Gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. |
Rio – Os dados das vendas de varejo de março mostram que a recuperação da atividade perdeu força no início do ano, afirmou na sexta-feira (11), a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes.
A pesquisadora do IBGE destacou que, embora tenha sido o quarto trimestre seguido de alta, por essa ótica de comparação – após nove trimestres de queda -, a alta é inferior à verificada no quarto trimestre de 2017 (+4,2%). “A recuperação continua, mas há redução do ritmo na passagem do quarto trimestre para o primeiro”, afirmou Isabella.
Segundo a pesquisadora, a dinâmica recente do mercado de trabalho explica a perda de ritmo, com destaque para o crescimento das ocupações associadas à informalidade e à queda do emprego com carteira assinada. O trabalho informal resulta em renda menor e menos acesso a crédito. “A diferença entre a ocupação formal e a informal começa no salário e termina no acesso ao crédito”, disse Isabella.
A flexibilização da política monetária ainda oferece impulso limitado ao consumo. Segundo a pesquisadora, as taxas de juros ao consumidor ainda estão mais elevadas do que em 2014, auge do movimento de crescimento das vendas no varejo (AE).