Entenda como os processos burocráticos impedem o crescimento de pequenas companhias.
Em um cenário em que o empreendedorismo e o processo econômico são vitais, a carga excessiva de burocracia representa um desafio para pequenos empresários. Essa preocupação se intensifica quando pequenas e microempresas gastam, em média, 180 horas por ano lidando com questões burocráticas, de acordo com o Índice de Burocracia da América Latina do último ano.
Ainda segundo o levantamento, as pequenas empresas precisam dedicar 22,5 dias úteis, com jornadas de trabalho de 8 horas diárias, apenas para cumprir os trâmites exigidos pela legislação, como a declaração do Imposto de Renda, por exemplo.
Gabriel Loschiavo, sócio do Grupo A2 Soluções Inteligentes, hoje, reconhecida como símbolo de eficiência e qualidade em seu nicho, ressalta que apenas para iniciar uma empresa requer diversas licenças e registros. “As regulamentações podem variar dependendo da localização e do tipo de negócio, o que torna o processo ainda mais complicado. Além disso, a manutenção de registros financeiros precisos e o cumprimento das complexas obrigações fiscais podem ser tarefas esmagadoras, especialmente para empreendedores inexperientes”, afirma.
Os impactos dessa complexidade são sentidos a curto e a longo prazo, atrasando o início das operações empresariais, perdas financeiras significativas e oportunidades de mercado desperdiçadas. Além disso, o desvio de recursos para lidar com tarefas burocráticas reduz o foco no desenvolvimento do negócio principal, prejudicando a inovação e a competitividade.
Com isso, o especialista enfatiza que processos burocráticos também têm consequências mais amplas para a economia: “Quando as empresas enfrentam barreiras burocráticas em larga escala, elas se tornam menos propensas a expandir suas operações e contratar mais trabalhadores. Isso, por sua vez, resulta em um mercado de trabalho menos dinâmico e em taxas de desemprego potencialmente mais altas. Além de afastar investidores, incluindo investidores estrangeiros “, explica.
Para reverter esse cenário, Loschiavo pontua que é necessário conciliar o conhecimento especializado, tecnologia eficaz e colaboração positiva dos órgãos. “A simplificação de processos, a digitalização de documentos e a revisão das regulamentações podem ajudar a aliviar esse fardo para quem está começando, permitindo que as empresas se concentrem no que realmente importa”, diz.
Para o sócio da A2, reduzir a burocracia para as pequenas empresas não apenas beneficia esses empreendimentos, mas também contribui para o crescimento econômico sustentável e a criação de empregos, proporcionando um ambiente mais favorável para todos os participantes do mercado.