Veja o que é necessário para equilibrar as finanças, começar a poupar e fazer o dinheiro economizado render.
Manter a disciplina é fundamental para quem pensa em investir e realizar sonhos materiais. Contudo, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), trata-se de uma dificuldade para muitas pessoas. No entanto, há orientações que podem fazer a diferença para mudar esta realidade.
Investir é apontado como o caminho para conquistar metas de curto, médio e longo prazo. De acordo com a quinta edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, feita pela Anbima, um terço dos brasileiros aplica o dinheiro poupado em produtos financeiros.
Apesar de a caderneta de poupança ser a preferida, responsável por 23% das aplicações da população, o levantamento mostrou que outras alternativas também têm feito parte das escolhas dos brasileiros.
Entre os entrevistados, 2% afirmaram investir em criptomoedas. O investimento em moedas digitais é mais comum entre as gerações Z e Millennials. O percentual as equiparou às ações e aos títulos públicos e privados, o que indica o interesse em opções além das tradicionais.
De acordo com a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), investir é a possibilidade de criar um patrimônio financeiro, já que oportuniza rentabilidade ao dinheiro economizado. No entanto, antes de definir como investir, é aconselhável identificar os próprios objetivos para reconhecer qual é o melhor investimento renda fixa e a melhor opção em renda variável para montar uma carteira diversificada.
Além disso, para aqueles que querem investir, mas não sabem por onde começar, a Anbima, a Abefin e a Bolsa de Valores (B3) recomendam seguir algumas orientações: entender a própria realidade financeira, criar metas, traçar um planejamento claro e escolher investimentos alinhados ao perfil do investidor.
Defina objetivos claros
De acordo com informações da B3, ter clareza em relação às metas de investimento é o primeiro passo para obter sucesso nas aplicações financeiras. As perspectivas do investidor devem ser tangíveis e realizáveis.
Para isso, a dica é perguntar a si mesmo o que deseja alcançar com a renda investida. Poupar para a aposentadoria, garantir a educação dos filhos, comprar uma casa e fazer uma viagem são alguns exemplos de metas claras.
Segundo a B3, essa definição é importante, pois mantém a mente do investidor motivada e focada.
Compreenda a sua realidade financeira
Outro passo indispensável para investir com disciplina é ter noção da própria realidade financeira e detalhar o orçamento disponível por mês. Segundo as orientações da Abefin, esta é a melhor maneira para conhecer despesas e receitas e, também, identificar a possibilidade de destinar parte do dinheiro para os investimentos.
A orientação é anotar todos os ganhos e os gastos numa planilha e, em seguida, fazer os cálculos, subtraindo as despesas da receita. Caso o resultado seja positivo, é um sinal que o indivíduo gasta menos que os seus rendimentos, o que facilita o exercício de guardar uma quantia para investir.
Por outro lado, se o resultado for negativo, é um indicativo de que os gastos estão acima da realidade financeira do futuro investidor. Nesse caso, é necessário fazer um ajuste das despesas ou buscar renda extra.
A ideia é separar uma quantia do dinheiro para investir antes mesmo de começar a gastá-lo, ou seja, poupar uma porcentagem dos recursos iniciais do mês, e não esperar ver o que sobra para, só então, investir.
Conheça o seu perfil
Além de ter disciplina, é preciso conhecer o próprio perfil de investidor. Isso significa conhecer a tolerância ao risco que cada um está disposto a correr. Dessa forma, é possível evitar aplicações em alternativas mais arriscadas que o suportado para determinada realidade financeira.
Como destaca a Anbima, todo investimento implica riscos e, por isso, é necessário saber qual é mais compatível com o seu perfil. O investidor conservador tem mais aversão ao risco. Por isso, é aconselhável alocar a maior parte dos recursos em investimentos de renda fixa, como títulos públicos do Tesouro Direto e os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs).
Já os moderados costumam ficar num nível intermediário de risco em prol de oportunidades de rendimentos maiores. Para isso, costumam investir em alternativas como os fundos imobiliários (FIIs) e os fundos de índice (ETFs). Além disso, mantêm aplicações equilibradas entre renda fixa e variável.
Os arrojados, por sua vez, são conhecidos por preferirem investir a maior parte dos recursos em opções de renda variável, como ações, moedas estrangeiras e criptomoedas. Eles lidam bem com o risco, mas, para isso, têm conhecimento aprofundado sobre o mercado e o controle sobre seus ativos.
Diversifique a carteira para gerenciar riscos
Diversificar a carteira de investimentos é uma dica importante para reduzir o risco das aplicações, conforme Anbima, Abefin e B3. Incluir diferentes classes de ativos na carteira é uma estratégia que ajuda a proteger o patrimônio contra as flutuações do mercado.
Manter o gerenciamento de riscos é uma forma de estar sempre comprometido com o sucesso financeiro a longo prazo.
Aprofunde os conhecimentos
Conhecimento é poder também no mundo dos investimentos. Por isso, a educação financeira contínua é tão importante. Para ter disciplina nas aplicações e manter-se atento às mudanças e novas possibilidades do mercado, é preciso ter equilíbrio financeiro e aprender sobre estratégias de gestão de portfólio, diferentes tipos de investimentos e riscos associados às movimentações. (Fonte: https://blog.genialinvestimentos.com.br/renda-fixa/)