Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (8) a saída do país do acordo nuclear com o Irã, a quem acusa de ser o maior “financiador do terrorismo” e de continuar perseguindo o desenvolvimento de uma bomba atômica. Além disso, o magnata republicano assinou um memorando para restabelecer as sanções contra o regime iraniano.
“No coração do acordo com o Irã, há uma mentira gigantesca, que é a de que o programa nuclear tem fins pacíficos. Temos uma prova definitiva de que essa promessa é uma mentira e que mostra conclusivamente que o regime está perseguindo armas nucleares”, declarou Trump, referindo-se a uma apresentação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Durante seu discurso na Casa Branca, o presidente acusou Teerã de ser o “principal patrocinador do terrorismo” e de apoiar milícias como Hezbollah, Hamas, Talibã e Al Qaeda. Estas duas últimas são sunitas, enquanto o Irã e um país xiita e inclusive combateu o grupo fundado por Osama bin Laden na guerra da Síria. Segundo Trump, o acordo não impediu o Irã de continuar enriquecendo urânio acima dos limites para produção de energia.
“Esse acordo desastroso deu a esse regime muitos bilhões de dólares e gerou um grande embaraço para mim e para os cidadãos dos EUA”, acrescentou. O presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou que não abandonará o acordo nuclear. Segundo ele, os Estados Unidos “nunca respeitaram” o tratado. “Teerã seguirá adiante com os outros signatários”, disse (ANSA).