Especialistas do Bradesco Asset, Bank of America, Goldman Sachs e Santander se reuniram no Bloomberg Línea Summit 2023 no dia 23/10, para discutir insights e perspectivas sobre o mercado de capitais e investimentos no Brasil. Durante o painel, todos concordaram que, mesmo em um mundo instável, marcado por eventos geopolíticos e econômicos internacionais em constante fluxo, a previsibilidade é essencial para atrair investidores.
Na abertura do painel, Bruno Funchal, que atua como CEO do Bradesco Asset, ressaltou a necessidade de estabilizar as expectativas no cenário político, econômico e fiscal, visando à criação de um ambiente mais favorável aos negócios. Ele também sublinhou a importância de implementar reformas, com destaque para a reforma tributária. Segundo ele, a redução das taxas de juros estimula um maior interesse e disposição para investir.
Durante o bate-papo, Cristina Estrada, Co-head de IB no Brasil e Head de Corporate Derivatives para a América Latina no Goldman Sachs, compartilhou sua visão sobre a volatilidade em 2023 e enfatizou que, mesmo em um ano desafiador, o mercado de fusões e aquisições (M&A) está aquecido. “Muitos países da América Latina não possuem a mesma escala que o Brasil e os investidores estrangeiros estão reconhecendo o potencial de crescimento do país. Posso até mesmo citar aquisição recente da Kopenhagen pela Nestlé”, enfatizou.
Outro ponto de relevância a ser destacado é o retorno das novas ofertas públicas iniciais (IPOs) de empresas brasileiras em 2024. Tanto Leonardo Cabral, Head de Investment Banking do Santander Brasil, quanto Bruno Saraiva, Co-head de IB do Bank of America, compartilham a opinião de que o segundo trimestre do próximo ano promete perspectivas otimistas nesse sentido para o Brasil. No entanto, é crucial observar que as empresas-alvo terão características distintas, uma vez que o desempenho desfavorável não se restringiu apenas ao Brasil neste ano, com decepções também ocorrendo nos Estados Unidos e na Europa. De acordo com os executivos dos bancos, a preferência do mercado tende a se inclinar para empresas com maior geração de valor agregado, e aquelas que apresentam essas características provavelmente serão as primeiras a iniciar o próximo ciclo de abertura de capital.
Os especialistas destacaram a eficiência do mercado de capitais, mesmo diante de desafios. “Em 2021, o mercado de ações movimentou impressionantes 160 bilhões de reais. Acreditamos firmemente que o Brasil tem o potencial de promover empresas com ofertas públicas de ações que ultrapassarão os 100 bilhões de reais nos próximos anos. Com um crescimento previsto de 2% para o País, estamos otimistas”, concluiu Saraiva.
“Ao fundar a Bloomberg Línea, nossa convicção era única: acreditávamos que havia uma correspondência entre nosso produto e o mercado brasileiro. Nossa visão é oferecer informações de qualidade, imparciais e baseadas em dados, algo que fosse genuinamente apreciado. Desde então, seguimos comprometidos com essa missão. O mercado de capitais sempre foi um foco constante em nosso veículo, uma vez que desempenha um papel crucial no crescimento econômico e no desenvolvimento de uma nação. É o ambiente onde confiança, estabilidade e oportunidade se encontram, atraindo investidores e otimizando a alocação de recursos. Continuaremos a monitorar de perto essa temática essencial à medida que avançamos”, complementa Kaio Philipe, COO (Chief Operating Officer) e co-fundador da Bloomberg Línea.
Em sua segunda edição, o Bloomberg Línea Summit 2023 recebeu mais de 400 pessoas C-levels de todo o Brasil. Além do mercado de capitais, os tópicos abordados incluíram economia, investimentos, negócios e sustentabilidade, fornecendo insights e perspectivas para o futuro. Confira a programação completa em (https://www.bloomberglinea.com.br/eventos_2023/).