A Standard Oil e a American Telephone and Telegraph (AT&T) eram grandes companhias que praticamente detinham o monopólio nas áreas de petróleo e telecomunicações nos Estados Unidos.
Vivaldo José Breternitz (*)
Preocupado com o imenso poder detido por essas empresas, o governo americano conseguiu junto à Justiça daquele país que as empresas fossem divididas, o que aconteceu em 1911 no caso da Standard Oil e em 1984 no caso da AT&T.
Agora, segundo o do New York Times e a Bloomberg News, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está considerando pedir a divisão do Google, empresa avaliada em cerca de US$ 2 trilhões – o objetivo é impedir que a mesma passe a deter um poder muito grande.
Há várias opções para essa divisão, tais como forçar a venda do sistema operacional Android, do Google Ads, plataforma de publicidade online ou do navegador Chrome.
Tudo isso ocorre em um cenário em que já existe decisão judicial definindo o Google como um monopólio – a empresa planeja apelar dessa decisão e de outras ações similares em que venha a ser condenada.
Anteriormente outras Big Techs, como Meta, Amazon e Apple sofreram ações similares, que não prosperaram.
Se por um lado o gigantismo dessas empresas gera economias de escala e contribuiu para o aumento do poder dos Estados Unidos, é inegável que seu tamanho as torna perigosas para a sociedade como um todo.
Dividi-las ou não é uma “escolha de Sofia”…
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].