O país está no topo do pódio dos maiores juros do mundo. Com a nova elevação anunciada esta semana pelo Copom , a décima primeira este ano, a Selic chega ao patamar de 13,25%. Economistas estimam ainda mais uma alta para os próximos meses. Para o CEO da Quist Investimentos e especialista em reestruturação de empresas, Douglas Duek, as empresas médias que já estão em situação complicada com a Selic em patamares atuais, serão jogadas na lona.
“Empresas que historicamente captam dinheiro em média de CDI + 10% ao ano, e já pagaram nominalmente 18 meses atrás cerca de 12% ao ano, como farão agora para pagar 25%-27%-30% ao ano?”, destaca Douglas. Em um cenário de: aumento de preços de insumos, combustível e outros dificilmente as empresas conseguirão repassar seus custos, e ainda os juros irão consumir toda sua margem.
“As empresas que já tem um endividamento alto devem buscar soluções como: renegociar seus contratos atuais, buscando melhoria de redução de juros total e melhores prazos; buscar um sócio investidor onde o capital levantado pode amortizar as dívidas da empresa e minimizar os riscos; ou até estudar a recuperação judicial em casos mais graves e com mais credores difíceis para alongar suas dívidas, em um grande pacotão da renegociação”, indica Douglas.
A recuperação judicial vem consolidando seu histórico de sucesso como ferramenta de salvar empresas. Nos Estados Unidos, o Chapter 11, ou capítulo 11 da lei de falências – que é a ferramenta paralela a nossa recuperação judicial – já foi utilizado por grandes empresas como: General Motors, American Airlines, Sansonite e outras conhecidas. No Brasil a lei é mais nova, de 2005.
“Recentemente, a empresa Constellation oil Service, Antiga Queiroz Galvão, que utilizou a lei em 2018, anunciou o fim da sua recuperação judicial como o sucesso da reestruturação feita, e esse é mais um nome de peso como outros entre, OAS, Odebrecht, Oi, Samarco e outras que recorreram a lei em um momento de dificuldade para se reestruturar e tiveram com sucesso. Nosso histórico de sucesso vem se formando e a lei cada vez mais se consolida para empresas e produtores rurais que precisam se reestruturar e seguir suas atividades”, finaliza Douglas. Fonte: (https://quist.com.br/).