A União Europeia determinou a todos os seus funcionários que desinstalem o aplicativo TikTok dos dispositivos de propriedade da organização. A determinação também é válida para os equipamentos particulares que acessem quaisquer aplicativos da União.
Vivaldo José Breternitz (*)
O pedido está relacionado com a necessidade de proteger os dados da União e aumentar a sua segurança informática.
Em janeiro, o CEO da TikTok, Shou Zi Chew, viajou a Bruxelas para discutir o assunto com a União, tentando bloquear as medidas ora tomadas, mas agora percebe-se que o executivo não obteve êxito.
Porta-voz do TikTok disse que a empresa está desapontada com a decisão, que julga equivocada e baseada em preconceitos. Disse também que o TikTok prestou os esclarecimentos que lhe foram pedidos em janeiro, mostrando a forma com que protege os dados das 125 milhões de pessoas que acessam o aplicativo em toda a União Europeia.
A empresa disse também estar melhorando continuamente a segurança dos dados de seus usuários, inclusive por meio do estabelecimento de três centros de dados na Europa, minimizando o fluxo de dados para fora da região.
A determinação segue medidas similares adotadas em dezembro pelos Estados Unidos, preocupados com a possibilidade de que o Tik Tok esteja sendo utilizado para espionagem em favor do governo chinês.
Pressões sobre o TikTok já vinham acontecendo nos Estados Unidos desde quando Donald Trump era presidente – as medidas ora tomadas podem até mesmo decretar o fim do TikTok, ao menos no mundo ocidental.
Seus concorrentes devem estar muito felizes com as medidas anunciadas.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.