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Segurança dos altos executivos de TI custa muitos milhões

em Tecnologia
terça-feira, 27 de julho de 2021

Os valores gastos com a segurança de executivos das empresas de alta tecnologia está aumentando, mesmo com a redução do número de viagens causada pela pandemia, como mostra o portal Protocol.

Vivaldo José Breternitz (*)

No ano de 2020, as gigantes do Vale do Silício gastaram cerca de US$ 46 milhões para proteger seus chefes. Desse valor, US$ 23,4 milhões foram gastos apenas com a segurança pessoal do chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, valor superior aos US$ 20,4 milhões gastos em 2019.

A empresa atribuiu o aumento às necessidades adicionais de proteção trazidas pelas eleições americanas e pela pandemia.

Os gastos com Zuckerberg foram muito maiores que os necessários à proteção de outros executivos, inclusive aqueles efetuados com pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, que chegaram a US$ 1,6 milhão.

Mostrando como o Facebook é cauteloso, sua COO, Chief Operating Officer, em português Diretora de Operações, Sheryl Sandberg, ficou em segundo lugar na lista divulgada pelo portal; os gastos com sua segurança chegaram a US$ 7,6 milhões em 2020.

A fama, inevitavelmente, traz mais perigo a esse pessoal. O Facebook, que vem sendo acusado de tudo, desde polarizar o discurso político até permitir a disseminação de informações errôneas sobre vacinas, precisa realmente tomar grandes cuidados. Em abril, o Facebook disse ter “identificado ameaças específicas ao Sr. Zuckerberg”.

Outros líderes de tecnologia também sofreram o impacto de sua notoriedade. Em 2020, foi revelado que o telefone de Jeff Bezos, da Amazon, havia sido hackeado dois anos antes, possivelmente a mando do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, que é acusado de diversos crimes.

Um executivo que, pelo seu grau de popularidade gerou gastos relativamente baixos, é Tim Cook da Apple, cuja segurança custou US$ 470 mil.

O sucesso realmente tem suas desvantagens; quem necessita desse nível de segurança certamente perde boa parte de sua privacidade e liberdade.

(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.