César Silva (*)
Dados são o novo petróleo! Esta frase, cada vez mais comum, demonstra o valor dos dados para todos os mercados. Estamos na era do Conhecimento, a era do Saber. Mas a realidade é que dados, a exemplo do petróleo, em si, em sua essência, não servem para nada!
Para que um dado tenha valor de mercado, ele precisa ser captado, processado, refinado. E, por conta disso, os profissionais desta área são os mais demandados no presente.
Através do tratamento de dados, é possível entender um hábito, um costume, uma característica individual que podem ser comparados e associados às características de outro grupo de pessoas. Assim, é criada o que se chama de persona, uma espécie de estereótipo que contribui para a tomada de decisão das empresas, desde onde investir em propaganda, até mesmo saber como diferenciar seu atendimento, serviço ou produto para dar mais satisfação ao cliente.
Neste cenário, a pessoa que se transforma em especialista na extração dessas informações da grande massa de dados que as empresas processam se tornou uma peça fundamental na engrenagem de qualquer estratégia de inovação e crescimento. Embora haja diferenciação de nomenclatura, esses profissionais atualmente estão distribuídos nas seguintes camadas hierárquicas:
• Cientista de Dados – um dos profissionais mais demandados, com altos valores de remuneração, mas que traz uma exigência muito grande de conhecimento de programação, de inteligência artificial e de arquiteturas de sistemas de dados. Esta carreira é para poucos e com poucas, mas bem remuneradas vagas (entre R$35.000,00 e R$45.000,00);
• Analistas ou Gestores de Dados – especialistas que se valem da fonte de dados que é criada pelos cientistas e têm uma quantidade muito grande de vagas, bem remuneradas, pois agregam valor direto ao segmento produtivo da empresa (valores entre R$5.000,00 e
R$20.000,00 de acordo com o segmento);
• Designers de Dashboards (painéis de dados) – profissionais bastante importantes porque expressam em painéis sinóticos os valores, as grandezas dos indicadores (informações tidas como chaves) para auxiliar os momentos de tomadas de decisão. Os indicadores hoje não são expressos em tabelas e sim em gráficos que mudam de cor, alteram suas formas para indicar a proximidade de pontos “críticos” positivos ou negativos para a operação da empresa, do departamento, como os reservatórios de combustível indicando limites baixos ou altos (salários de R$7.000,00 a R$15.000,00);
• Designers de Coletas de Dados – criadores de consultas ou de pesquisas importantes por criar pesquisas, formulários que sejam eficientes no seu objetivo sem desgastar o usuário do instrumento
(R$4.000,00 a R$12.000,00).
A satisfação do cliente, a sua fidelização, os diferenciais de atração são elementos fundamentais nesta realidade do saber, do conhecer e se aproximar. É importante que os profissionais percebam essa nova realidade de mercado, onde dados transformados em informações são insumos essenciais para qualquer segmento e estar preparado para utilizar estas informações é o que é identificado como inteligência de negócios.
(*) – É diretor Presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) e docente da FATEC-SP. É formado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão de Projetos, Processos Organizacionais e Sistemas de Informação.