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A periferia e a união de forças entre o governo e a iniciativa privada

em Negócios
sexta-feira, 14 de junho de 2024

O Brasil segue avançando na implementação de políticas públicas, mesmo diante de alguns desafios fiscais e entraves de ordem política vivenciados nos últimos anos. Segundo a pesquisa ‘Balanço do Orçamento da União 2023: Brasil em reconstrução?’, feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos, o governo está retomando a sua participação e desenvolvimento de várias iniciativas em diversas esferas – educação, meio ambiente, social, entre outros – incluindo a saúde.

Em relação a esse último, de acordo com o documento, o setor no país deve receber dos cofres públicos recursos na ordem de R$217,7 bilhões, alta de 18% ante ao montante do ano anterior. Além do poder público, a iniciativa privada também tem se envolvido cada vez mais em ações para garantir saúde e bem-estar principalmente para as comunidades de bairros periféricos do Brasil.

Segundo Andrea Moreira, especialista e mestre em Gestão Humana e Social e CEO da Yabá Consultoria, o crescimento da consciência sobre a importância das questões sociais e ambientais aumenta a pressão para que as empresas sejam transparentes em suas atividades e impactos. “Isso inclui divulgar suas políticas de diversidade, equidade e inclusão”, ressalta.

Para Andrea, hoje a iniciativa vive um novo momento com o advento do ESG (Environment, Social and Governance, na sigla em inglês), com a inclusão de métricas de avaliação dessas ações. “As empresas têm feito sua lição de casa, organizando-as e trazendo-as para dentro dos processos, do backoffice e para a cultura organizacional, transparecendo de dentro para fora”.

Além disso, a forte tendência em relação à colaboração, na qual empresas se unem com diversos elos – como ONGs e o próprio governo – para amplificar seu impacto e promover essa cultura, contribuindo para um mundo cada vez mais justo e sustentável. Hoje, a responsabilidade social não é mais uma opção, mas sim parte essencial da identidade e estratégia de negócios.

Garantir saúde e bem-estar nas periferias requer políticas públicas que abordem não apenas as questões de saúde física, mas também fatores determinantes de ordem social, econômica e ambiental que influenciam o bem-estar das comunidades locais, como educação, segurança, habitação e saneamento.

Na visão de Andrea, “a população precisa ter acesso aos seus direitos. Nós ajudamos a levar informação de qualidade para as comunidades e, consequentemente, promover a mudança de comportamento”. Esse conhecimento pode ser difundido por meio de atividades sociais e culturais que promovem experiências de reflexão, ajudando as pessoas a viverem com mais qualidade e aprendendo a fazer a autogestão de sua saúde.

“Enquanto as políticas públicas dão suporte para a população, com a oferta de estruturas de atendimento e tratamentos adequados, as empresas utilizam seus recursos – no caso, a disseminação da informação, obtida por meio de pesquisas e estudos, através de ações educacionais – para dialogar com a sociedade, ajudando as pessoas a fazerem uma autogestão de sua saúde”, avalia a CEO.

A autogestão de saúde, com base nas políticas públicas, é algo que deve ser olhado com atenção por conta do envelhecimento da população. De acordo com dados do IBGE, a estimativa é que o Brasil alcance a marca de 66 milhões de pessoas com mais de 60 anos até 2050, alcançando o pico de cerca de 79 milhões em 2075.

“As pessoas precisam ter clareza sobre sua saúde, suas doenças e comorbidades, saber dialogar com os médicos e não esperar que os outros tomem essa atitude por nós. O Brasil está diante do desafio de ter uma infraestrutura de saúde que consiga atender a toda essa população. Por isso, a efetividade das políticas públicas é tão importante”, destaca Andrea.

Fonte e mais informações: (https://www.yabaconsultoria.com.br).