Acabam de ser lançados os primeiros 54 satélites Starlink da nova geração, que farão parte da constelação da SpaceX, que tem por objetivo principal levar internet e telefonia móvel a toda a Terra.
Vivaldo José Breternitz (*)
A SpaceX é uma empresa do império de Elon Musk, e os satélites desta nova geração, que ficarão em órbita a 530 quilômetros da Terra, foram lançados da base de Cabo Canaveral na Flórida. Desde 2019, cerca de 3 mil Starlinks foram colocados em órbita.
Os satélites da nova geração pesam em torno de 1,25 toneladas, aproximadamente 4 vezes o peso dos anteriores e terão cerca de 7 metros de comprimento. A empresa pretende lançar cerca de 30 mil deles, já tendo obtido permissão das autoridades americanas para lançar 7.500.
Esses mais de 30 mil satélites, se distribuídos uniformemente ao redor da Terra, poderão disponibilizar uma largura de banda de aproximadamente 1250 terabits por segundo (Tbps), podendo ser utilizados em todo o planeta, exceto na Antártida, a qualquer momento, servindo simultaneamente a centenas de milhões de usuários.
Tudo isso ocorre em um momento em que a constelação Starlink ainda não gera lucros: Bill Ray, vice presidente da consultoria Gartner, especializada na área de tecnologia, estima que a constelação precisa ter entre 5 e 10 milhões de clientes para ser viável economicamente, mas no momento, esse número apenas passa um pouco de um milhão.
Já o nosso Brasil, possuía em meados de 2022, 13 satélites em órbita, além de outros três em parceria com China, Estados Unidos e Japão. Sete dos satélites brasileiros pertencem à Embratel Star One, a maior operadora de satélites de comunicações da América Latina e atualmente uma subsidiária da Claro.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.