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A automação e o futuro da indústria no Brasil

em Opinião
sexta-feira, 24 de maio de 2019

Hélio Sugimura (*)

O futuro do modo de produção industrial tem ganhado cada vez mais espaço no cenário global.

Discussões são formadas a respeito dos mais variados temas: ferramentas de tecnologia adequadas para cada tipo de operação, o novo papel dos trabalhadores nesse novo cenário, o potencial de produtividade a ser alcançado mundialmente para que companhias possam se manter competitivas, entre outros.

Nesse emaranhado de assuntos, a automação industrial está sempre presente, ainda que de forma implícita nessas discussões. Hoje, entregar produtos com qualidade cada vez melhor e aumentar a produtividade – especialmente na indústria de manufatura, por exemplo – depende de uma série de componentes, que podem variar de aplicações simples a robôs complexos.

Essa é uma trajetória cujo início é marcado por um período muito anterior à indústria 4.0. No Brasil, equipamentos da Mitsubishi Electric marcam presença desde a década de 1960, auxiliando a impulsionar a indústria nacional por meio de ferramentas dedicadas a melhorar a produtividade dentro das siderúrgicas que começavam a ser inauguradas dentro do país.

Se antes o esforço era dedicado a subsidiar o início da produção, hoje as soluções de automação industrial estão dedicadas a melhorar a competitividade, usando a tecnologia para finalidades que variam de facilitar o trabalho de operadores e torná-lo mais seguro até ferramentas de inteligência artificial capazes de auxiliar no monitoramento de máquinas.

Hoje, implantar iniciativas de automação depende de um mapeamento cuidadoso. É necessário mapear dados críticos para a operação diária e como estão distribuídos na planta para definir quais são os equipamentos necessários para garantir a integridade dos dados e atingir resultados de maneira eficaz, evitando fraudes. A implantação deve ser feita passo a passo, de maneira modular e escalável, oferecendo retorno de investimento atrativo, servindo assim como incentivo para futuras instalações.

De maneira prática, é possível perceber investimentos em automação de maneira crescente, com foco no longo prazo. Reformas de máquinas, por exemplo, são atividades desempenhadas por aqueles que acreditam na tendência de recuperação no cenário brasileiro.
Ao mesmo tempo, a capacitação de novos profissionais tem ganhado cada vez mais relevância, especialmente no que diz respeito ao chão de fábrica.

Alternativas de capacitação têm sido estudadas por profissionais que querem se manter atualizados em meio às novas tecnologias e exercer funções cada vez mais estratégicas em um ambiente de rápidas mudanças. A realidade da base industrial no Brasil mostra que há um longo caminho a ser trilhado para atingirmos um nível de maturidade expressivo. Hoje, companhias de diferentes setores e portes se veem desafiadas pelo cenário macroeconômico de retomada lenta, com aceleração discreta no consumo e altos níveis de desemprego impactando diretamente o consumo.

É necessário que lideranças estejam cada vez mais atentas para perceberem as oportunidades a serem aproveitadas e quais são as principais práticas a serem adotadas a fim de garantirem sua sobrevivência ao longo do tempo. Para adotá-las e garantir resultados eficazes, é necessário que as lideranças da indústria sejam capazes de visualizar a importância desse tipo de investimento, passando a mensurar retornos financeiros tangíveis no curto prazo para se preparar de maneira eficaz.

Com esse tipo de estratégia, será possível vencer e acelerar o desenvolvimento desse canal no País, ampliando a atuação das empresas e garantindo ainda mais oportunidade de competitividade, tornando cada vez mais companhias pioneiras e eficazes em um futuro de consumo acelerado.

(*) – É gerente de marketing da Mitsubishi Electric.