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Compliance e tecnologia: um não vive sem o outro

em Tecnologia
sexta-feira, 20 de maio de 2022

Desde a regulamentação da Lei Anticorrupção, que determina responsabilização de empresas por eventuais crimes cometidos por colaboradores, houve um crescimento de 10% no número de empresas que investem em compliance. Segundo o anuário da Análise Executivos Jurídicos e Financeiros, em 2015, quando a lei foi aprovada, apenas 68% das empresas tinham setor de compliance. Cinco anos depois, o número já ultrapassava os 80%.

Segundo Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, empresa especializada em mineração de dados, um dos aspectos que tem popularizado o assunto no país foi a evolução da tecnologia que agora permite que o compliance seja feito de maneira muito mais estratégica e menos braçal: “Com o desenvolvimento da análise de Big Data, por exemplo, a gestão de compliance ficou mais rápida e eficiente, possibilitando que gestores tomem decisões com muito mais precisão”.

Tardelli explica que, além de tecnologias que auxiliam o trabalho do time de compliance, o trabalho deve ser feito de uma forma humanizada, sempre atento às questões mais latentes da atualidade. O CEO detalha duas vertentes que os executivos devem ficar de olho o quanto antes:

Regulações das relações de trabalho: por conta da Medida Provisória 1108/22 que regulamenta o trabalho híbrido e remoto, o compliance será necessário para garantir que o novo cotidiano corporativo esteja em conformidade. Casos de assédio moral e sexual aumentaram durante a pandemia e com isso as áreas de compliance nas empresas têm o desafio de evitá-los, assim como garantir que as denúncias sejam efetivas;

ESG: foi-se a época em que apenas algumas empresas precisavam se importar com causas sociais e ambientais. As pautas ESG (ambiental, social e governança, em tradução livre do inglês) estão em evidência e este cenário não vai mudar tão cedo. É essencial que os gestores percebam quais práticas de ESG são aplicáveis ao negócio e então usar o compliance como ferramenta para a construção de uma estratégia.

Algo que pode nortear as ações pró-agenda ESG é o trabalho de reparação histórica com políticas de diversidade. Ações inclusivas são muito importantes nesse sentido. Além disso, linhas de denúncias se tornaram essenciais para um bom ambiente corporativo mais inclusivo. – Fonte e outras informações: (https://uplexis.com.br/).