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Tecnologia 01/02/2017

em Tecnologia
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
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A análise de dados e a rede da próxima geração

Quando falamos em rede da próxima geração, ela não se refere apenas à tecnologia 5G. Ela também engloba a antecipação de demandas por tecnologias emergentes e aplicações para a melhora de desempenho, garantindo a entrega de uma experiência de alta qualidade. A computação na nuvem permite ganhos em escala e versatilidade

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Luiz Riscado (*)

Hoje, um cliente pode ter um dispositivo em sua mesa, mas sua funcionalidade real está na nuvem. A rede definida por software coloca no ambiente virtual as funções de roteamento e comutação, permitindo sua rápida reconfiguração. E a análise avançada junta tudo isso, dando outro significado aos grandes volumes de dados e automatizando a aplicação de negócios e a otimização dos processos de rede.

Dados por toda a parte
Prevista para chegar ao mercado entre 2018 e 2020, a tecnologia 5G poderá lidar com um tráfego de dados equivalente a 50 vezes o que existe hoje no 4G, o que é considerado algo crítico. Uma única chamada telefônica é capaz de criar centenas de pontos de dados a partir dos elementos da rede, como switches e roteadores, e a principal razão de uso da rede móvel passou a ser o tráfego de dados, e não o de voz.

Isso é apenas o começo. O número de assinantes na telefonia móvel deverá atingir quase 7 bilhões daqui a três ou quatro anos. Mas um desafio ainda mais significativo para a rede vem na forma de tráfego gerado por máquina (M2M), com o avanço da Internet das Coisas.

A gama de dispositivos conectados à internet e invisíveis para o usuário móvel é surpreendente, e a possibilidade de se conectar ainda mais está presente lá o tempo todo. Um carro hoje pode ter vários sensores eletrônicos que mantêm o funcionamento do motor, dos freios, dos recursos de segurança e muito mais. Conectados à internet, esses sensores poderiam alertar o motorista sobre um problema no veículo, indicar o caminho para a loja de autopeças e agendar a próxima visita ao local.

Nas fábricas, as máquinas agora têm sensores eletrônicos para monitorar sua vida útil e seu desempenho, de modo que se possa agendar a manutenção preventiva. Em várias cidades nos Estados Unidos, tais sensores já monitoram a presença dos carros para gerenciar as vagas nos estacionamentos.

A Cisco e a GE estimam que haverá 1 trilhão de dispositivos conectados em todo o mundo até 2020. Em 2014, eram “apenas” 5 bilhões, de acordo com a Machina Research. As estimativas apontam que esse número será de 27 bilhões em 2024. Na verdade, pode ser até mais, conforme novas aplicações sejam desenvolvidas para que se possa tirar proveito dos trilhões de sensores que teremos até lá.

A análise avançada é necessária para dar sentido aos dados e aplicá-los na solução de problemas de configuração de rede, de gerenciamento de tráfego, de níveis de serviço para o cliente e muito mais.

Análise em tempo real
Com o Analytics, processos manuais, como a geração de relatórios sobre os dados presentes nos equipamentos dos fornecedores de TI – que antes poderiam levar semanas para serem concluídos -, passam a ser uma tarefa transformada em uma experiência quase que em tempo real.

O Analytics também se refere a responder perguntas, uma vez que permite fazê-lo de maneira autônoma. Eis algumas questões com as quais ele pode lidar e que são os mais comuns nas redes da nova geração:

Gestão de tráfego – Na Internet das Coisas, o tráfego de dados pode ir de um ponto a outro sem passar por determinada rota até chegar ao datacenter. O sensor pode fazer a comunicação com os pares, no modelo peer to peer, sem precisar passar por um intermediário. E o Analytics pode ajudar a determinar qual é o roteamento mais eficaz e aplicá-lo rapidamente;

Configuração de rede dinâmica – Junto com a rede definida de software e a virtualização de funções de rede, o Analytics avançado pode monitorar os tipos de tráfego por região e reconfigurá-los para reequilibrar o tráfego de voz com o de dados. A análise avançada também pode ajudar no agendamento de interrupções planejadas, além de avisar sobre a ocorrência de paradas não previstas;

Gestão de nível de serviço – Com a aplicação do Analytics ao uso que o cliente faz da rede, a operadora pode automatizar o processo de otimização do plano de tarifas e criar anúncios de valor agregado ao serviço. O Analytics também pode classificar os clientes como sendo de alto e baixo valor, garantindo que os recursos da rede sejam distribuídos da forma adequada.

Antes, a principal oferta de uma operadora de telefonia era uma rede de voz. Hoje, na rede da nova geração, a principal oferta é a rede em si. Voz, dados e vídeo – tudo isso será visto como valor agregado se for feito da maneira correta. E é para isso que serve o Analytics: fazer a coisa certa e em tempo real.

(*) É gerente de Vendas do SAS Brasil.

Dicas práticas para aumentar suas vendas na Web

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Engana-se o empreendedor que acredita que somente uma boa oferta de seu produto será suficiente para garantir vendas. Conforme o empreendedor digital e idealizador dos sites Empreendedor Digital e Férias Sem Fim, Bruno Picinini, outros cuidados precisam ser tomados para¬ que o empreendimento seja bem-sucedido. No que diz respeito, especificamente a negócios online, o especialista destaca algumas dicas práticas referentes a copywriting, definido, por Picinini, como a arte de vender por meio de palavras. São sugestões relacionadas ao texto, que o empreendedor apresenta em vídeo, e-mail, carta de vendas, com o objetivo de convencer o cliente, ou possível cliente, a visitar seu site, conhecer sua empresa e comprar seu produto.
Não obstante a oferta não ser o único item a ser considerado a fim de gerar mais vendas, ela continua sendo muito importante. “Se a oferta não for algo que a pessoa realmente deseja, de nada vai adiantar. Tem que ser algo bom”, destaca o empreendedor digital. Contudo, é necessário que o empresário consiga provar que sua promessa pode ser cumprida. “Por exemplo, não adianta você dizer que sabe como ganhar 1 milhão de reais em 50 segundos. É preciso provar que é possível”, diz Picinini. Esta prova deve ser baseada em argumentos sólidos, que podem ser depoimentos de autoridades, estudos científicos e matérias jornalísticas.
O empreendedor precisa também, de acordo com Picinini, ser mais específico em seus argumentos de venda. Nesse sentido, tome cuidado com excesso de adjetivos e advérbios. “Como regra básica para seu copywriting, releia seu texto, procure os adjetivos e advérbios e, se possível, corte-os. Eles quase não fazem diferença”, destaca. O especialista sugere que o empresário traduza os adjetivos e advérbios em informações mais específicas, procurando explicar de maneira tangível por qual razão a oferta é tão boa quanto ele diz. O empreendedor argumenta que, no caso de advérbios, vale substituir “rapidamente”, por exemplo, por um número de dias específicos, que possam ser medidos e marcados no calendário. Fornecer informações mais palpáveis já é, segundo Picinini, uma amostra de que o empresário sabe do que está falando.
No momento de estabelecer o preço do produto ou do serviço ofertado, Picinini recomenda que o empreendedor também seja mais específico, dividindo o valor por mês, semanas ou dias, claro se o produto já não for oferecido dessa maneira. “Divida o valor por 365 e veja quando sai por dia. Assim, você conseguirá fazer as comparações que vemos em diversos lugares, como ‘esse produto não custará um café por dia. Não vale a penar obter todos estes resultados por menos de um café por dia? ’”, diz o especialista em negócios online.
Conforme Picinini, comparações simples, com práticas do dia-a-dia, podem grudar sua oferta mais facilmente na cabeça do seu público-alvo. Dessa maneira, toda vez que um cliente ou possível cliente, que em um primeiro momento não deu muita atenção para sua oferta, se encontrar nessa situação ilustrada, ele pode recordar da sua empresa. “Se a pessoa lembrar de você, há mais chances de ela abrir seu e-mail, clicar em um anúncio, ver um vídeo e comprar, em algum momento, no futuro” enfatiza.

Cinco tendências para o futuro do serviço em campo

Wagner Tadeu (*)

No mercado competitivo de hoje, os fornecedores de serviços devem repensar constantemente na melhor maneira de oferecer e aprimorar os serviços prestados. Esse processo deve ser algo constante, pois o melhor de hoje corre o risco de não ser bom o bastante amanhã

O cenário empresarial está mudando e as empresas estão adaptando-se a este novo panorama, no qual o serviço de qualidade é o principal diferenciador, especialmente em um mercado saturado. Os consumidores, que hoje possuem expectativas elevadas, passaram a conduzir a economia. No mercado brasileiro o cenário não é diferente.
Um estudo conduzido pela Accenture revelou que, somente em 2015, as empresas brasileiras perderam cerca de 217 bilhões de dólares como consequência de clientes que migraram para a concorrência insatisfeitos com os serviços prestados. O levantamento destacou ainda que, em função do mau atendimento, 86% dos consumidores locais passaram a comprar de outros fornecedores – debandada que poderia ter sido evitada pelas companhias em 92% dos casos.
Nesse contexto, todas as empresas de serviços em campo precisam fazer das exigências do cliente a sua prioridade. Fica claro que o gerenciamento móvel é a chave para conduzir o valor do negócio e é fundamental considerar essas cinco tendências para compreender o futuro do serviço em campo:

1. Serviço como um diferencial
Qualidade e confiabilidade são pontos chave que demandam mais atenção das empresas de serviços, especialmente quando se trata de produtos de consumo. O serviço é o fator determinante entre ganhar um novo cliente ou perder uma parcela de mercado. As organizações de serviços precisam estar à frente quando os consumidores comparam serviço semelhantes – e ter os recursos necessários para atendê-los, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo.

2. Um novo cliente: o CFO
As empresas de serviços não somente vendem seus produtos ao usuário final. Primeiramente, precisam estar aptas a oferecer uma nova oferta de serviços de campo que atenda os anseios dos mais altos níveis da organização. O que inclui o diretor financeiro (CFO), que detém o poder de compra. Ao apresentar ferramentas de gestão de serviço em campo a uma determinada organização, é fundamental compreender o ambiente competitivo em que ela se encontra. E os CFOs precisam ser informados do que a concorrência está fazendo e entender os benefícios da solução sugerida. Por meio da educação será possível atingir este objetivo.

3. A tomada de decisão: o que impulsiona a mudança?
Quando as empresas investem em uma solução de gerenciamento de serviço em campo (FSM), surgem muitas especulações em torno desta mudança. É um grande investimento, por isso é tão importante ter uma visão sobre todos os aspectos periféricos. O único tópico em comum em toda esta discussão revelou-se a importância da visibilidade como um catalisador para a mudança. Afinal, você não pode gerenciar ou melhorar aquilo que você não vê, que não pode quantificar desde o início. Isso significa que o debate sobre as soluções FSM e resultados afastou-se da equipe de entrega do projeto e dos usuários corporativos do dia-a-dia. E subiu para o topo da cadeia de negócios, para o nível de vice-presidente e CEO. Trata-se muito mais da necessidade de ver o quadro completo.

4. O défice de capacidades é uma lacuna geracional
Não é segredo que a nova geração ama aplicativos, afinal foi criada na era digital e os utilizam desde sempre. Entretanto, eles não têm habilidades aguçadas de engenharia. Por outro lado, as gerações mais velhas de profissionais de serviços entendem a mecânica e os elementos elétricos de forma mais apurada, mas tendem a resistir a soluções tecnológicas como, por exemplo, aplicativos para celular. As novas tecnologias como a realidade aumentada, poderiam preencher a lacuna entre os diferentes conjuntos de habilidades dos técnicos de serviço em campo?

5. Extrair o máximo das soluções de gerenciamento da força de trabalho móvel por meio da personalização
As empresas que investem em uma solução sofisticada de FSM podem gerar uma grande economia de custos e maior eficiência. Trata-se de um projeto de grande escala, que começa com a escolha da solução mais adequada e termina com a implantação e treinamento. As organizações visam ganhar o máximo valor de seus investimentos. Entretanto, as empresas têm diferentes necessidades, por isso não há solução padrão. A personalização é a chave para obter o máximo de sua solução FSM.
Repensar a melhor maneira de fornecer serviços é um desafio constante para empresas de todos os tamanhos. Investimento em soluções de apoio que melhoram a experiência com o consumidor através de respostas mais rápidas e maiores realizações de nível de serviço – ao mesmo tempo em que reduzem custos e aumentam a eficiência dos recursos de campo – é algo que está rapidamente se tornando a norma. Tais soluções preveem, planejam e gerenciam forças de trabalho móveis em termos dos serviços que eles realizam, assim como quando e onde eles são realizados. Esse é o futuro do serviço em campo

(*) É Gerente Geral da ClickSoftware para América Latina, líder no fornecimento de soluções
para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho e serviços em campo.