Um dos movimentos que mais tem se expandido no mercado de redes ópticas, o das redes neutras, tem se tornado a cada dia uma alternativa valiosa para os provedores de internet.
Enxergada nos últimos anos como um dos grandes responsáveis pelo fenômeno exposto como Economia Compartilhada dentro do segmento, a modalidade tem deixado de ser percebida apenas como uma realidade, para ser vista como o melhor caminho para o progresso da comunicação óptica no Brasil.
De acordo com o gerente técnico da Fibracem, indústria brasileira especializada no mercado de comunicação óptica, Sebastião Rezende, o forte crescimento da modalidade se deve ao fato de os provedores de internet (ISP) estarem entendendo cada vez mais os reais benefícios propostos pelas redes neutras. “Já temos visto diversos provedores de internet, até mesmo de médio e grande porte, que estão operando por elas [redes neutras]”, comenta.
O grande benefício deste movimento, é a possibilidade de um ISP de qualquer porte, passar a atender a uma nova carteira de clientes em regiões onde o mesmo não possui infraestrutura de rede própria. Para ele, isso ajuda a promover um aumento considerável do fator chamado capilaridade de atendimento. “Como a capacidade de banda de uma fibra óptica é extremamente grande, não existe, à priori, uma quantidade máxima exata de ISPs para fazerem uso de uma rede neutra”, ressalta.
Quando um provedor vai atender uma determinada região, fazendo uso de uma rede neutra, ele contrata uma fração de fibra do cabo do operador de rede neutra. Ainda, de acordo com o especialista, nesta mesma fibra óptica, pode-se incluir centenas de outros ISPs que têm a mesma finalidade. Ou seja, uma rede neutra, além de possibilitar a chegada de internet com maior qualidade a regiões mais remotas, por exemplo, ajuda o provedor de internet a estender sua cobertura.
“Este movimento ainda deve se potencializar, pois é visível como elas ajudam a viabilizar a operação e proporcionam mais economia de gastos com aluguéis pagos às companhias de energia e na construção e manutenção de uma rede própria”, reforça. A escolha por um operador de rede neutra geralmente é baseada, principalmente, em fatores como relacionamento e network entre o ISP e quem detém a infraestrutura.
“Ainda sim, é fundamental entender se estes operadores estão escolhendo soluções cada vez mais eficientes, tecnologias inovadoras e que propõem uma perspectiva de um serviço de qualidade, por pelo menos 10 anos. Ou seja, a rede precisa ser confiável e de qualidade”, recomenda. – Fonte e mais informações: (https://www.fibracem.com/).