Lançado no fim de 2022 pela norte-americana OpenAI, o ChatGPT já conquistou mais de 100 milhões de usuários e tem gerado muita discussão. Promessa de transformação do mercado de trabalho, educação e da própria dinâmica da sociedade global, a plataforma pode criar textos, músicas e automatizar tarefas rotineiras. Mas é sua capacidade de aprender e interagir como seres humanos que levanta debates a respeito dos limites éticos da inteligência artificial.
Polêmicas à parte, as possibilidades de alavancar os negócios com o ChatGPT são inúmeras, e as empresas de todo o mundo entenderam isso rapidamente. De acordo com a pesquisa Resume Builders, atualmente 49% das companhias já usam o sistema em alguma operação interna e 93% delas planejam expandir o uso do chatbot. Além disso, 30% dizem que planejam começar a usar, dos quais 85% afirmam que começarão a fazê-lo nos próximos seis meses. E um dado curioso: uma em cada duas organizações substituiu funcionários pelo ChatGPT desde novembro.
As funcionalidades são muitas. O levantamento revelou que, das empresas que atualmente usam o ChatGPT, 66% o fazem para escrever códigos, enquanto 58% o usam para redação/criação de conteúdo, 57% para suporte ao cliente, 52% para criar resumos de reuniões ou documentos e 45% para auxiliar a realização de pesquisas nas mais diversas áreas.
Boa parte das empresas também utiliza o ChatGPT para facilitar a contratação; 77% dizem que a tecnologia ajuda a escrever descrições de cargos, 66% rascunham requisições de entrevistas e 65% respondem aos candidatos.
No geral, a maioria dos líderes empresariais está impressionada com o trabalho da plataforma. A mesma pesquisa indica que 55% dos gestores dizem que a qualidade do trabalho produzido pelo ChatGPT é “excelente”, enquanto 34% afirmam que é “muito boa”.
Apesar dos números expressivos e da rápida adesão das empresas a essa tendência, ainda existe muita especulação sobre os impactos da tecnologia na vida das pessoas. O fato é que as corporações que utilizam de ética para adentrar esse mundo não ultrapassam os princípios de humanização e podem se destacar da concorrência de forma inovadora e, ao mesmo tempo, justa.
Estamos diante de uma tecnologia disruptiva, com múltiplos usos e que permite acessar um vasto conhecimento. A chave da questão é aliar educação aos projetos, orientando sempre as equipes sobre os limites da corporação e da própria IA. Além de abusar do bom-senso e de muita criatividade para explorar o ChatGPT em parceria com as capacidades humanas e nunca contra elas.
(Fonte: Emanoelton Borges é CEO da Alfa Inteligência – [email protected])