos homologados e a geração de custos com suporte, gestão, softwares de MDM. Todos os pontos listados no documento podem ser acessados gratuitamente na íntegra no site da Navita (www.navita.com.br). Empresas enfrentam barreiras econômicas no BrasilAurélien Jacomy (*) São diversas dificuldades enfrentadas no dia a dia em um período de crise, mas a boa notícia é que existe uma solução A Supply Chain é um dos pilares do desenvolvimento das empresas no Brasil. Pelo tamanho do país, o péssimo estado das infraestruturas (rodovias, portos etc.), ou também pela complexidade e rigidez da fiscalidade brasileira, é difícil atingir os níveis de produtividade da Europa ou dos Estados Unidos. Porém, essas dificuldades aparentes não são as únicas especificidades do Brasil que podem frear o desenvolvimento de uma Supply Chain eficaz. Descobrimos ao longo dos projetos realizados aqui, que a falta de confiança que existe entre os brasileiros é a razão frequente da existência de processos morosos. Em um momento de crise econômica, também pode ser visto como uma fonte importante de ganho de produtividade. O Brasil conheceu um período de forte crescimento econômico de 2006 a 2011. Por efeito de escala, os custos com logística caíram nesse mesmo período, sem que as empresas tenham necessidade de rever os seus processos e a organização. O custo logístico em relação ao PIB caiu nesse período de 12,1% em 2004, para 10,6% em 2010. Enfrentando a crise de 2008, as empresas americanas conseguiram reduzir os custos logísticos de 10% para 8% do PIB dos Estados Unidos. Ao contrário do Brasil, que viu seus custos logísticos aumentar durante a crise atual, para 11,5% em 2012, e 11,7% em 2014(1). Nesse período, todos indicadores no país conduzem a um aumento dos custos logísticos: aumento dos salários de 92%(2), aumento dos volumes transportadores de 42%, dos estoques de 168%, enquanto os custos da imobilização são muito elevados (14,5% em 2015(3)). O forte desenvolvimento do Norte e do Nordeste explica também parcialmente o aumento dos custos logísticos. O aumento das distâncias, e a repartição ao longo da costa brasileira da população (enquanto o Sul e o Sudeste são organizados de uma forma mais concêntrica), encareceram a distribuição nesses novos centros. Podemos analisar os altos custos, com base em três pontos principais: Infraestruturas: Apesar de transportar 70% das suas mercadorias por rodovia, o Brasil tem apenas 30% das suas estradas em bom estado. Essas estradas se concentram no Sul e Sudeste do país, ou ao longo da costa, o que freia o desenvolvimento do interior do país. Complexidade do sistema fiscal: A taxa de impostos (35,7% do PIB) impacta fortemente no custo dos produtos, mas a complexidade do sistema fiscal impacta ainda mais a organização das empresas. A maioria das malhas de distribuição foram desenhadas em função de benefícios fiscais e não de uma otimização logística. A fiscalidade também desacelera os fluxos, aumentando os prazos de recebimento, bloqueando as recepções. Burocracia : Para reduzir a fraude fiscal, o governo brasileiro desenvolveu um sistema de coleta dos impostos muito complexo, que trava o desenvolvimento da cadeia de abastecimento, especialmente no e-commerce e no omnicanal. Tudo isso explica bem o alto custo de distribuição que as empresas brasileiras conhecem. Porém, seria um erro se limitar a razões externas, e as empresas devem procurar causas de não produtividade dentro das suas próprias organizações. Verificar com cuidado a conta no restaurante, verificar no aplicativo Waze o caminho que o taxista escolheu, ou exigir o reconhecimento de uma assinatura no cartório são gestos comuns no Brasil que demonstram a falta de confiança entre as pessoas. Enquanto os atos de corrupções nas capas dos jornais, é muito comum observar gestos de fraude do dia dia. Um clima de desconfiança realmente existe no Brasil: “preciso verificar tudo, porque ‘o outro’ vai se aproveitar da minha ingenuidade”. Os processos logísticos no Brasil se constroem com essa convicção. Os controles se repetem ao longo da cadeia de abastecimento: do fornecedor para o cliente, de uma área para outra, ou mesmo dentro de uma mesma área. A taxa de serviço e a qualidade dos estoques estão longes de ser exemplares. Vários estudos levantaram taxas de confiabilidade dos estoques de apenas 30% ou 40% nas lojas, inclusive logo depois de um inventário. Em vez de rever os processos, as empresas tentam desresponsabilizar seus funcionários e deixar para eles tarefas manuais, retirando qualquer processo que necessite uma tomada de decisão. Enquanto o retorno sobre investimento justifica fora do Brasil projetos de automação, o principal argumento aqui é a redução da dependência da operação à qualificação da mão de obra. O turnover alto que conhecem as empresas explica, em parte, essa decisão, mas a desconfiança nos funcionários é geralmente o principal argumento. Apesar disso, as empresas brasileiras têm três alavancas para melhorar sua cadeia de abastecimento e aumentar sua competitividade: funcionários, fornecedores e trocas de informação. Envolver os funcionários, mesmo nos níveis mais operacionais, é um dos fatores de sucesso dos projetos no Brasil. Várias metodologias de Lean Management detalham os benefícios desse maior envolvimento, e ajudam os líderes a gerenciarem as suas equipes nesse âmbito como: um engajamento maior das equipes, e uma apropriação dos processos; uma diminuição da quantidade de erros; e uma forte melhoria tanto da produtividade individual quanto da produtividade global do centro de distribuição. Da mesma forma, em vez de desconfiar dos seus fornecedores, as empresas devem implementar uma verdadeira cadeia de abastecimento, integrada e colaborativa, e implementar políticas que incentivam a melhoria contínua. Algumas práticas, já comuns na Europa e nos Estados Unidos, ainda são pouco desenvolvidas aqui como tarifas baseadas no custo real do abastecimento; bônus ou ônus em função da taxa de serviço ; e o uso de ferramenta de comunicação integrada para harmonizar os dados entre os atores da cadeia. A melhoria do relacionamento entre os fornecedores e os clientes, e a confiabilidade das entregas ao longo da cadeia de abastecimento, são pré-requisitos para o desenvolvimento de canais mais eficientes de distribuição, ainda pouco usados no Brasil, tais como o crossdocking ou o market place. As empresas têm várias alavancas de redução de custos e a capacidade de aumentar a sua competitividade. No contexto econômicoatual, a Supply Chain é um eixo de evolução estratégico para as empresas brasileiras reduzirem seus custos, aumentarem suas taxas de serviço, e conquistarem novos clientes. (*) É diretor da DIAGMA no Brasil (http://www.diagma.com/pt/). |