Segundo relatos da mídia britânica, grandes empresas americanas de tecnologia – em particular a Apple – estariam interessadas em comprar o Manchester United, um dos clubes de futebol mais populares do mundo.
Vivaldo José Breternitz (*)
A família Glazer, que é dona do time inglês há 17 anos, já deu a entender que tem interesse em encontrar parceiros que invistam no clube e, inclusive, estaria disposta a considerar uma possível venda.
O jornal Daily Star afirma que a Apple está em negociações com o Raine Group, empresa que está assessorando a família Glazer nas discussões acerca do negócio e que Tim Cook, CEO da Apple, estaria disposto a oferecer 5,8 bilhões de dólares para comprar o clube – os Glazer originalmente pretendiam receber cerca de US$ 10 bilhões, mas estariam dispostos a reduzir suas reivindicações; esse seria o maior negócio da história do futebol.
Segundo o jornal The Times, a Meta e a Amazon também estariam na disputa pela compra da equipe, porém é difícil acreditar que a Meta esteja disposta a investir bilhões de dólares em um clube de futebol, dadas as dificuldades financeiras que vem enfrentando, inclusive com cortes em sua força de trabalho.
Vale lembrar que há três meses, Elon Musk declarou que iria comprar o clube – algumas horas depois, disse que era uma brincadeira.
O português Cristiano Ronaldo, que fez grande sucesso jogando pelo Manchester e acaba de deixá-lo de forma não muito amigável, destacou as deficiências tecnológicas do clube, dizendo que nele é como se o tempo tivesse parado e que tudo seguia igual ao que era em 2003, quando chegou ao clube. Nesses termos, uma aquisição por uma empresa de tecnologia poderia fazer muito bem ao Manchester, que também precisa de recursos para modernizar seu estádio, o Old Trafford, construído em 1910.
Para os investidores, o clube parece atraente, pois estudos de mercado concluíram que o Manchester tem 1,1 bilhão de torcedores, dos quais 400 milhões teriam chegado nos últimos dez anos.
O Manchester também tem muitos torcedores no Oriente Médio, África, Estados Unidos e China, onde os simpatizantes do clube passaram de 108 milhões para 253 milhões, nos últimos dez anos – e esse país representa um importante mercado para a Apple.
Negócios desse porte devem preocupar aqueles que de alguma forma se relacionam com o futebol brasileiro, que com suas administrações amadoras, só tende a encolher, especialmente fora do campo.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT.