Victor Hernández Albíter (*)
Com a vacinação contra a Covid-19 avançando e quase metade da população já com a primeira dose da vacina, começa a se discutir a volta ao trabalho presencial.
Embora uma parte das empresas já tenha anunciado um modelo de operação híbrido ou completamente remoto, boa parcela estuda como fazer uma volta segura. Segundo uma pesquisa recente da consultoria KPMG, 66,2% das empresas já voltaram ou esperam que isso ocorra até o final de 2021, e 33,8% preveem voltar ao trabalho presencial nos escritórios em 2022. Dessas, 87% manterão um modelo híbrido, buscando justamente a segurança, com um volume reduzido de pessoas no ambiente corporativo.
Os governos dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, por exemplo, já decretaram a volta dos servidores públicos vacinados ao trabalho presencial, e tudo indica que essa deve ser uma tendência cada vez mais constante para os próximos meses também na iniciativa privada, na medida em que o número de imunizados cresce pelo país.
E se o distanciamento e o uso de máscaras continuam sendo primordiais nesse momento de transição, as condições de higiene no trabalho também são importantes para esse período, principalmente em espaços públicos, uma vez que o vírus continua a circular. Mas como garantir, de fato, os protocolos de higiene e limpeza?
Um outro levantamento, intitulado Return to Workplace, elaborado pela Essity nos Estados Unidos, mostra que há preocupação também por parte dos colaboradores em relação às medidas de segurança no ambiente de trabalho. A maioria dos americanos (89%) afirmou que gostaria que fossem implementadas medidas de limpeza e higiene, incluindo maior quantidade de estações para desinfecção das mãos e dispensadores de papel toalha com maior capacidade nas áreas comuns e banheiros.
Para ajudar na prevenção contra a contaminação cruzada, ou seja, quando há a transferência do vírus por gotículas repassadas pelo contato físico ou objetos e superfícies contaminadas, atualmente já existem sistemas “no touch” de grandes marcas do setor, como a Tork, marca da empresa sueca líder mundial em higiene e saúde, Essity.
Eles cumprem bem a função de evitar a transmissão em ambientes que tenham grande fluxo de pessoas, uma vez que não é necessário tocar nas superfícies para pegar papel ou sabonete. Seja em banheiros ou em copas/cozinhas, esse tipo de ajuste, apesar de simples, pode fazer a diferença, já que a recomendação é de se higienizar as mãos a cada meia hora.
Isso porque, diferente do que a lógica pode sugerir, os secadores de ar para secagem das mãos, por exemplo, na verdade contribuem para a transmissão de vírus e bactérias, espalhando todos os germes pelo ar. O que ocorre é que, ao não lavar as mãos corretamente e utilizar esse tipo de secador, as pessoas acabam por contaminar não só o próprio secador, como tudo o que está em volta, propiciando a contaminação cruzada.
Já utilizando toalhas de papel, qualquer micro-organismo é absorvido com a água e descartado nas lixeiras junto ao papel. Nesse caso, contar com dispensadores que não requerem o contato para a retirada do papel pode ser determinante nesse processo como um todo. Além disso, esse tipo de solução contribui também para a diminuição do desperdício de papel, o que também acaba por impactar em redução de custos e configura uma alternativa mais sustentável em qualquer operação.
Há também os produtos específicos indicados para a sanitização das superfícies e das mãos no espaço de trabalho, como o caso dos géis antissépticos e de lenços umedecidos bactericidas, que têm sido citados também como atores que contribuem para a prevenção, desde que garantidos os padrões de qualidade de desenvolvimento do produto, além do próprio ar, que deve ser renovado em turnos.
Mas, independentemente de qual seja o tamanho e setor de atuação da empresa ou quais produtos serão utilizados, levar em conta essas adaptações no ambiente de trabalho é essencial para garantir a volta dos funcionários em segurança. É importante sempre lembrarmos que a vacinação, mesmo sendo indispensável para a retomada das atividades presenciais, não garante que o vírus deixará de circular.
As medidas sanitárias são também imprescindíveis para propiciar um ambiente saudável e seguro para trabalhadores e é responsabilidade das empresas oferecer recursos para que essa transição seja possível.
(*) – É Vice-Presidente de Marketing e Vendas da Essity no Brasil (www.essity.com).