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Planejamento financeiro para a terceira idade

em Pessoa Física
segunda-feira, 05 de outubro de 2020

Patrícia Araújo (*)

Chegar na terceira idade com uma situação financeira estável é o sonho de todos.

Hoje, ao mesmo tempo em que a contribuição do INSS está diminuindo por conta do aumento dos profissionais autônomos, a população idosa está vivendo mais, usufruindo da aposentadoria do governo. Assim, é preciso pensar em alternativas para garantir o futuro, lembrando que quanto mais cedo, menor o valor de contribuição. Para quem tem até 40 anos de idade, o mercado oferece algumas opções. Uma delas é o seguro de vida direcionado a um planejamento para os próximos 20 anos.

Essa opção é semelhante ao Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), um seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, oferecida pelo banco, mas além de acumular uma reserva para a terceira idade, o produto vem com um bônus que inclui cobertura em caso de invalidez, doenças graves e perda de autonomia.

Esses bônus são acumulativos, um independe do outro. Ou seja, se no meio do caminho do investimento, aparece uma doença grave, a pessoa consegue ter o dinheiro para cuidar da doença sem prejudicar o projeto da reserva para a terceira idade.

Nesse seguro de vida, também é possível escolher a forma de retorno, com as opções de resgatar o montante total no final do investimento ou também receber em forma de renda vitalícia. Para que o investimento seja seguro e garanta uma boa rentabilidade é recomendado um consultor financeiro e especialista em despesas pessoais e gestão de risco, que vai fazer um planejamento financeiro de acordo com a situação de vida de cada pessoa, seja de pessoa física ou jurídica.

Lembrando que somente o seguro não vai garantir toda a reserva na terceira idade. Como o seguro não é volátil e tem pouco risco, a rentabilidade dele não é tão alta.

É importante pulverizar a aplicação em renda variável. Entre as opções estão: ação, bolsa de valores, compra de títulos imobiliários, Tesouro IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), entre outros, que são rendimentos de maior risco, mas que geram maior rentabilidade. Geralmente, é recomendado 5% do investimento em seguro de vida e 20% em renda variável.

Hoje, a quantidade de lives na Internet sobre planejamento financeiro e aplicações é enorme, mas é muito genérica. Cada pessoa tem um objetivo, uma renda, um perfil de investimento e uma filosofia de vida. Então, a ajuda do consultor é fundamental para garantir um planejamento adequado e que traga maior retorno. Dessa forma, o planejamento financeiro direcionado para a terceira idade vai garantir um futuro estável para você poder usufruir a vida da melhor maneira possível. Lembrando que quanto mais jovem você for, menor será o valor de contribuição.

Além disso, esse tipo de seguro vai blindar a sua reserva de imprevisto que possa ocorrer ao longo dos anos de investimentos.

(*) – É consultora financeira e especialista em despesas pessoais e gestão de risco.