De acordo com uma pesquisa realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a presença de mulheres no mercado de Tecnologia da Informação (TI) cresceu 60% nos últimos cinco anos. Entretanto, por mais que tenhamos feito diversos avanços, a pesquisa revela que as profissionais ainda representam somente 20% na área. Pensando nisso, muitas empresas e universidades passaram a investir nessas trabalhadoras disponibilizando cursos e outras iniciativas para desenvolver e aumentar as mulheres nesse meio. O Girls Tech é um programa totalmente gratuito que disponibiliza cursos de TI para mulheres da comunidade.
Segundo o professor Marnes Cassule, que está à frente do projeto, a ideia surgiu de uma reflexão. Em suas aulas, no primeiro dia pede sempre para que os alunos façam uma apresentação com nome e o motivo de ter escolhido o curso. “Uma das alunas me respondeu que escolheu entrar em tecnologia da informação por ser uma área majoritariamente masculina. Além de se interessar, ela queria mostrar para o mundo que as mulheres podem sim dominar e entender a tecnologia tão bem quanto os homens”, explica Marnes.
Após ter esse start, o professor notou que, mesmo no centro universitário, tinham poucas professoras na área de TI. E isso se torna ainda menos comum no mercado, com uma visão macro. Contudo, hoje em dia existem alguns programas voltados para mulheres, influenciando-as a entrar nesse universo. “E pensei, por que não poderíamos fazer a mesma coisa para diminuir a evasão e empoderar as mulheres?”, conta Cassule. Mostrou então o projeto para uma aluna que se tornou o rosto do Girls Tech. “Pedi que convidasse as colegas. De uma em uma, podemos mudar isso no UNASP e também no mundo”, relembra o professor.
A aluna Aylla Beatriz, que cursa Engenharia da Computação no UNASP, conta que é uma experiência muito diferente do que estava acostumada. Isso porque a estudante é uma das responsáveis pelo Girls Tech. “Tenho aprendido a gerenciar pessoas, procurar tópicos e conteúdos que sejam importantes, ir atrás de outras pessoas que possam ajudar e agregar na vida acadêmica e profissional delas”, conta.
Por entender que TI ainda é uma área dominada pelos homens, o projeto tem ganhado muita força, mesmo que esteja no início. “Quando o projeto começou, recebi muitos feedbacks dentro e fora da faculdade sobre como era algo necessário. Assim, a ideia é que as meninas tenham um espaço pra tirar as dúvidas, aprender coisas novas, criar conexões e divulgar seus projetos. Isso tudo sem o peso de serem julgadas e tendo apoio de outras pessoas”, finaliza.
O objetivo da iniciativa é atrair alunas de outros cursos e também mulheres da comunidade ao redor do UNASP. As aulas acontecem uma vez por semana, no UNASP, campus São Paulo, localizado no Capão Redondo. Além disso, nesse semestre as alunas dos cursos superiores são orientadas com mentoria de uma empresa especializada na área. O planejamento é que isso seja estendido para mulheres da comunidade. As inscrições podem ser feitas por meio do Instagram do programa.
O objetivo da iniciativa é atrair alunas de outros cursos e também mulheres da comunidade ao redor do UNASP. As aulas acontecem uma vez por semana, no UNASP, campus São Paulo, localizado no Capão Redondo. Além disso, nesse semestre as alunas dos cursos superiores são orientadas com mentoria de uma empresa especializada na área. O planejamento é que isso seja estendido para mulheres da comunidade. As inscrições podem ser feitas por meio do Instagram do programa.