Os produtos orgânicos vêm registrando crescimento há mais de uma década, mas nos últimos três meses, a pandemia fez o consumidor escolher produtos naturais e orgânicos certificados pela preocupação com a saúde e a segurança do alimento. O setor ganhou novos consumidores, consolidando sua relevância e reconhecimento do valor de saudabilidade.
“O mês de maio fluiu muito bem para os orgânicos no varejo, apesar das quedas de frequência, compra por impulso e tempo de permanência na loja por parte dos consumidores, a maioria deles fez, e continuará fazendo, a sua opção por produtos frescos, naturais orgânicos e saudáveis”, destacou Clauber Cobi Cruz, diretor da Organis, que prevê
uma projeção positiva para os próximos meses, pois a alta dos insumos dos produtos convencionais e o Programa Nacional de Bioinsumos vão impactar no mercado em curto prazo.
“A pressão dos preços dos insumos utilizados na agricultura convencional irá encarecer os produtos, resultando numa diferença bem menor dos preços em relação aos orgânicos, ou até mesmo se equiparar em alguns itens, como já está acontecendo com a cebola e a batata. Desta forma, o consumidor tenderá a dar preferência pelos orgânicos, uma vez que irá adquirir um benefício maior por uma pequena diferença ou até mesmo por um preço similar. Já a implantação do Programa Nacional de Bioinsumos servirá tanto para a agricultura orgânica quanto a convencional.
Com a crescente procura por produtos agroecológicos, por grande parte dos consumidores, eu enxergo que a conversão para a agroecologia pelo produtor será um passo natural”, conclui Cobi Cruz. Para a Organis, entidade de promoção do setor, o orgânico cresce não somente na mente do consumidor, cresce também na mente do produtor, “mesmo naqueles produtores que sempre tiveram um preconceito em relação aos orgânicos”.
Fonte e mais informações: (www.organis.org.br).