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Novas franquias surgem para revolucionar o mercado

em Opinião
sexta-feira, 01 de março de 2019

Guilherme Barros (*)

Por volta de 1850 um modelo de negócio que se assemelha ao que conhecemos hoje como franquias, dava seus primeiros sinais de vida.

Nos Estados Unidos surgiu a primeira empresa a investir nesse ramo, a fabricante de máquinas de costura Singer. A companhia permitia que utilizassem a sua marca na comercialização de produtos, com a intenção de aumentar a sua penetração no mercado com investimentos relativamente pequenos.

A Singer abriu as portas para muitas outras empresas nos EUA que começaram a adotar o modelo franchising. Alguns exemplos são: Coca Cola, General Motors, McDonald’s, entre outros. No Brasil, os pioneiros no setor foram as redes americanas de ensino de idiomas Yázigi e CCAA. Em 1960, elas introduziram o sistema que se espalhou rapidamente por todo o território nacional.

No entanto, o “boom” das franquias no Brasil só aconteceu nos anos 1980, quando o McDonald’s expandiu para terras brasileiras e abriu as portas para outras marcas internacionais desembarcarem no país. O interesse destas empresas pelo Brasil fez-se devido a construção dos shoppings centers e a expansão de lojas do interior.

Dos anos 80 até os dias atuais, o mercado das franquias vem em uma crescente. O faturamento deste segmento aumentou 6,8% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 74,455 bilhões para R$ 79,496 bilhões, de acordo com a pesquisa “Desempenho do Franchising Brasileiro”, da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Este estudo ainda aponta a região sudeste como responsável por mais da metade da receita do setor (56,8%), sendo só estado de São Paulo, responsável por 37,8%. No entanto, uma questão ainda preocupa boa parte dos franqueados, que são as altas taxas cobradas pelas franqueadoras. Sejam elas de publicidade, royalties ou – até mesmo – taxa de franquia, estes valores acabam devorando boa parte do lucro do empresário.

Em meio a este cenário, favorável para expansão, um novo modelo de negócio está surgindo e ganhando espaço no mercado, as chamadas: franquias por assinatura. Trata-se de um novo modelo, cerca de 80% mais barato que o tradicional, que dispensa o pagamento das taxas citadas acima, e oferece, por um valor fixo mensal, uma série de serviços como consultoria de gestão, soluções em meios de pagamentos, sistema de gestão integrada, estudo geográfico de ponto de vendas, estratégia de marketing e arquitetura, entre outros.

Além disso, o franqueado começa a ter o retorno de seu investimento no período de 8 à 12 meses. Pioneira neste modelo de negócio, a Hub Odonto é a primeira rede de franquias por assinatura da América do Sul e que, com esta proposta, abre as portas para uma série de outras empresas que podem facilitar, ao máximo, a vida de seus franqueados, oferecendo-lhes serviços que são necessários para a manutenção e qualificação de um consultório, que, muitas vezes, fogem da rotina diária de grande parte dos dentistas pois envolvem o trabalho “além das cadeiras”.

Portanto, o mercado tradicional de franquias já é um sucesso. Os números que se estabeleceram ao longo dos anos são a maior prova disso. Mas, assim como tantos outros segmentos, sempre há espaço para inovação e aperfeiçoamento, ainda mais quando o novo modelo oferece vantagens tanto para a franqueadora quanto para o franqueado.

(*) – É formado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda, pós graduado em Master de Marketing pela ESPM com extensão internacional pela EADA/Barcelona. Atua como Head de Marketing e co-fundador da Hub Odonto.