Segundo a OMS, cerca de 20% do lixo hospitalar gerado no Brasil é considerado perigoso, composto por contaminantes, químicos e perfurocortantes. Para avaliar o descarte desses materiais, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara realizou audiência pública com representantes do setor. O diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Roberto Filho, afirmou que as regras ambientais precisam ser respeitadas, pois do contrário os lixões serão liberados de maneira descontrolada, e ressaltou a importância da reciclagem dos resíduos.
Para o representante da Anvisa, Marcelo Cavalcante, é necessário promover a substituição de materiais e de processos por alternativas de menor risco. Também considera a necessidade de ação integrada entre os órgãos federais, estaduais e municipais de meio ambiente, com o objetivo de regulamentar o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde.
A representante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Sandra Satiko, afirmou que o setor está incentivando políticas para reduzir os resíduos e ampliar a compostagem e reutilização.
Autor do pedido para a realização do debate, o deputado Carlos Gomes (Republicanos-RS) disse que é essencial a separação do lixo hospitalar, porque os riscos sanitários são altíssimos e o material é extremamente tóxico. “É possível sim reduzir o custo com um plano bem feito, aumentando o índice de reaproveitamento e destinando esse material não contaminado para a reciclagem”, disse (Ag.Câmara).