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Por que este será o ano do assistente de IA

em Opinião
terça-feira, 26 de março de 2024

Gabriel Dornella (*)

Neste ano, a IA generativa impulsionará a transformação em todos os setores, aumentando a eficiência e a produtividade.

Assim, entender como integrar assistentes de IA intuitivos em fluxos de trabalho com dados unificados e criar confiança nas organizações será essencial. Os funcionários já estão percebendo os benefícios, uma vez que a tecnologia permite a adaptação e personalização das interações com os clientes mais rapidamente e em escala.

De acordo com dados da Salesforce, 68% dos trabalhadores acreditam que a IA generativa os ajudará a atender melhor os clientes, e os funcionários estimam que isso economizará uma média de cinco horas por semana. 73% dos funcionários também acreditam que a IA generativa introduz novos riscos de segurança, ressaltando a necessidade de as organizações aproveitarem em primeiro lugar as tecnologias de IA generativas construídas com camadas adicionais de segurança e confiança.

Isso porque estamos nos movendo para um mundo com assistentes de IA tomando ações proativas em nosso nome. Como colaboradores superpoderosos, essas ferramentas estão fornecendo inteligência em automações, compartilhando conhecimento, criando materiais de marketing e muito mais. Tudo isso está capacitando os funcionários a agilizar seus fluxos de trabalho e maximizar a produção.

A última pesquisa global anual da McKinsey sobre o estado da IA confirma o crescimento explosivo das ferramentas de IA generativa: um terço dos entrevistados diz que suas organizações estão usando IA generativa regularmente em pelo menos uma função de negócios. Com pesquisas recentes, que permitiram que novos recursos ainda mais avançados sejam criados, a IA responderá a solicitações complexas e fornecerá sugestões inteligentes aproveitando dados de negócios em tempo real, incluindo dados não estruturados, como transcrições e documentos, e dados estruturados, como inventário de produtos ou histórico de compras.

De acordo com a pesquisa State of Work, do Slack, os indivíduos que adotam a IA têm 90% mais probabilidade de relatar altos níveis de produtividade. Aqueles que usam a automação no trabalho estimam economizar uma média de 3,6 horas por semana – isso equivale a, no mínimo, um mês de trabalho por ano devolvido a cada funcionário para se concentrar em uma função significativa. No entanto, apenas 27% das empresas atualmente usam ferramentas de IA para ajudar a aumentar a eficiência.

Analisemos os líderes de centrais de atendimento aos clientes, por exemplo. Usando dados não estruturados e IA, as equipes podem comparar automaticamente casos de clientes e identificar aqueles que são semelhantes em sua intenção. A partir daí, é possível acionar fluxos automatizados que alertam os proprietários de casos se um novo caso for potencialmente um registro duplicado, permitindo a rápida identificação de ocorrências semelhantes, reduzindo assim o tempo de resolução e melhorando a experiência geral do cliente.

Muitos profissionais de marketing já estão usando IA generativa para transformar a forma como se conectam com seus clientes, impulsionando campanhas mais automatizadas e eficazes de forma rápida e em escala. Além de segmentar conceitos básicos, como criação de conteúdo e redação, eles estão transformando a maneira como analisam dados, personalizam o conteúdo de mensagens e aprimoram a estratégia de otimização de mecanismos de pesquisa (SEO).

Além disso, ao criar uma campanha, um profissional de marketing é capaz de usar a IA para entender a intenção do consumidor, analisando dados e transcrições de pesquisas não estruturadas, permitindo uma maior personalização.

Mas o verdadeiro poder dessa tecnologia surge quando a IA possui a autoridade de analisar e agir sobre os dados mais valiosos do recurso mais confiável de uma empresa, ajudando as equipes a trabalhar de forma inteligente e tomar decisões informadas rapidamente. Uma revolução que promete tornar nossas vidas muito mais fáceis, eliminando tarefas mundanas e colaborando para nos tornarmos mais produtivos.

Assim, a IA só pode ser tão boa quanto os dados que ela aproveita.

Aliás, como a tendência é que a quantidade de conjuntos de dados cresça cada vez mais, transformar tamanho em valor requer a construção de uma cultura de negócios orientada por dados – entrelaçando dados nas operações, mentalidade e identidade da organização. E não podemos desbloquear a promessa da IA sem poder confiar no que ela gera. Para se preparar para a próxima era de assistentes de IA, é imperativo que as empresas tomem medidas para proteger os indivíduos, construir confiança e incentivar a inovação. Isso pode ser feito concentrando-se em comunicar de forma transparente como a tecnologia é usada e deixando claro que seus funcionários – e não o software – estão no banco do motorista.

Em 2024, a confiança da IA continuará a ser questionada, e um foco específico será na segurança da tecnologia e nas abordagens governamentais para estabelecer estruturas confiáveis. Mas não se trata apenas de exigir mais da IA. Precisamos pedir mais uns aos outros – nossos governos, empresas e sociedade civil – para aproveitar o poder da IA de maneiras seguras e responsáveis.

Não temos – e talvez nem teremos – todas as respostas, mas entendemos que liderar com confiança e transparência é o melhor caminho a seguir. Desta forma, transformaremos a IA em uma aliada, nos ajudando verdadeiramente a construir um futuro promissor.

(*) É diretor de engenharia de Soluções da Salesforce.