Lideranças de oposição ao presidente Evo Morales, da Bolívia, decidiram radicalizar os protestos e paralisar o país. Liderados por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, os opositores afirmam que fecharão serviços públicos e fronteiras para bloquear a entrada de recursos e forçar a renúncia de Morales. Querem novas eleições e a saída do presidente. Camacho afirma ter o apoio da polícia e das Forças Armadas para sustentar a paralisação.
Líderanças de oposição e do Comitê Nacional de Defesa da Democracia (Conade) decidiram “paralisar desde à 0h de ontem (5) todas as instituições estatais e as fronteiras da Bolívia de maneira pacífica, mas firme e comprometida, com a única ressalva de deixar funcionando os aeroportos internacionais e serviços básicos essenciais e emergências médicas”. Uma delegação da OEA realiza, desde a quinta-feira passada (31), uma auditoria na apuração dos votos.
Ontem foi o 15º dia de protestos no país. As manifestações começaram no dia 20 de outubro, após as eleições que deram a vitória em primeiro turno a Evo Morales, após uma confusa apuração, com suspeitas de fraude eleitoral. A presidente do Senado, Adriana Salvatierra, disse que Camacho “está conduzindo uma aventura de golpe” e respondeu que o pedido de demissão do presidente é irrelevante (ABr).