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Relação entre seres humanos e inteligência artificial deve ser baseada na Responsible IA

em Opinião
terça-feira, 14 de maio de 2024

Cássio Pantaleoni (*)

Com a inteligência artificial (IA) cada vez mais presente na rotina das pessoas, principalmente nas empresas, é preciso se atentar não só a implementação desta tecnologia, mas a sua responsabilidade e compromisso ético

A IA surgiu para nos ajudar, mas pode acabar gerando riscos e ser distópica se não tivermos cuidados. Devemos lembrar que esta tecnologia não cria nada por si só, ela é alimentada por dados. Como as IAs têm viés, por conta do ser humano por trás dela, é preciso ter cautela para esses dados não serem mal-entendidos, fazendo com que as máquinas tomem decisões enviesadas e questionáveis, sendo prejudiciais tanto para as companhias quanto para a sociedade.

A relação entre os seres humanos e as máquinas, considerando aquelas que tenham qualquer tipo de inteligência artificial embarcada, precisa estar pautada por um critério fundamental, em que estas ferramentas precisam servir aos propósitos humanos e não aos propósitos adjacentes. As nossas aplicações precisamos incluir algumas questões, como o ESG, para que a sustentabilidade, ambiente, questões climáticas e ecológicas, e governança sejam consideradas. Não podemos imaginar uma sociedade que vá a qualquer momento exigir que nós, cidadãos, servimos as máquinas, quando elas deverão nos servir e ajudar, nesse sentido a relação entre humanos e inteligência artificial deve ser pautada por princípios éticos e morais muito claros.

Dentro da questão de Responsible IA podemos contar com diversas entidades, como a sustentabilidade, já citada, além de segurança, para que haja uma maior preocupação com a proteção de dados e siga todas as normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Upskilling, para quando a tecnologia for implementada em uma empresa, não causar um grande impacto entre os trabalhadores, fazendo com que eles se adaptem a IA e colaborem de outras maneiras, podendo até mesmo ocorrer a criação de novos cargos. Algo muito importante, também, é a governança de dados, que na minha opinião é uma subdisciplina de governança de IA podendo também estar ligada a governança dos algoritmos e dos usuários, que faz com que as empresas tenham um controle maior sobre possíveis problemas e o que pode ser feito para resolvê-los.

Podemos perceber que a Responsible IA e GRC é o caminho para o futuro das companhias, este é justamente o tema que abordei no RPA & AI Congress 2024, considerada a maior feira de automação robótica de processos e inteligência artificial do Brasil. E abordarei o tema no Integrity Forum 2024, evento tradicional no calendário do mercado de Tecnologia, Auditoria e Compliance, que acontece no dia 21 de maio, em São Paulo.

Onde apresentarei os impactos e possibilidades desta tecnologia, mostrando que ao incorporar princípios de transparência, equidade e prestação de contas na implementação de sistemas de IA, as empresas podem mitigar riscos e maximizar oportunidades, fortalecendo a confiança dos stakeholders, mas também impulsionando a inovação responsável, considerando não apenas os aspectos técnicos, mas também os impactos sociais e éticos.

Para participar de forma gratuita do Integrity Forum, basta se inscrever na landing page do evento.

(*) Head of AI Solutions and Strategy da Quality Digital.