Fábio Barbosa (*)
As pequenas e médias empresas representam uma verdadeira força na economia brasileira.
Das mais de 50 milhões de empresas do país, temos aproximadamente 500 mil neste segmento e que estão em fase de crescimento e amadurecimento de suas operações. E um dos principais desafios é elevar a qualidade da gestão destas companhias. Para isso, é fundamental trabalhar no tripé pessoas, processos e tecnologia, buscando um nível máximo de eficiência.
Às companhias que atingem esse patamar, damos o nome de empresas inteligentes, que são aquelas capazes de atender toda a cadeia – dos fornecedores aos clientes – de forma ágil, sincronizada e eficiente. Para atingir esse nível, é fundamental que as empresas tracem uma estratégia adequada, visando uma verdadeira jornada com foco na transformação.
O ponto de partida é sempre a análise do passado e do presente da companhia, objetivando entender o nível da maturidade digital de forma muito personalizada para cada uma. Infelizmente, o Brasil não apresenta um cenário avançado quanto ao tema.
Uma pesquisa sobre Maturidade Digital das Pequenas Empresas, feita pela Cisco e IDC, analisou empresas de oito país – Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, Alemanha, França e Brasil. O resultado mostra que os empresários brasileiros são bastante resistentes à digitalização. Mais de 51% das PMEs do país se encontram no estágio inicial, o que faz com que o Brasil apareça na 18ª posição do ranking de maturidade digital.
Entre as justificativas dos empresários brasileiros está a resistência cultural à mudança (18%), escassez de talentos e habilidades dentro da organização (17%) e falta de tecnologias necessárias para viabilizar a transformação digital (12%). Dentro desse contexto, buscar ajuda especializada é fundamental. Uma consultoria tecnológica com amplo portfólio de soluções é capaz de criar uma trilha de transformação, traçando uma estratégia adequada, de acordo com a perspectiva futura da empresa.
E uma jornada de transformação pode passar por várias etapas. Primeiro a empresa deve conhecer as melhores práticas do mercado, para em seguida começar a pensar na transformação tecnológica, buscando um ERP e plataformas digitais adequados ao seu negócio. Na etapa seguinte, é necessário considerar os serviços de infraestrutura e de suporte especializado.
Tendo tudo isso organizado, é hora de desenvolver soluções mais especializadas e voltadas ao setor de atuação, visando atender as necessidades exclusivas do seu segmento, seja uma indústria, varejo, serviços ou qualquer outro setor.
Finalizadas essas fases, a empresa está preparada para alçar voos mais altos, adotando soluções mais sofisticadas, como Inteligência Artificial, Business Analytics, entre outras, que são capazes de elevar a gestão do negócio a um patamar realmente superior, de empresa inteligente.
Por mais que a jornada possa parecer longa, temos vivenciado processos em que as empresas saem de uma gestão totalmente caseira, com processos manuais, e passa a um nível de inteligência em prazo de apenas 01 ano. E o mais importante é que não é necessário descapitalizar o negócio, fazendo grandes investimentos em algo que elas nem sabem ao certo como irá funcionar.
Atualmente, existem soluções de transformação que oferecem tudo isso num formato de serviço, pagando mensalmente pelo número de usuários. Dessa forma, os investimentos da empresa com tecnologia só aumentam de acordo com o seu próprio crescimento.
Isso permite um planejamento financeiro muito mais adequado e assertivo, capaz de proporcionar um verdadeiro salto na gestão das PMEs, sem comprometer sua saúde financeira.
(*) – É Diretor de SAP Business One na Seidor Brasil (www.seidor.com.br).