Empresa saudável é aquela onde o trabalhador se sente bem e pode exercer sua função, onde a organização preenche o seu objetivo na sociedade e que exista uma troca dinâmica dentro da organização com o mundo lá fora. Ou seja, um lugar onde você gostaria de trabalhar
Essa é a imagem ideal, mas nem sempre é real. Percebemos hoje uma grande nuvem de insatisfação pairando sobre as empresas. Empresários, lideres e gestores estão inquietos e descontentes quanto à escassez de funcionários capacitados no mercado e essa falta provoca um movimento vicioso, se contrata o que tem e não o que a empresa precisa exatamente. Não existem muitas opções. Dinâmicas nocivas se instalam e ventos invisíveis de tensões sopram e circulam pela empresa. Ou seja, as expectativas das empresas, estão acima das capacidades tácitas do empregado que por sua vez não encontra, não tem lugar e não está emponderado de suas capacidades.
Essa é mais uma de tantas crises organizacionais – e não é apenas individual e local. Essa crise revela a morte de uma antiga estrutura social e maneira de pensar, ela é coletiva. Está amparada na “Anomia” (perda de valores e normas) e Atomia (esgotamento das estruturas sociais) como diz o pesquisador de paz Johan Galfunz. O tempo é curto, as propostas surgem e desaparecem na mesma velocidade, as relações estão ancoradas numa cola com menor prazo de validade, rapidamente se separam, se desvinculam.
Os resultados mostram que o “modus operandi” atual precisa ser remodelado.
Precisamos de linguagens adequadas para o momento atual, capazes de lidar tanto com o coletivo quanto com o individual e transcender as barreiras convencionais.
Uma teoria nova só é útil quando as experiências das pessoas passaram a exigir modos diversos de ver as coisas, e elas podem então perceber que não estão sozinhas nessa necessidade.
Gianeh Borges
Administradora de empresas. Especialista em Comportamento Humano nas Organizações, pela UFMT; Formação em Constelação Sistêmica, Organizacional e Coaching, pela Infosyon (International Forum for System Constellations in Organisations), Alemanha, emHipnose Ericksoniana – ACT Institute/EUA, Terapia Orientada em Foco e Trauma Complexo (FOTCT) – ACT Institute/EUA. Em andamento, realiza Especialização Internacional em Pedagogia Sistêmica, pela ISPAB (Alemanha), Membro da ABC Sistemas e Presidente do Instituto Oca, Cuiabá/Tangará da Serra – MT
Ela se manifesta por uma mudança na qualidade de pensamento, diálogo e ação coletiva. Quando essa mudança acontece, as pessoas podem se conectar com uma fonte mais profunda de criatividade, conhecimento e tomam consciência de que agora são mais livres para colaborar com seus destinos e menos coagidos por seus hábitos passados.
Precisamos instalar o equilíbrio entre o dar e o receber nas relações organizacionais. Cuidar para que todos possam usar sua força, criatividade, especialidade e outros talentos. Pessoas em geral podem usar o seu talento quando percebem que serão recompensadas pela organização, de preferência recebendo um pouco mais do que deram. Quando isso acontece, a troca cresce dentro da organização.
Cada funcionário de uma organização tem o direito de pertencer a essa organização. Nesse sentido não há diferença entre um diretor e um funcionário da limpeza. Uma empresa pode perder muita energia, quando esse direito de pertencer se torna difícil pelo simples fato de não ser reconhecido e desvalorizado.
Ter o seu próprio lugar dentro da organização, estar em contato com o objetivo dessa organização, estar em constante intercâmbio entre o dar e o receber e ser reconhecido forma uma importante medida para que os funcionários e todos os outros elementos se sintam bem.
Juntos, esses princípios sistêmicos formam uma rede que tanto carrega as pessoas como também é carregada por elas. (Jan Jaco Stam)
Finalmente cito Humberto Maturana que sustenta que o amor é a única emoção que expande a inteligência e lembra-nos que legitimidade e confiança são cruciais para o livre fluxo da informação e o modo como esta se transforma em valor.
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