O Google anunciou estar lançando outro cabo submarino, objetivando reforçar sua infraestrutura de Internet e permitir que mais organizações e pessoas usem seus serviços baseados em cloud computing.
Vivaldo José Breternitz (*)
Batizado “Nuvem”, o novo cabo é mais um investimento do Google na área; o primeiro deles foi o Unity, que entrou em operação em 2010, estendendo-se por mais de 6.000 milhas através do Pacífico, do Japão à Califórnia.
Embora a maioria desses cabos tenha sido lançada em parceria com outras empresas, o Google concluiu seu primeiro projeto de cabo submarino totalmente privado em 2019, com o Curie, que liga a Califórnia ao Chile.
Além desses, o Google lançou o cabo Dunant em 2021, unindo o estado da Virgínia à França e o Equiano que liga Portugal à África, lançado em setembro de 2022.
O Google disse o Nuvem deverá entrar em operação em 2026, ligando Carolina do Sul, Bermudas e Portugal – a empresa bancou o novo cabo sozinha
Os cabos submarinos são vitais para os inúmeros negócios do Google, desde computação em nuvem para empresas até streaming de vídeo para os consumidores e muito mais – cada um deles exigindo transferências de dados em altas velocidades e baixa latência, condições que só esses cabos podem dar.
Outras empresas da área de tecnologia da informação também investem em cabos submarinos, estimando-se que Google, Meta, Microsoft e Amazon possuam ou aluguem quase metade de toda a largura de banda submarina hoje disponível.
Nada mau para uma tecnologia que surgiu na década de 1850 para a transmissão de mensagens telegráficas, sendo mais tarde utilizada para telefonia até chegar ao estágio atual.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.