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Tecnologia 04/03/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 03 de março de 2016

Big data na manufatura: uma bússola para o crescimento

Os dados não são mais usados para relatar atividades passadas, mas ajudam os fabricantes a prever eventos futuros, antecipar riscos e aprimorar a experiência do cliente

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Lisandro Scuitto (*)

Os dados têm sido a força motriz essencial da manufatura, promovem melhorias na eficiência e reduções nos resíduos e aumentam a margem de lucro. Mas hoje uma nova geração de análises de dados está dominando o setor e dando uma nova dimensão para o valor das avaliações de tendências e pesquisas. Agora, os dados não são mais usados para relatar atividades passadas, ao contrário, ajudam os fabricantes a prever eventos futuros, antecipar riscos, compreender sua cadeia de valor estendida e aprimorar a experiência do cliente. Os dados evoluíram e hoje têm capacidades multidimensionais e horizontes mais amplos – e são como uma bússola, apontando o caminho para o crescimento da indústria.
O que os fabricantes podem fazer com todos esses dados? Dentro desse novo paradigma de dados da manufatura, o foco não é na elaboração de relatórios sobre eventos passados, pois hoje os dados também são usados para prever tendências e antecipar necessidades, e nesse sentido, o big data é a porta de entrada para o futuro.
Os fabricantes, certamente, entendem o valor dos recursos preditivos, e antecipar tendências de consumo, estocar o necessário e manter recursos adequados para satisfazer os pedidos dos clientes têm sido prioridades absolutas para a indústria há décadas. À medida que a velocidade de entrega e as estratégias de estoque “just-in-time” ganharam importância, a capacidade de prever necessidades com precisão também cresceu. Os fabricantes aprenderam – às vezes da maneira mais difícil – a importância de escolher os fatores de influência corretos ou a sua combinação certa, pois utilizar só uma fonte de dados ao tentar prever o futuro raramente é suficiente.
Hoje, a análise preditiva tornou-se uma ciência e uma ferramenta valiosa para os fabricantes, transformando dados coletados de diversas fontes em um modelo para futuras ações, e as soluções modernas de inteligência empresarial têm a capacidade de projetar tendências com um alto grau de precisão. No entanto, como em qualquer iniciativa de dados, o resultado depende do tipo de dados coletados, por isso, é preciso ter cuidado ao escolher fontes de dados confiáveis e continuar a filtrar os fatores de influência. Eles devem ter em mente que recursos preditivos oferecem muitos benefícios, como o recrutamento de funcionários mais preparados, o melhor planejamento dos níveis de estoque de matérias-primas e uma compreensão exata do ciclo de vida do produto.
Antecipar as tendências de consumo também gera uma vantagem competitiva inicial indispensável, permitindo que o fabricante ágil seja o primeiro a comercializar uma inovação de produto ou o primeiro a introduzir um conceito inovador para um nicho de mercado emergente. As empresas que se destacam geralmente dominam o mercado, e a inovação de produto bem sucedida depende muito de uma leitura precisa das preferências e necessidades do mercado. Por isso, cabe aos engenheiros de projeto entender o desconforto do consumidor e determinar o valor potencial dos novos produtos e ajudar a priorizar a alocação das verbas em P&D – o big data torna isso possível.
Como os megadados podem impulsionar o crescimento? Como podem gerar um retorno significativo sobre o investimento (ROI) e levar ao aumento da produção? Estas são as perguntas que os fabricantes devem responder, se quiserem aproveitar ao máximo o potencial do big data.
Os megadados funcionam como uma bússola , mas não irão gerar mais vendas e trazer mais clientes num passe de mágica. A coleta de dados, a partir de máquinas com a Internet das Coisas (IoT) ou de clientes por portais on-line não são a última parte do processo. Esses dados devem ser transformados em ações. Esse é o passo que exige uma atenção especial aos detalhes e uma profunda compreensão da relevância dos dados, e é onde muitos fabricantes falham em suas iniciativas com megadados.
No entanto, com uma análise cuidadosa os dados podem ser usados para identificar, analisar e fomentar oportunidades de crescimento, ajudando os fabricantes a identificar novas regiões geográficas alvo para expandir em nichos/micro mercados. Assim, é possível a entrar em contato com uma base de clientes, conhecê-los melhor, inovar, aprimorar o ciclo de vida do produto, aumentar o valor agregado e, consequentemente, as margens de lucro.

(*) É Diretor de Produto para a Infor LATAM.

Terceira edição da Brasil Game Cup (BGC)

A Brasil Game Cup, campeonato nacional de jogos eletrônicos realizado na Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina, este ano contará com muitas novidades. Além do torneio de Dota 2, game já participante nas edições anteriores e confirmado para 2016, a competição contará com outros jogos, que serão anunciados nos próximos meses.
Ao longo do ano haverá disputas classificatórias, que além de premiações em dinheiro proporcionarão aos melhores times a chance de disputar presencialmente as grandes finais da competição, a serem realizadas no palco da BGC na BGS. As etapas presenciais contarão com superestrutura com telões de alta definição, grande plateia e equipe de transmissão profissional no maior e mais moderno centro de exposições do país. Além disso, todas as partidas das finais serão transmitidas via streaming.
A premiação para o primeiro torneio já confirmado para a Brasil Game Cup deste ano, com o game Dota 2, será de R$60 mil. Os vencedores de cada competição terão seu nome gravado no Troféu Ralph Baer – homenagem ao criador do primeiro videogame da história.
O torneio de Dota 2 da BGC terá duas etapas classificatórias online, que definirão os dois times que disputarão a grande final no dia 05 de setembro, durante a BGS. Cada classificatória contará com 128 vagas para times brasileiros, premiação de R$5 mil e uma vaga na grande final para a equipe vencedora. Os segundos colocados de cada etapa levarão o prêmio de R$3 mil e os terceiros R$2 mil.
A primeira classificatória online acontecerá entre os dias 02 de abril e 21 de maio e todos os jogos serão aos sábados, a partir das 13h30.
O time vencedor na grande final, dia 05 de setembro, levará o prêmio de R$30 mil e terá seu nome gravado no Troféu Ralph Baer. O segundo colocado receberá R$10 mil.
Para participar do torneio de Dota 2, os times interessados deverão se inscrever diretamente no site oficial da competição www.brasilgamecup.com.br entre os dias 07 e 25 de março, ou até atingir o número de vagas. Os interessados em conferir as grandes finais da Brasil Game Cup devem adquirir seu ingresso para a Brasil Game Show em www.brasilgameshow.com.br.


O avanço tecnológico implica mudança cultural

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O avanço tecnológico suscita correspondentes mudanças de hábitos, transformações na cultura, serviços, compras e no modo de interação da sociedade. Não é saudável resistir às transformações, pois isso significa estar em descompasso com o próprio tempo. Ao fenômeno no qual novos produtos ou processos extinguem sistemas, empresas e itens obsoletos, o economista austríaco Joseph Schumpter chamou de destruição criativa, em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia. Exemplos não faltam: fax, máquina de escrever, agendas eletrônicas, lista telefônica…
Dentre as conquistas tecnológicas que mais impactaram os costumes e a cultura da humanidade, incluem-se, com certeza, a internet e todas as possibilidades e facilidades que ela viabilizou para melhorar a vida das pessoas. Abrangendo a agilidade da comunicação interpessoal, o acesso a informações em tempo real, compras, pesquisas, contratação de serviços, locação virtual de vídeos e filmes e controle da conta bancária, a Web transformou o mundo e a vida das pessoas.
Em termos de mobilidade urbana, não foi diferente. Sabemos que, com dispositivos móveis, principalmente o celular, temos uma série de aplicativos que nos ajudam a encontrar os melhores caminhos, fugir do trânsito e verificar as mais adequadas linhas de ônibus e trens para se chegar ao destino desejado. Esse ganho específico da internet é particularmente importante nas grandes cidades, onde a locomoção segue sendo um desafio instigante. Não se pode imaginar, nos dias de hoje, alguém consultando um guia impresso de ruas.
Nessa onda de inovação que influencia o modo de pensar e agir, surgiram os aplicativos para se chamar táxis. São muitas as opções. No mundo todo, nas mais modernas e importantes metrópoles, não param de surgir alternativas para o transporte das pessoas, desde os táxis convencionais, até serviços mais diferenciados na categoria de transporte de passageiros, como o Uber ou Meleva. Trata-se do típico exemplo de uma inovação que veio para substituir sistemas arcaicos. Os motoristas que gerarem maior valor para os consumidores e prestarem os melhores serviços prosperarão, ao passo que aqueles que forem incapazes disso deverão dedicar-se a outras profissões.
Como se pode observar no noticiário internacional, essas inovações da mobilidade urbana ainda não são unanimidade. Países como os Estados Unidos já regulamentaram o uso da tecnologia em vários estados. Na América Latina, o México é o único país a ter regulamentado o Uber. Na Europa, o assunto ainda gera polêmica. No Brasil, assistimos à enorme resistência dos taxistas e seus sindicatos à operação de serviços diferenciados de transporte propiciados pelo mencionado aplicativo. A atitude reacionária, lamentavelmente, não se limitou aos protestos e à mobilização contra as novidades. Têm ocorrido cenas de violência e agressão, incompatíveis com o país civilizado que todos almejamos.
Não só nesse caso da mobilidade urbana, que é decisiva para a qualidade da vida nas grandes cidades, como nas relações trabalhistas em geral, nos serviços e em todos os segmentos, não se justifica mais o caráter reacionário de feudos sindicais. Assim como o setor de telefonia, que, com sua abertura, experimentou nos últimos anos avanços inimagináveis, os taxistas passam a ser um bom exemplo de que precisam adequar-se ao novo e se modernizar. É bom para eles e melhor para seus usuários. Presos ao passado, ficarão para trás. Somente terão um passageiro quando alguém os procurar para ir a uma agência dos Correios para postar uma carta, numa viagem sem volta a um tempo que já acabou!

(Fonte: Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de Marketing da Sobloco Construtora).

Confira 5 dicas de gestão para retomar o trabalho com foco e produtividade

Daniel Carrara (*)

Infelizmente no Brasil ainda ouvimos dizer que o ano começa apenas depois do carnaval, e, o pior, é que muitos (muitos mesmo) tomam isso como verdade e protelam seus projetos e atitudes produtivas para depois desse advento

Com isso, já se foram quase dois meses ou de 25 a 30 dias úteis de trabalho desperdiçados, o que em horas representa uma média de 200 horas.
Contudo, o objetivo desse artigo não é “chorar o leite derramado”, mas sim apresentar algumas ferramentas e comportamentos ideais para que, a partir de então, aqueles que estão iniciando o ano agora consigam atingir seus objetivos de negócio.

1. Saiba por onde começar
Defina o que é uma tarefa, um projeto, e torne isso físico, ficando à par de tudo o que está em sua lista de afazeres. Uma tarefa pode levar 10 minutos ou um dia. Existe um método chamado GTD (Getting Things Done) que pode lhe ajudar a quebrar o trabalho em tarefas menores. Já um projeto é algo que leva mais de um dia para ser feito, pois pode conter diversas tarefas, o que permite se ter uma noção de quanto falta para o final e o quão produtivo está sendo.

2. Use e abuse das ferramentas
Utilize uma ferramenta para gerenciar suas pendências. As mais simples são: papel (post-it) e caneta, uma planilha eletrônica, um app de notas auto-adesivas (indico o Google Keep) ou outra ferramenta que achar adequada. Para usuários já assimilados com esse tipo de técnica, indico um board kanban (eu uso o Trello).
Torne essa ferramenta sua home page. Ao abrir o browser ou desbloquear a tela do seu smartphone, ela deve estar ali para lembrar-lhe da sua próxima “task”.

3. Pare de começar e comece a terminar
Uma vez que você sabe o que tem que ser feito, como fazer e como controlar, estabeleça um limite! Defina as prioridades e assuma que você é único e consegue fazer apenas uma task por vez. Às vezes será necessário paralisar um projeto para resolver uma task urgente, mas assim que a terminar retome o último projeto que parou, o que provavelmente está no que chamamos de “cabeça da fila” ou já “em progresso”.

4. Não se sabote
Algumas tarefas não são tão prazerosas de serem feitas, todos nós passamos por isso. No gerenciamento do tempo, quando nos deparamos com essas tarefas, corremos um grande risco de postergar a execução e navegar na internet, dar uma conferida no facebook, no whatsapp, ir ao banheiro etc..Não deixe que isso tire seu foco. O tempo médio de concentração de uma pessoa em uma tarefa é de 20 a 25 minutos, por isso, passado esse tempo, faça uma pausa e depois de 5 minutos, retome sua task.

5. Sinta-se útil e feliz
Uma vez que você começar a mensurar o que está sendo feito, você terá uma noção melhor do que realizou ao longo de um dia, de uma semana e durante o mês. Com isso, aquela sensação que muitos têm ao final do dia de que trabalharam tanto e parece que não fizeram nada pode ser minimizada ou até mesmo ser transformada em um sentimento de utilidade e dever cumprido, o que poderá refletir em uma sensação de felicidade. Por isso, mensure, termine e entregue as tarefas que se comprometeu a realizar e meça o quanto de trabalho entregou durante o dia ou em um intervalo de tempo.

Enfim, as dicas de gestão da execução aqui apresentadas podem lhe ajudar de forma simples e efetiva a ter uma melhor gestão do seu tempo, mensurar como e quanto de trabalho você está entregando ao longo do seu dia e fazer com que você se sinta mais produtivo e feliz ao executar e terminar suas atividades.

(*) Com MBA em Gerenciamento Internacional de Projetos pela FGV-SP, Especialista em Logística empresarial e certificações Green Belt e Certified Scrum Master, Daniel Carrara trabalha há seis anos com metodologias ágeis aplicadas ao desenvolvimento de software, como Gerente de Projetos Ágeis da Sankhya Gestão de Negócios.