Enquanto e-commerces registram um esperado aumento no volume de vendas durante o isolamento social obrigatório, negócios de bairro e pequenos seguem por um fio. Ainda que alguns poucos consigam segurar o fôlego com iniciativas dos vizinhos até a flexibilização da quarentena, a expectativa é que a pandemia mude definitivamente a dinâmica de consumo.
Segundo Fabio Camara, CEO do Grupo FCamara, líder em desenvolvimento de soluções digitais para empresas e parceiro de inovação da Microsoft no Brasil, com clientes como Carrefour, Walmart, Riachuelo, Unimed, Movida e Sodexo entre outros, aponta que a fase da “evangelização” sobre a importância da operação online já passou. “A questão agora é como transferir para o digital o maior diferencial dos pequenos negócios, a personalização do atendimento”, reflete Fabio.
Acontece que o processo de digitalização não termina com a criação de um e-commerce e com ferramentas de interação online. Para ter sucesso, o empreendedor precisa seguir alguns passos e responder três perguntas: Eu posso vender online? Eu posso comprar online? Como vou operar online? – Para Camara, “a vantagem de um microempresário abrir um negócio online é que ele já entende todos os processos de venda, estoque e logística, ele só precisa associar esse entendimento à linguagem virtual que, por vezes, exigem novos aprendizados em divulgação digital”.
Redes de apoio ao pequeno lojista, marketplaces e plataforma de e-commerce já estão oferecendo soluções para essa transição, no entanto o maior diferencial é cultural. É necessário entender que esse não é um passo temporário, a digitalização é um processo que veio para modificar os hábitos de consumo a longo prazo e o lojista que quiser fazer parte dessa nova era, precisa se adaptar.