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IA + Whats turbinamo varejo

em Tecnologia
terça-feira, 06 de junho de 2023

A tecnologia, como aliada, fortalece as relações e o caixa.

Da Redação

O zap, como ficou popularmente conhecido o aplicativo WhatsApp no Brasil, ganha a cada dia mais importância. Além de ser um dispositivo útil na comunicação pessoal, reúne aplicações no âmbito comercial. E as empresas, claro, também o descobriram e começam a utilizá-lo no âmbito corporativo, aliado à Inteligência Artificial, para turbinar os negócios. Somente no ano passado houve acréscimo de 8,5 milhões de pessoas no Whats, no Brasil (totalizando mais de 100 milhões de contas no app). Só este incremento é mais que toda a população da Noruega ou da Dinamarca e seria um desperdício ignorar tamanho potencial. Agora é turbinar as vendas, especialmente no varejo, alcançando a massa, confortavelmente instalada no sofá, ávida pelo consumo.

Na próxima segunda, 12, comemora-se uma data relevante. É hora de os corações se conversarem de forma especial. É o Dia dos Namorados! Enquanto casais apaixonados trocam mensagens, juras de amor e, também, presentes, o comércio (e o setor de serviços) busca uma forma de comércio conversacional ou C-Commerce, definido como o ato de realizar negócios — processando pedidos, respondendo a consultas ou alcançando clientes com ofertas e promoções — por meio de plataformas de mensagens de mídias sociais. “Esperamos que o Dia dos Namorados inspire mais empresas e aumente o fluxo de negócios”, frisa Bruno Montoro, diretor para a América Latina da Gupshup. A plataforma de mensagens e suporte conversacional tem foco em mercados emergentes, particularmente na Ásia (a começar pela Índia) e América Latina (com o Brasil em destaque).

Em entrevista ao Empresas&Negócios, o jovem executivo (que migrou da Meta para a indiana Gupshup no último trimestre de 2022) diz que no mundo a plataforma conversa com cerca de 30 redes sociais mas no Brasil, onde está baseado, o “Waths é rei”. Semelhante situação é também observada na Argentina, Colômbia e México (preponderância do WhatsApp). Corações enamorados à parte, objetivamente a Gupshup quer turbinar as vendas agora, caminhando de forma crescente até a Black Friday (última semana de novembro), evento mais aguardando do comércio, precedendo ao Natal (outra data magnânima para vendas).

A tecnologia implementada junto a 45 mil clientes (dos quais pouco mais de 10% estão no Brasil) tem a ver com o chatbot, (que, segundo a Juniper Research, empresa de inteligência em marketing digital, deverá permear 70% das conversas dos consumidores neste ano de 2023), atendimento automatizado no Whats que conversa com vários usuários, ofertando-lhe produtos e condições de aquisição muitas vezes “irresistíveis”.

Por conta da Inteligência Artificial (IA), o número de usuários é alcançado de forma exponencial, escalando rapidamente o negócio. E por que conversacional? Porque o robô rapidamente saberá o seu nome, preferências e interesses que facilitarão a (s) venda (s). Mais que isso, o usuário poderá pedir ao robozinho para falar com um humano se assim o desejar, e será atendido, sem precisar ficar escutando musiquinha. Há diferentes tipos de ação na plataforma conversacional, mas as voltadas ao marketing são em maior número, observa o diretor, acrescentando que ao entrar na plataforma, a empresa (seja ela de pequeno, médio ou grande porte) “sempre têm aumento de vendas” – cuja quantificação vai variar conforme o perfil do negócio.
Incorpora
Imagine o Brasil adicionar uma Suécia ao seu mercado consumidor? Guardadas as proporções (numéricas e não de capacidade econômica) foi o que praticamente aconteceu em 2022 com o aumento de usuários no Whats, segundo o Comscore, empresa de medição e análise de mídia. Entraram novos 8,5 milhões de pessoas no “aplicativo rei da América Latina”, como diz Montoro, elevando o número de usuários para pouco mais de 108 milhões no Brasil, atualmente.

E é justamente esta sinergia que vai virar negócio, nas mãos de hábeis gestores. A legislação nesse segmento, ajuda ou atrapalha? “O próprio aplicativo tem regras estabelecidas e a legislação de um país para o outro muda muito pouco, às vezes nada”, comenta Montoro, acrescentando que a sua empresa oferece um self service dentro de um cardápio suculento a quem está com o apetite aguçado para novos negócios.

Mas este não é um negócio só para grandes empresas? — vem a pergunta inevitável. “Não”, diz a resposta bem objetiva. A contratante – algumas vezes integrada por uma ou duas pessoas – não precisa ter uma encorpada equipe de TI ou algo que o valha. Ao contrário, a plataforma conversacional é intuitiva e, ainda, há equipe interna de suporte para sanar dúvidas e orientar na formatação do negócio. De forma bem simples, e a título de ilustração, pedimos o passo a passo (aqui explicado pelo diretor da Gupshup).

Ei-lo: entrar no site e acessar a ferramenta; assistir aos vídeos explicativos; definir o uso (para marketing, por exemplo); construir a ferramenta (se precisar de ajuda, tem suporte); disparar campanhas; realizar as vendas; disponibilizar um canal de vendas (pode ser um telefone ou outros). O produto pode ser personalizado e a chamada “curva de aprendizado” é muito rápida, garante Montoro.

Bruno Montoro, diretor para a
América Latina da Gupshup

E para quem ainda não se interessou por novas tecnologias, ou prefere esperar “um momento mais oportuno”, uma dica: o uso está sendo disseminado entre vários setores – o bancário, inclusive – e, portanto, no mundo dos negócios já deixa de ser novidade para fazer parte do dia a dia.