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5 mudanças culturais para adotar em 2020

em Opinião
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Leonardo Farah (*)

Entre tantas novidades e tendências, algumas práticas se destacam como grandes alternativas para apoiar a mudança cultural de uma empresa.

Mudar nunca é um processo de fácil assimilação. Trazendo para o contexto empresarial, o cenário torna-se ainda mais complexo. No entanto, se os profissionais desejam acompanhar as novas exigências do público consumidor através de resultados extraordinários, consolidar a gestão interna em termos culturais é indispensável. E isso passa diretamente pela adoção de métodos e costumes inovadores.

Mudar com a segurança de um planejamento previamente estabelecido não só minimiza riscos, mas garante estabilidade para iniciar determinado processo. Pensando nesse aspecto tão recorrente no cotidiano empresarial, abordo neste artigo 5 tópicos essenciais para mudarmos culturalmente no ano de 2020. Acompanhe.

1- Abrace a Transformação Digital – É quase impossível falar sobre culturas empresariais nos dias de hoje sem mencionar o impacto tecnológico nessa discussão. Partindo para vertentes operacionais, a adoção de ferramentas e soluções digitais são capazes de revolucionar modelos de gestão que até então poderiam funcionar, mas apresentavam falhas, roubavam tempo útil de profissionais capacitados e dificultavam a entrada das empresas à era globalizada.

As plataformas automatizadas surgem justamente para redirecionar a concentração do profissional, de forma que possa priorizar sua competência maior. O material humano ainda é dominante e protagoniza, em harmonia com a tecnologia, contribuições significativas para a obtenção de grandes resultados.

2 – Humanização é palavra-chave – Pouco adianta focalizar as atenções na melhoria de sistemas técnicos e ignorar o componente mais valioso de qualquer empresa: as pessoas. Uma cultura interna só obtém êxito se a equipe inteira está comprometida e imersa às propostas de trabalho. E um conceito que tem conquistado espaço gradualmente ao longo dos últimos anos é o de relações humanizadas. Menos formalidade e mais sensibilidade. Mais liderança competente. Quem não deseja contar com uma equipe de funcionários 100% engajados?

3 – O Compliance se faz necessário – Estamos em 2020. Ano em que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) está vindo com força total, se tudo ocorrer como previsto. Não existe nenhum motivo factível para que uma empresa coloque sua saúde financeira em risco por não cumprir obrigações legais. As punições apontadas no texto da nova lei incluem sanções e multas, seja para grandes, médias ou pequenas organizações.

Contar com um sistema interno orientado a métodos de Compliance é a saída mais recomendada aos que se encontram despreparados para a nova legislação. Disciplina, transparência, políticas e padrões são terminologias clássicas dessa mentalidade, e compactuam fidedignamente com as expectativas desse ano sobre o uso responsável de informações pessoais.

4 – O diferencial não é suficiente – É comum escutarmos que o sucesso de um produto ou serviço está garantido pelo simples fato do mesmo conter um ou mais diferenciais. Esse é um ponto de atenção decisivo. Quem decide a relevância dessas características? As empresas ou os consumidores? Essa política de vendas deve passar diretamente por uma reinterpretação estratégica e cultural.

Atualmente, a experiência do consumidor conquistou um novo status, e exerce papel fundamental para sua tomada de decisão. Cabe à companhia, com uma gestão flexível e um plano de ação disponível para o acompanhamento interno, oferecer os elementos capazes de transformar o processo de conversão do público-alvo em algo diferenciado. Limitar-se ao produto ou serviço é restringir o alcance de seu negócio.

5 – Práticas socioambientais são bem-vindas – A questão ambiental vai além daquela noção de tendência midiática. Os efeitos práticos de se instaurar a sustentabilidade no cotidiano de uma empresa são refletidos no desempenho, principalmente em organizações de manufatura. Não há nenhuma correlação comprovada entre o aumento de custos e a adoção de medidas voltadas para a preservação da natureza. Pelo contrário, uma cultura sustentável influencia positivamente na otimização dos recursos.

Outro fator preponderante é a responsabilidade ambiental assumida pela empresa diante à sociedade. O consumidor está atento às companhias que preterem o meio ambiente em prol de ganhos exclusivamente econômicos. As vantagens são variadas e a consciência deve ser de todos.

(*) – É COO Data LATAM da Keyrus.