O deputado Rogério Correia (PT-MG) elogiou a denúncia do Ministério Público que apontou homicídio doloso e crimes ambientais da mineradora Vale, da empresa alemã Tüv Süd e de 16 pessoas envolvidas no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Ele foi o relator da CPI da Câmara que aprovou por unanimidade a sugestão de indiciamento das duas empresas e de 22 pessoas pelo crime socioambiental que deixou 270 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
“Já era esperado que o Ministério Público iria na mesma linha que nós fomos na CPI. Primeiro, porque trabalhamos em conjunto e somos parceiros na apuração dos fatos. Em segundo lugar, porque ficou muito claro que tanto a Vale quanto a Tüv Süd agiram em conluio e sabiam do risco iminente de rompimento da barragem de Fundão: a barragem estava doente pelo menos desde 2017, e a situação foi se agravando”, disse o deputado. “Também ficaram muito claras as responsabilidades individuais, em especial a do ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman”, declarou.
O relatório final da CPI de Brumadinho também sugere a instalação de um observatório permanente com foco na prevenção e reparação de danos. “Existem pelo menos mais 20 barragens com risco iminente de rompimento. Então, sugerimos a criação do observatório permanente para acompanhar tanto as ações relativas à recuperação das pessoas e do meio ambiente de Brumadinho e de Mariana quanto dessas outras barragens que também correm risco. Ficou ao encargo do Ministério Público marcar uma primeira reunião para nós inaugurarmos esse observatório permanente”, disse Correia (Ag.Câmara).