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Como data science e inteligência artificial mudam os negócios

em Opinião
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Leonardo Santos (*)

Imaginar máquinas e robôs realizando tarefas humanas sempre rendeu boas histórias para a TV e o cinema.

Ainda que o cenário futurista seja bem diferente do representado na ficção, essa ideia também possibilita ótimas oportunidades de negócios para empresas de diferentes setores.

Não se trata, evidentemente, de androides, mas sim dos conceitos de data science (ciência dos dados) e inteligência artificial, que reúnem soluções e técnicas capazes de coletar e extrair inteligência a partir de um volume gigantesco de informações para, a partir daí, fazer análises preditivas em busca de identificação de demandas para se antecipar à concorrência.

As duas propostas estão em alta no ambiente corporativo e devem registrar crescimento ainda maior nos próximos anos. Enquanto um cientista de dados é o profissional mais buscado e desejado pelas corporações brasileiras, de acordo com levantamento da agência Hays, líder mundial em recrutamento e seleção especializada, a utilização de soluções de inteligência artificial deve crescer 133% nas empresas instaladas no país até o fim de 2020, segundo o relatório State of Service, da Salesforce.

A consolidação da ciência dos dados dentro da estrutura organizacional e o avanço das soluções de inteligência artificial promoveram mudanças significativas nas corporações. A primeira delas é justamente cultural. Para que uma estratégia baseada em dados e aprendizado de máquina seja bem-sucedida, é essencial que os processos promovam a integração entre as diferentes equipes e profissionais.

Hoje, não basta deixar a implementação nas mãos do time de TI e esperar que ele entregue sozinho os resultados esperados. As informações precisam circular pela empresa a fim de garantir uma visão mais completa e, sobretudo, que os insights façam sentido ao marketing, comercial, financeiro, vendas e etc.

Além disso, é preciso compreender que a transformação digital é um fenômeno irreversível e, atualmente, nenhuma empresa, mesmo a que atua exclusivamente off-line, sobrevive sem usar esses dois conceitos em seu dia a dia para embasar a tomada de decisão.

Levantar, tratar e analisar informações que façam sentido ao negócio é tarefa do “cientista de dados”, enquanto cruzá-las para trazer inteligência e automação é a lógica da inteligência artificial. A era do “achismo” nos negócios chegou ao fim. Agora, não é mais um diferencial competitivo, mas questão de sobrevivência.

Evidentemente, essas mudanças não devem ser feitas sozinhas e sem planejamento. Para alcançar o objetivo desejado, é essencial contar com o apoio de parceiros e fornecedores com conhecimento especializado. No caso de data science, por exemplo, é preciso buscar profissionais qualificados. Além disso, é necessário contratar fornecedores que realmente oferecem os melhores serviços e de fato possam agregar valor ao negócio.

Dessa forma, conseguem desenvolver projetos inovadores envolvendo diferentes departamentos, com todos os recursos que a análise de dados e a capacidade preditiva têm a oferecer.
As empresas podem – e devem – utilizar as informações disponíveis para traçar as melhores estratégias.

Se antes as decisões deveriam ser tomadas a partir do feeling do empreendedor, hoje é possível mensurar, elencar e investigar diferentes informações sobre determinado assunto. Quem melhor se adaptar e utilizar recursos de inteligência artificial e data science, mais rápido terá sucesso e conseguirá se distinguir de sua concorrência.

Em um cenário econômico de intensa competitividade, esse pode ser o detalhe que fará toda a diferença para o sucesso do negócio.

(*) – É CDO e co-fundador da Semantix.