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Brasil segue no radar do mercado imobiliário de Miami

em Negócios
sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A crise econômica no Brasil, a desvalorização do real e a pandemia não foram suficientes para diminuir o apetite dos brasileiros por casas em Miami. De acordo com a pesquisa da Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos Estados Unidos, a Flórida é o destino preferido dos estrangeiros por 22% dos que compram casas no país Os brasileiros fazem parte do top 10 das nacionalidades nesse mercado, ocupando a 6ª posição, com 3% do total – a China está em primeiro, com 12%. Desse total de brasileiros, a Flórida também é o principal destino, com 49% da preferência.

Mas, o que é que Miami tem? Segundo Victoria Molina, corretora de imóveis especialista em propriedades de luxo, com mais de 20 anos de experiência, atualmente trabalhando na imobiliária Douglas Elliman, a segunda maior corretora de imóveis residenciais independente dos Estados Unidos em volume de vendas, “Miami reúne tudo o que os brasileiros mais gostam, com uma qualidade que não se vê em todos os lugares e a apenas algumas horas de voo”.

Além do clima agradável o ano todo, belas praias, restaurantes, bares, vida noturna e cultural intensas e estilo de vida mais relaxado, Victoria afirma que “a cidade e a região têm imóveis a preços mais acessíveis se comparados com outras regiões dos EUA, o que pode ser interessante tanto para moradia como para investimento, já que as taxas de vacância em Miami estão abaixo da média nacional”. Outro ponto interessante, ressalta a especialista, é que o estado da Flórida não cobra imposto de renda.

Outros dados mostram o potencial econômico da cidade: grande centro de moda e de cinema; a cidade mais internacional dos EUA – quase 50% da população é estrangeira e fala mais de 100 idiomas; lar de cerca de 1.200 empresas multinacionais de 56 países diferentes; mais de 100 consulados e câmaras de comércio; quinta cidade dos EUA com maior ocupação hoteleira; cerca de 12 milhões de visitantes por ano, sendo 6 milhões deles estrangeiros; e quarto maior distrito escolar do país, com 5 faculdades e universidades, além de 3 escolas de Direito.

“O mercado está se beneficiando da crescente migração interna de regiões dos EUA com impostos mais altos”, explica Victoria, que faz um importante alerta: “para aqueles que desejam ter uma casa apenas para férias em Miami, os vistos de moradia e de trabalho não são necessários, porém, quem pretende se mudar para a cidade, é preciso consultar as exigências na embaixada ou nos consulados dos EUA no Brasil”, afirma. Outras informações: (https://cointelegraph.com.br/).