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Educação financeira infantil pode desenvolver bom planejamento

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domingo, 16 de junho de 2024

Atualmente, 77,8% da população brasileira possui algum tipo de dívida não quitada, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela CNC. Já em relação ao número de inadimplentes, o resultado é o maior desde 2010, chegando a 29,5%. Para Vagner Antiqueira, coordenador pedagógico do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, unidade Jabaquara, muito deste cenário pode ter interferência pela falta do tema nas escolas, passando desde a educação básica:

“A introdução de conceitos financeiros nas primeiras fases da educação é capaz de proporcionar um impacto significativo na formação de jovens mais conscientes e preparados para os desafios econômicos do futuro”. Conforme o coordenador, promover uma compreensão saudável das finanças desde cedo pode capacitar as crianças não apenas a administrar seu dinheiro, mas também enfrentar desafios, de relacionar com os outros e tomar decisões informadas.

Além disso, trabalhar o autocontrole, com um bom planejamento financeiro, definindo metas e economizando para alcançar os objetivos são pontos importantes neste ensino ressaltados pelo especialista. “Ao incorporar algumas estratégias, os educadores conseguem garantir que a educação financeira seja acessível e envolvente para todos os alunos, independentemente de seus estilos de aprendizagem ou experiências profissionais.

Essa abordagem diversificada ajuda no entendimento dos conceitos financeiros e promove habilidades de vida valiosas, como pensamento crítico, colaboração e resiliência”, complementa Vagner. Como exemplo, o coordenador separou dicas de como introduzir a educação financeira infantil em cada faixa etária:

  1. – 3 a 4 anos: – Trabalhar o ensinamento do que é moedas e cédulas, para que entendam os respectivos valores. Para isso, uma boa opção é brincar de lojinha, onde as crianças podem comprar e vender brinquedos. Junto a isso, é possível ensinar a ideia de poupar dinheiro, introduzindo um cofrinho no cotidiano.
  2. – 5 a 6 anos – Nesta fase, pode-se implementar a ideia de planejamento de compras, diferenciando as necessidades de desejo com a pergunta “Você precisa disso para viver ou é algo que gostaria de ter?”. Após, estabeleça uma pequena quantia para que as crianças possam gastar em algo que querem, complementando com a ideia do troco. Além disso, explicar que, ao fazerem tarefas de casa, também estão contribuindo e aprendendo sobre responsabilidades, mostrando como trabalho e dinheiro é importante.
  3. – 7 a 8 anos – Já com a ideia construída das tarefas que podem ser feitas em casa, as crianças podem ser apresentadas à mesada, vinculada a pequenas tarefas de casa. É um bom momento para ensiná-los a gerenciar o dinheiro para durar todo o mês. Ainda, é possível estabelecer metas de economia e de poupança para comprar o que desejam.

“Outras estratégias, também exemplificadas pelo educador dentro da sala de aula, para abordar essa questão são: aprendizados baseados em projetos, personalização do conteúdo, simulação de jogos, aprendizado social e colaborativo, entre outros. Essa complexidade prepara as novas gerações para enfrentar desafios econômicos e se torna ainda mais essencial”, finaliza o coordenador. – Fonte e outras informações: (https://www.estudenoanglo.com.br).