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Mulheres buscam espaço nas carreiras STEM

em Tecnologia
quarta-feira, 28 de junho de 2023

O LinkedIn divulgou novos dados sobre a presença de mulheres nas carreiras STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics, aqui conhecidas como carreiras CTEM, de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Vivaldo José Breternitz (*)

Segundo a pesquisa, nos últimos oito anos a presença de mulheres em cargos de liderança nessas carreiras aumentou lentamente, a uma taxa de cerca de 1% ao ano.

Em todo o mundo, as mulheres são 29% da força de trabalho STEM, enquanto 8 em cada 10 cargos de liderança são ocupados por homens, uma discrepância que persiste apesar do número crescente de mulheres se graduando em disciplinas científicas e técnicas.

De acordo com o LinkedIn, a pandemia de Covid-19 aumentou a distância entre homens e mulheres quando se trata de ocupação de cargos STEM mais relevantes. Os dados do LinkedIn, publicados no relatório 2023 Global Gender Gap do World Economic Forum 2023, mostram que a contratação de mulheres em cargos de chefia caiu para os níveis de 2021 em todas as principais economias.

Segundo Sue Duke, executiva do Linkedin, esse é um problema sistêmico, que exige uma resposta sistêmica, com a adoção de práticas de contratação inclusivas, aumento da visibilidade das mulheres nos locais de trabalho e oportunidades de desenvolvimento profissional e cursos de atualização, que são especialmente importantes para os profissionais das carreiras STEM.

No Brasil, observam-se algumas melhoras nessa área: de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) entre 2010 e 2021, o número de alunas que concluíram cursos superiores nas áreas STEM aumentou 96%; no mesmo período, o total de ingressantes cresceu 132%, sendo licito acreditar-se que podem ter ocorrido também melhoras na empregabilidade das mulheres.

De qualquer forma ainda não há igualdade, e empresas, governos e sociedade devem trabalhar pelo aumento da participação feminina nessas áreas, tão importantes para o desenvolvimento econômico e social de nosso país.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas