Para ajudar as empresas a definir a melhor estratégia de remuneração e de RH e, assim, se adaptar com agilidade e embasamento confiável às novas realidades, a Mercer realiza anualmente sua Pesquisa de Remuneração Total (TRS). Neste ano, a edição brasileira contou com o recorde de 718 empresas participantes, abrangendo mais de 860 mil profissionais de todos os setores econômicos. Segundo o líder de produtos de carreira da Mercer Brasil, Rafael Ricarte, mesmo em um ano como esse é preciso dispor de dados confiáveis e de qualidade sobre a remuneração.
Assim, é possível garantir um sólido nivelamento a mercado e a retenção de profissionais chave para a adaptação, otimização e manutenção das operações.
“Durante todo o ano, interagimos com nossos clientes e comunidade por meio de reuniões virtuais, projetos, webinars e pesquisas spot para filmar o mercado enquanto tudo acontecia. Em uma delas, por exemplo, ouvimos que 94% das empresas implementaram redução de salário base de 3% a 4%”, afirma Rafael. “Apesar dessa redução ter sido concebida como uma medida emergencial e de caráter temporário, aproximadamente 5,4% das empresas pesquisadas indicaram que essa redução será permanente”.
. Pouca movimentação salarial – A pesquisa mostra que, entre as empresas que concederam um aumento salarial, o reajuste médio foi de 2,5%, ante um índice de 4,4% em 2019. Ainda segundo o estudo, boa parte das empresas precisou atrasar a concessão dos aumentos devido aos efeitos econômicos provocados pela pandemia.
. Turnover – Outra importante revelação da pesquisa é que 60% das empresas não planeja fazer nenhuma alteração no número de funcionários até o final do ano. Entre as 21% que deverão efetuar demissões, o maior percentual ocorrerá nos níveis operacionais e nas áreas de vendas.
. Benefícios – Mesmo com a pandemia, as empresas pesquisadas relataram não ter a intenção de fazer grandes mudanças no pacote de benefícios oferecido aos funcionários. A grande novidade, entretanto, foi o aumento considerável na quantidade de organizações que pretende implementar o sistema de benefícios flexíveis.
“A disseminação da prática do home office despertou o interesse por novas alternativas que antes não eram tão cogitadas ou valorizadas. Um plano de benefícios flexíveis oferece ao empregado a opção pela escolha daqueles que fazem mais sentido para ele e sua família”, afirma Ricarte.
“Essa estratégia pode contribuir para aumentar decisivamente os níveis de compromisso e satisfação dos colaboradores em um mundo onde é premente a necessidade de se entregar valores diferentes por indivíduo”, complementa o consultor.
. Executivas ganham menos – Os salários de homens e mulheres permanecem mais ou menos equivalentes no nível gerencial. Já nas posições de Diretoria, o salário médio das mulheres é inferior ao dos homens. No setor de Tecnologia, por exemplo, uma alta executiva recebe em média 34% a menos que um homem na mesma posição. No segmento de Life Sciences (Saúde e Farma), a diferença é de 29%.
Fonte e outras informações: (www.mercer.com.br).