Os funcionários da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos foram proibidos de usar o assistente de chatbot Copilot da Microsoft nos dispositivos fornecidos pela instituição.
Vivaldo José Breternitz (*)
A proibição foi definida após ter o Office of Cybersecurity da Câmara considerado o Copilot um risco devido à ameaça de vazamento de dados da instituição – se quiserem, os funcionários podem continuar usando a ferramenta em seus próprios telefones e computadores.
Há quase um ano, a Câmara também proibiu o uso da versão gratuita do ChatGPT nos dispositivos da instituição, embora tenha permitido que a versão paga do software, o ChatGPT Plus, continuasse a ser usada, em função dessa ferramenta ter características de segurança mais rígidas.
Há não muito tempo, a Casa Branca fixou regras que as agências federais devem seguir quando se trata de inteligência artificial generativa, procurando garantir que qualquer ferramenta usada por seus funcionários “não coloque em risco os direitos e a segurança” dos americanos.
A proibição foi noticiada pelo portal Axios, ao qual a Microsoft disse reconhecer a necessidade de requisitos de segurança mais elevados para uso de seus produtos por funcionários dos órgãos do governo e que está trabalhando para atender a esses requisitos.
Todas as organizações deveriam refletir a respeito do assunto, pois o entusiasmo despertando por essa novas ferramentas pode fazer com que aspectos ligados à segurança não sejam considerados adequadamente.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].
